30 de junho de 2009

Design: Por onde começar

Inspiration isn’t something that just pops into a designer’s head. Most of the time, we must make an active approach to discover it. This obviously isn’t a new concept, and there are thousands of inspiration websites from CSS galleries to showcase blog posts. These are way overused, though; in order to create a truly successful design, one must find inspiration elsewhere.

Design clearly isn’t new, and before we got into the habit of spending hours in front of a computer screen, the word’s greatest artists found inspiration from an offline world. To create extraordinary design, search in new places besides CSS galleries and showcases. Here are ten unusual places to get started, where one can look to find truly unique inspiration. Kayla Knight, em 10 Unusual Places to Get Design Inspiration

29 de junho de 2009

Evolução


do fotógrafo profissional.

26 de junho de 2009

Colonia del Sacramento (3)



























Cartão postal, Uruguay

>foto © 2009 Tássia Novaes
> no próximo post, encerramento da série "Pequena jóia: Outono no Uruguay"

8 de junho de 2009

Colonia del Sacramento (2)


Um pouco mais das pedras do séc. XVII, Uruguay

>foto
© 2009 Tássia Novaes
> no próximo post, mais sobre arquitetura

5 de junho de 2009

Colonia del Sacramento


Século XVII, Uruguay


>fotos © 2009 Tássia Novaes
> no próximo post, mais sobre arquitetura

4 de junho de 2009

Catei colo e o mar parou
Fui deitando pra perguntar
Nome, bairro, amigo, amor
De onde vem o parar o mar?

Seu sorriso bateu aqui
Inda posso me apaixonar
Pedro Sá e Caetano
Sem cais - Zii e Zie | ouça

3 de junho de 2009

Eles vivem mais

Ruas de Colonia del Sacramento, a 150km de Montevideo

Impressiona no Uruguay a quantidade de peças antigas bem conservadas. Os carros e principalmente as pessoas - em outro post falarei sobre as construções. Com população predominantemente idosa, é comum ver nas ruas de Montevideo diversas senhoras e senhores caminhando com passo firme, seguindo de volta para casa com sacolas de compra ou a caminho de uma praça ou café ou simplesmente em um passeio relaxante no fim da tarde na Rambla, a beira do rio da Plata. De toda a América Latina e Caribe, o Uruguay possui a população mais envelhecida em termos proporcionais - 17,3%. Seguido por Cuba (15,4%), Argentina (13,6%), Chile (11,5%). O Brasil (9,3%) se situa em um grupo intermediário ao lado de Panamá, Costa Rica, Equador, México, Peru, Venezuela, El Salvador, Colômbia e República Dominicana, segundo informa a Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe).

É nítida a impressão de que os uruguaios vivem mais que nós, brasileiros. E os números confirmam. A expectativa de vida das mulheres é de 80 anos (três anos a mais que as brasileiras) e a dos homens 73 anos (seis anos a mais). Tal fator deve estar diretamente relacionado a qualidade de vida, já que o Uruguay possui o terceiro melhor índice de desenvolvimento humano da AL - 0,852 contra 0,800 do Brasil.

Curioso é que os mais velhos não só vão a pé: também seguem de carro. No trânsito, é possível ver modernos Citröen e recém lançados modelos da Ford ou GM, além de uma série de preciosidades anos 40, 50, 60, 70 difícil de entender como resistem ao tempo funcionando tão bem. Na Ruta 5, estrada que liga Montevideo a Colonia del Sacramento, nossa Toyota modelo 2006 foi ultrapassada por uma caminhonete Ford anos 60, vermelha. Vibração geral no carro, uma pena não ter feito a foto. Fora isso, durante toda a viagem vimos diversos de modelos que nos chamaram a atenção. A impressão que dá é que o Fusca 72 azul e branco, fuzelagem cromada, foi o único veículo comprado por aquele senhor que ao conduziu até a porta de casa. Uma sociedade que preserva o que tem, que sabe dialogar com o novo sem descartar o antigo, mantendo em uso até o dia que dure. Meu pai tá aqui lembrando que eles não têm salitre, a maresia não corrói os carros. Tendo uma boa conservação por parte dos donos, de fato, duram mais tempo.

Supermercado na av. Itália, próximo ao Museu de Ciência e Tecnologia


Carrasco: bairro residencial

Colonia del Sacramento


>fotos © 2009 Tássia Novaes
> no próximo post portas e janelas do Uruguay

2 de junho de 2009

Uruguay: um lugar para viver bem

Punta Carretas: a prisão que virou um moderno shopping center

Querida Montevideo.
Minha amiga Denis disse que os uruguaios devem ser péssimos de marketing porque todo mundo tem certeza que ali é o fim do mundo. Na verdade, eles são geniais. Montevideo funciona justamente porque tem pouca gente - 1,5 mi de habitantes, menos da metade da população de Salvador. Faz tempo que não visito uma cidade tão atraente. Esquecida no mapa e de economia sem destaque no cenário internacional, a capital do Uruguay surpreende. Charmosa, antiga, recente, decente, moderna e limpa. Organizada. Segura. Educada. Acessível. Saborosa. Doce, carnívora. Ilustre, agradável. Forte. Imponente. Bela. Hispânica. Amável. E acima de tudo gentil. São muitos os adjetivos capazes de traduzir a sede administrativa do Mercosul. Mas, sem dúvida, o que mais chama atenção é a amabilidade, gentileza e educação das pessoas de lá. Pessoas de español manso e pausado, capazes de atender com um leve sorriso qualquer solicitação de ajuda. Pessoas que te cumprimentam sempre que cruzam com você, independente da hora ou do dia.

Cruzamento calle Mercedez com Paraguay

Gentil Montevideo.
Cidade onde os carros priorizam os pedestres, mesmo onde não há semáforo. Na porta do Teatro Solis, depois de ter assistido o musical Micción, observávamos maravilhados o imponente prédio colonial. Éramos os únicos em pé na calçada. Passava das 22h30. E mesmo de costas pra rua, ao virar o rosto me dei conta de que três ônibus e dois carros aguardavam parados a nossa travessia. "Estão esperando a gente passar", comentamos surpreendidos.

Carrasco: um convidativo bairro residencial próximo a Rambla

Tranqüila Montevideo.
Cidade de vias largas com ruas cercadas de plátanos e perfeitamente pavimentadas com resistentes e eficazes placas de concreto. Não se vê um buraco, um papel voando, um amontado de lixo, nada com odor desagradável. No chão, apenas as folhas secas do outono compondo com o frio uma bela paisagem. E o mais curioso: também não se vê lixeiras ou papeleiras. Mais um sinal da refinada educação. Montevideo é limpa porque é educada. E é tranqüila porque é organizada. Cidade de trânsito intenso, porém suave: praticamente não se ouve uma buzina, embora tenha bastante carro nas ruas - e carros de todos os tipos: novos e antigos (cada raridade!). Não se faz seguro de veículos. Tampouco os carros têm trava elétrica, GPS ou qualquer outro kit paranóia socorro-vou-ser-assaltado. Não! Em Montevideo não vou ser assaltada. Pelo contrário. Nas garagens, os motoristas deixam as chaves no painel do carro. Dá pra acreditar? E nós, que chegamos de fora, não nos preocupamos ao deixar o nosso carro (sem seguro) toda noite na rua, na porta do hotel.

Inesquecível Montevideo.
Não é a toa que leva o título de cidade da América Latina com melhor qualidade de vida.
Uma das 30 cidades mais seguras do mundo.
Minha mãe emprestada, gaúcha, conta que quando era menina, lá pela década de 60, cansou de ouvir os adultos comentarem sobre amigos ou vizinhos desaparecidos por conta da ditadura. Era comum ouvir que o fulano de tal fugira para o Uruguai... Cadê o beltrano? Fugiu, anda pelas bandas do Uruguai. De fato, do Uruguai conhecíamos as zonas de fronteira. Nunca tinhamos mergulhado para o interior do país que com 176 mil km² é um pouco menor do que o Rio Grande do Sul e o segundo menor país da América Latina.
Com uma população de 3, 3 milhões de habitantes (a Bahia possui 14 mi) foi um dos primeiros países a implantar uma política social de previdência, e é um modelo de assistência aos idosos que formam boa parte da população; tem uma da menores taxas de pobreza do continente e um dos menores índices de analfabetismo (ensino gratuito e obrigatório da pré-escola ao superior); foi o primeiro país a estabelecer por lei o direito ao divórcio no ano de 1907, e um dos primeiros países do mundo a estabelecer o direito das mulheres a votar. Tá bom assim ou querem mais? Porque tem!
Na década de 60 era considerada a Suíça da América Latina, com padrões de desenvolvimento no mesmo patamar dos países europeus. E como nem tudo são flores, crise econômica nos anos 60, e, na década seguinte, os EUA fizeram lá boa parte do estrago que fizeram aqui e no resto da América Latina. Mas a história do país pode ser encontrada em qualquer bom livro ou site. Por aqui ficam apenas as nossas impressões.


Viagem feliz, difícil partir.
A gente quer voltar logo.
E de preferência, para morar.


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© 2009 Tássia Novaes