26 de dezembro de 2008

Té pároano, pessoal!

Se paz e equilíbrio pudesse ser comprado na farmácia da esquina, distribuiria em doses homeopáticas a todos que estão ao meu redor. Feliz 2009. Que seja um ano novo em nossas almas! BEIJO ABRAÇO CARINHO AMIZADE HARMONIA PROSPERIDADE HONESTIDADE VERDADE INTEGRIDADE AMOR GENTILEZA FELICIDADE MAIS BEIJO E MAIS ABRAÇO CUMPLICIDADE APOIO SOLIDARIEDADE COMIDA DINHEIRO CASA ESCOLA FÉ RAPADURA TRANQUILIDADE NATUREZA BONDADE CERVEJA SOL PRAIA VERDE AZUL AMARELO E + AMOR!

Salvador, BA [7]

Um bom lugar para tomar café e apreciar a Baía de Todos os Santos.
Santo Antonio Além do Carmo.

25 de dezembro de 2008

23 de dezembro de 2008

Ho, ho, ho... Feliz Natal pessoal!

“E você, meu amigo e minha amiga, não tenha medo de consumir com responsabilidade (...) quando você e sua família compram um bem, não estão só realizando um sonho. Estão também contribuindo para manter a roda da economia girando. E isso é bom para todos", presidente Lula*


O banner estendido na faixada externa do Shopping Barra avisa: aberto até 1h da madrugada, aproveite!

Esse espírito consumidor-desenfreado que nos impulsiona em datas estratégicas sempre que causou certo incômodo. Chega a ser um absurdo não ter o pé da árvore rodeado de presentes no fim do ano. Não que eu seja imune ao prazer de gastar dinheiro com bens não duráveis, não posso dizer isso de forma alguma. De uma forma moderada, também estou inserida no processo. Mas é que essa histeria que empurra 92,99% da população para os centros comerciais especialmente no período natalino é mais do que uma piração.

Em pronunciamento à Nação*, nesta segunda-feira (22), o presidente Lula pediu que o brasileiro compre para a “roda da economia” continuar “girando” diante da instabilidade financeira mundial. "A crise não afeta o Brasil. O país está preparado para as turbulências e vai continuar crescendo próximo ano", garantiu. Confesso, estou intrigada.

Tudo bem que o apelo
emotivo é grande: afinal O Bom Velhinho precisa encher o sacão vermelho de presentes e fazer isso para salvar o Brasil não vai ser visto como um martírio. Pelo contrário. Se é pelo bem na Nação, menos um pecado nesse fim de ano.

Ao consumir, o cidadão garante a produção da indústria, as vendas no comércio e a manutenção de empregos. Segundo Lula, o governo tem feito sua parte para evitar os efeitos da crise e cabe ao brasileiro também ajudar. "Se você está com dívidas, procure antes equilibrar seu orçamento. Mas, se tem um dinheirinho no bolso ou recebeu o décimo terceiro, e está querendo comprar uma geladeira, um fogão ou trocar de carro, não frustre seu sonho, com medo do futuro”, orientou o presidente.

Botando na ponta do lápis, são poucos os que fazem alguma associação de fato ao nascimento do Menino Jesus. Nesse exato momento, por exemplo, muitos que me lêem vão me chamar de piegas caso eu resolva citar uma passagem bíblica. E existem até os que questionam a veracidade da data 25 de dezembro como real dia do nascimento do Salvador. Hum. É de se pensar...

Enfim. O que quero dizer é que acho irônico esse movimento desenfreado rumo às compras partir justamente por parte do governo. Mais uma vez me sinto desamparada, sem a devida proteção do Estado num momento de instabilidade mundial. Cadê o Banco Central? A Casa da Moeda, os investidores internacionais?

Neguinho passa o ano todo reclamando que não tem dinheiro, que tá no vermelho, que não sabe mais o que fazer, a grana tá curta, aperta aqui e acolá, parcela a geladeira em 24 meses no novo programa de economia da Coelba, e, no fim do mês, ainda sim, não sobra nada. Mensalidade atrasada do plano de saúde, matrícula do filho, material escolar. As férias na praia indo pelo ralo, as paredes do apê esquentando. Gastos extra com remédios de última hora. Balé da filha só paroano.

Aí chega o dia de receber o glorioso 13º que, de alguma forma, serve pra nos gratificar - ao menos simbolicamente já que a mais valia aplicada sobre o suor do nosso salário supera o complemento recebido por um ano de serviço prestado.

PIMBA. Em menos de uma semana, todo esforço acumulado nos últimos 12 meses, é entregue rapidamente às caixas registradoras dos shoppings centeres. E agora com uma justificativa-plus: o apelo do presidente.
“Quando você e sua família compram um bem, não estão só realizando um sonho. Estão também contribuindo para manter a roda da economia girando. E isso é bom para todos”, acrescentou. Bom para todos? Vai entender.

O "fenômeno" - assim me atrevo a classificar essa embreaguez coletiva - seria plausível
de clemência não fosse tamanho despaltério sustentando uma manobra econômica. Senhor presidente, gostaria de informá-lo que viver no Brasil é caro. Me desculpe, não posso gastar minhas economias com futilidades muito menos investindo do Estado. Aplicar dinheiro no comércio é um investimento é sem retorno: quem faz doação no fim de ano é o Papai Noel. O brasileiro rala pra garantir o mínimo - um prato de comida ou um punhado de conforto. O dia de amanhã ninguém sabe. É necessário poupar para se salvar.

Entre outras medidas citadas pelo presidente como decisão tomada pelo governo para evitar uma recessão no país, temos o controle da inflação, redução da dívida pública, diversificação dos produtos de exportação e a redução de impostos para estimular o consumo. Além de uma reserva internacional de US$ 201 bilhões, aumento no número de empregos com carteira assinada, redução de impostos para estimular o consumo, reforço no caixa dos bancos estatais e quitação de dívidas com organismos internacionais (FMI). "É o melhor natal desde 2003", finalizou Lula. Sapato nele!

(*) em pronunciamento nesta segunda-feira, dia 22, em cadeia nacional de rádio e televisão.

Salvador, BA [6]

De tudo um pouco. Cacarecos no Santo Antonio Além do Carmo.

20 de dezembro de 2008

A partir de hoje sou uma pessoa largada!

Despertador: o objeto mais detestável que habita o meu quarto. Finalmente foi pára o espaço! Aquele tintilar que me obriga a sair da cama e encarar o mundo em momentos inconvenientes, contrariando a lei de descanso exigida pelo corpo não mais me atormentará nos próximos dias. Segunda-feira é dia de ir à praia. Terça-feira almoço em Praia do Forte. Quarta não me procure. Quinta a noite vai ser boa. Sexta-feira foi feita pra só levantar depois de meio-dia. Sábado, vamos sair? Domingo vou ver o sol nascer. YES. Qualquer pessoa normal precisa de recesso no fim do ano. Fica a dica.

19 de dezembro de 2008

Tanto

Tanta dor, tanto sofrimento.
Tanto desconforto.
Dói em mim, dói em você.
Dói mais em você, eu sei.

Que lógica inexplicável é o amor: transbordo porque você está vazia. A paz que falta em você me sufoca. Não pode ser uma porção exclusivamente minha. Temos que dividir. Metade minha, metade sua. E o espaço que sobrou em branco a gente preenche com mais um tanto. Tranqüilidade, força e harmonia. Detalhes íntimos em sintonia. Se a sua dor pudesse ser toda minha, misteriosamente eu me livraria. Me livraria desse desconforto, desse entristecer, dessa falta de vontade de ser eu e ser mais você. Você plena. Bonita e exuberante. Você em essência, imune a qualquer tormenta.

Tanto amor, tanto desalento.
Tanto desmonoramento.
Passará em mim, quando passar em você.
Que passe logo em você, eu sei.

15 de dezembro de 2008

Salvador, BA [5]

"As cumadi". Santo Antonio Além do Carmo. Ou: "Só se vê na Bahia".

13 de dezembro de 2008

Salvador, BA [4]

Pelourinho. Ou: O Cortiço.

11 de dezembro de 2008

Eu não espero pelo dia em que todos os homens concordem
Apenas sei de diversas harmonias bonitas
Possíveis sem juízo final...
Caetano

Salvador, BA [3]

Ladeira do Carmo. Centro Histórico

8 de dezembro de 2008

Um dia diferente

Chove forte lá fora. Quase não consigo enxergar os prédios altos que limitam o horizonte. Uma camada cinza, suspensa no ar, como se fosse uma cortina, atrapalha a visão. Tem vento, mas não está frio. Alguns pontos da cidade devem estar alagados. Normal. Estou sem sono, mas não tenho pressa em levantar da cama. Passa do meio-dia. Ainda não escovei os dentes, sinto gosto de vida na minha saliva. Não tenho horário, não tenho que ir trabalhar. Inédito.

Poderia ser mais um dia de chuva qualquer: trânsito lento, a barra da minha calça ensopada, meu humor prejudicado, sombrinhas virando ao vento. E se assim fosse, não estaria aqui sentada bocejando essas linhas descompromissadas. Hoje tudo está diferente. Não preciso falar com a atendente da Codesal. Não preciso calçar galochas para sair em busca de desabrigados. Não vou consultar a previsão do tempo nem São Pedro será incomodado. O único compromisso do dia vem de mim para mim mesma. Sinto um conforto inabalável. Posso passar o dia de pijama andando de meia pela casa. E sem culpa: não estou desempregada. É o meu primeiro feriado nos últimos cinco anos. E caiu justo numa segunda-feira, pra prolongar a satisfação. Planejei ir à praia - nadar, ler um livro, me espalhar na areia. Meu programa predileto para um dia de descanso. De repente, abro o olho, o céu desaba em água, mudo os planos, e, ainda sim, há satisfação. O edredon aquece um romance na minha pele. Pra que levantar? Posso me esticar, rolar de uma ponta a outra. O colchão não está frio, sinto uma respiração na minha nuca. Há vida ao meu lado.

Que fique aqui registrado, para jamais ser esquecido. Hoje, 8 de dezembro. Dia de Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Salvador e de Santa Maria. Talvez essa sincronia traga um pouco de explicação à minha intensa relação com os que vêm dessa cidade gaúcha. No meu calendário puxei um asterisco. Agora a data pode ser lida como a vez que voltei a gostar dos dias de chuva.

4 de dezembro de 2008

Salvador, BA [2]

para um certo Figueiredo


Centro Histórico, Pelourinho.

1 de dezembro de 2008

Um devaneio qualquer

Os segredos ocultos entre a razão e o espírito podem ser decifrados apenas por quem alcança as estrelas. E essas, por sua vez, só podem ser vistas com perfeição, em sua plenitude, quando há uma profunda escuridão. Pequenos mistérios que vão além, muito além, de uma vida breve.

Salvador, BA

Por volta das 17h30, na última sexta-feira, no Porto da Barra.
Fim do dia, quase sem sol. E o povo nada de arredar o pé da praia.