9 de dezembro de 2005

Por um triz I

Pulei da cama às 7h26 após muita insistência do despertador. Não sei o que seria de mim sem essa detestável porém muito útil invenção. Uma ducha morna, meia fruta, o velho jeans de sempre e em 15 minutos já estava pronta para mais uma sexta-feira. A carona para o trabalho foi muito bem-vinda diante da preguiça de paletar até o ponto de ônibus sob o sol quase de verão. Só não contava com o pit stop um tanto inusitado no Bompreço do Iapi [que volta!] para pagar uma conta de luz, acho.

Fiquei no carro lendo o jornal. De repente uma voz nervosa cortou minha concentração. Vai passar por cima, é? - perguntou o moreno alto, de camisa regata,com três sacolinhas de compras nas mãos. Do meu lado direito, saltaram de um carro-forte [JNW 3972] da Nordeste dois seguranças com carabina em punho, cada. É o que meu irmão? Qué engrossar? - retrucou um deles. É o quê pergunto eu! Cê quase me atropelou, bradou o moreno alto em tom irritadíssimo. Cala boca maluco, senão te apago, ameaçou o outro segurança. Te estouro antes seu filhodaputa, sou polícia! - rebateu. E eu, ali, sentada, ainda sonolenta. Me senti a tal pedra no meio do caminho. O pior: no caminho alheio.

Por sorte, a mãe do moreno alto apareceu. Baixinha, vestidão, cara de Testemunha de Jeová, empurrou a cria até o portão de saída. O marmanjo custou a ceder e os dois seguranças nada amistosos custaram a voltar ao serviço.

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