30 de março de 2006

Eclipse mundo a fora

Islamabad no Paquistão

Galo na Líbia

Montpellier naFrança

Fotos: AFP

28 de março de 2006

Efeito Falcão


Tássia Novaes, do A Tarde On Line

"Se ferrou Zureta, fotografaram você, corre senão os "hómi" [gíria que se refere aos policiais] te pegam". Ao perceber a presença da reportagem do A Tarde On Line, Zureta não pensou duas vezes: em segundos, correu para o outro lado da rua sem olhar para trás. Em seguida, outros dois garotos que saíam do bueiro recuaram e ficaram escondidos por mais de uma hora. O esconderijo é utilizado para fumar crack. O cenário descrito acima é o de uma boca-de-fumo camuflada em um bueiro na rampa do Mercado Modelo.

A reportagem circulou pelo Comércio e Centro Histórico nesta segunda-feira e constatou que dezenas de garotos e garotas que vivem nas ruas consomem crack à luz do dia. "Todo dia é esse entra-e-sai. As meninas também descem para o bueiro", revela um taxista que faz ponto na região da Conceição da Praia. "Algumas pessoas passam e dão dinheiro. Não é nem para comida. Serve apenas para comprar crack", diz o funcionário de um posto de gasolina que falou à reportagem sob a condição de não ser identificado.

Enquanto centenas de pessoas passam apressadas a caminho das compras ou do trabalho, há um outro fluxo que muda de sentido entre os becos, debaixo de marquises ou até mesmo dentro de bueiros. Garotos franzinos, de baixa estatura, com idade entre nove e 14 anos, seguem na contramão da legalidade e sustentam a vida sem família e sem casa para morar com o consumo de crack.

As pedras de crack são vendidas em becos no Pelourinho e em vielas no Comércio por R$ 5. A droga é consumida e negociada a qualquer hora do dia. Na rua 28 de Setembro, é possível observar garotos que circulam em busca dos fornecedores da droga ? os aviões. O movimento é discreto. Encostado em um poste, o fornecedor é abordado por um menor de idade. Trocam um rápido diálogo. O garoto entrega o dinheiro e recebe uma trouxinha enrolada em papel alumínio. Daí desce para o esconderijo, onde encontra outros companheiros de rua para fumar crack.

Bastante consumido por garotos e garotas que moram na rua, o crack é uma variação potencializada da cocaína. "É uma mistura da pasta de cocaína não refinada com bicarbonato de sódio". Funciona como se fosse capaz de deixar os garotos mais corajosos, mais agressivos e com menos temor. Condição que os impulsiona a cometer pequenos furtos, comuns nos grandes centros urbanos, conhecidos como "bater carteira". "O crack afasta a sensação de cansaço. Os usuários têm comportamento violento, são facilmente irritáveis. O uso contínuo provoca depressão forte, insônia, perda de peso e desnutrição."

A droga é consumida em cachimbos improvisados com pedaços de latas ou garrafas plásticas e pequenos tubos que funcionam como canudo por onde a fumaça é inalada após a pedra ser queimada. "O efeito não dura mais que 15 minutos", explica Calini.

Ao avesso

Hoje, Corsário, às 11h45

Em breve, no ar


Hoje, na redação, o dia todo
- Tássia, estou com cara de triste?
- - Magina! Está ótimo. Vai gravar mais uma vez?
- Creio que sim...
Kêka e Martinha babando no flagra de Haroldo Abrantes. Será que dá justa causa? rsrs.

Feedback

Domingo, Jaguaribe, de manhã

Aí, ó! Para quem perdeu, assim como eu, o mar clássico de domingo. Registrado por Pedro Campos.

27 de março de 2006

Rio: tráfico adota vale-droga

ANDRÉ CARAMANTE
Enviado especial da Folha de S.Paulo ao Rio

Com a concorrência cada vez mais acirrada, traficantes do Rio de Janeiro passaram a adotar, nos últimos meses, um esquema de venda de drogas com promoções semelhantes às de pizzarias: a cada dez papelotes de cocaína ou cigarros de maconha comprados diretamente na boca-de-fumo, ganha-se o 11º.

Essa espécie de brinde em troca da fidelidade do cliente foi implantada pela facção criminosa Comando Vermelho, o CV. Na hora da compra, o usuário recebe cupons --papéis carimbados que geralmente trazem a inscrição "CV", o nome do lugar onde a droga foi comprada, o tipo e o valor pago por ela. A promoção do vale-droga é, por enquanto, restrita às pessoas que são conhecidas dos traficantes.

A "promoção" não tem data para ocorrer --depende da disponibilidade das drogas nas bocas-de-fumo e do prazo dado pelos fornecedores para a sua quitação. E o esquema cresceu justamente no período em que o Exército ocupou as favelas após o roubo de 11 armas de um quartel. O armamento só foi devolvido após um acordo dos militares com criminosos líderes do CV.

Leia matéria completa aqui. Vale a pena!

26 de março de 2006

Domingo é dia de...

destilar uma prosa com amigos... e recompor no mar o que restou da semana que já está prestes a reiniciar.
Certo? Nem tanto. Opção inválida para os plantonistas. O que causa uma certa frustação. Ainda mais se o boletim marítimo for convidativo. E hoje de fato é.
"Tá dando altas. Jardim [o de Alah] tá lindo, até tubo. Meio metrão e um metrinho perfeito, tipo Jefreys Bay", vibra o doioOO. Otimismo de quem passou o último mês abastecido com ondulações irrisórias e agora vê o mar com a cara enfiada nos livros. Ora monografando no Afeganistão. Ora na Caxemira. Isso quando não está a procura de uma bala perdida. "Boas ondas, mar liso e com boa força. As séries demoram a entrar mas vale a pena a espera", incentiva Guiga, em seu boletim diário no Waves. "Você precisa ver o tamanho das ondas. Que mar! É de agradecer a Deus... só não fico mais porque não agüento outra bateria", estiga um outro doido que acaba de sair do mar e manda positive vibrations direto do pico. E que pico. Lá realmente deve tá de lavar a jega. "Aleluia!!! O surf hoje foi clássico", resume a plaquinha "acabou de entrar" do msn de um brother-surfista.

Rabisco

Outro dia, naquele lugar... um diálogo feito por 4.

O que dizer diante do quê não precisa ser dito?
Precisa ser dito diante de quem? o que?
Agir, o que? Diante de que ?
Diga sim!! Pra si mesmo o que precisa ser dito!!

24 de março de 2006

Trégua na Espanha

da Efe, em Madri

O anúncio de cessar-fogo permanente anunciado na última quarta-feira pela organização terrorista ETA (Pátria Basca e Liberdade) entrou em vigor à 0h desta sexta-feira (20h de Brasília).

Por meio de um comunicado transmitido pela rede de TV pública do País Basco, o ETA colocou fim a meses de especulações sobre suas atividades terroristas, que começaram em 1968 e, desde então, deixaram cerca de 850 mortos e milhares de feridos.

O anúncio foi feito após quase três anos sem atentados mortais, e em um momento em que o ETA passava por seu momento mais frágil.

20 de março de 2006

Na espreita


"Quando o melhor momento chegar, vai entrar sem bater. E o chão vai tremer alto como trovão. E se perguntar ao coração quanto o tempo lhe emprestou. E pulsando. Ladeira do limiar do gosto pelo infinito já querendo o depois" (Jorge du Peixe -- Futura)
P.s.: Finalmente, o mar subiu :)

19 de março de 2006

Do Retirante Nordestino

Em suas andanças por São Paulo, Bitinho encontrou um acarajé. rsrs. Será?

"Acabei de chegar do centro... não consegui comprar suas coisas, choveu meio mundo aqui... E como eu tava com a máquina, não quis me arriscar à nado". Nenhuma, Bitinho. Fique tranqüilo. Depois você vai lá de novo. E aí, como estão as coisas? "Fui na Libertade. VI UM ACARAJÉ JAPONES. I-N-A-C-R-E-D-I-T-Á-V-E-L." O quê?, perguntei meio receiosa. "Bem... sempre ouvi falar que na Liberdade (o bairro japones) tinha um acarajé aos sábados, na feirinha de artigos orientais". Hummm, tenha medo. Quando Bito começa a justificar as coisas, saia debaixo! "Cheguei na barraquinha e fiquei de queixo caido. Tassinha, o vatapá LARANJA forte e escuro... perguntei: moça, o que é isso? (esperava que ele dissesse qualquer coisa menos "vatapá"). ". A essa altura, cá de Salvador, a dozequilômetros da melhor baiana da cidade, restava-me rir. "Olhei pro lado, uma pilha de bolinhas fritas e amarelas (cor de bolinho de aipim)... bolinhas mesmo, esfericas... redondinhas .... ai eu perguntei: e isso é o acarajé?". Segundo Bito, o troço parecia uma salada de salsinha recheado com todos os temperos verdes possíveis e camarão misturado. "O camarão bizarro também"; comentário de quem tá acostumado com o camarão de 5cm vendido em Cira. "Desisti e fui embora, nem consegui fazer foto". Daí tira-se o peso da frustação.

18 de março de 2006

Tirinha

Um pouco de humor no sábado puro mormaço.
Clique aqui para ver outras.

Semana Google na mídia

18/3 - Google dará nomes de 50 mil sites ao governo americano, da AFP
18/3 - Google vai ter que abrir dados, nota seca no Jornal da Globo

17/3 - Juiz manda Google repassar dados de internautas, da EFE
17/3 - Relatório mostra aumento de pedofilia na internet, da Ansa

16/3 - MP pede que Google explique crimes no orkut, da Folha Online
16/3 - Crimes na internet, vt no Jornal Hoje [passe livre]

14/3 - Presa quadrilha internacional de pedofilia, vt na GloboNews

"Eu trafico para ajudar minha mãe"

MV Bill lança documentário, livro e álbum sobre meninos do tráfico.

O projeto "Falcão - Meninos do Tráfico" promete ser um soco no estômago de milhões de brasileiros. O trabalho é resultado de uma pesquisa iniciada em 1997 pelo rapper MV Bill e seu produtor, Celso Athayde. Confira entrevista de Nelson Breve.

17 de março de 2006

Google já monitora orkut, dizem especialistas



Tássia Novaes, do A Tarde On Line

Imagine uma época em que os livros representam uma ameaça ao sistema, em uma sociedade onde eles são absolutamente proibidos e para exterminá-los basta chamar os bombeiros. As casas têm televisores que ocupam paredes inteiras para monitorar famílias 24 horas. Esse é o cenário do clássico "Fahreinheit 451", de Ray Bradbury, de 1953. Trinta e sete anos depois, surge a world wide web com a promessa de democratizar a internet. Mas depois dos atentados ocorridos contra os Estados Unidos em setembro de 2001, a idéia de uma sociedade democrática começou a ruir.

Agora não são livros que ameaçam o sistema, mas informações que circulam no mundo virtual e se desdobram na vida real. Começou com a aprovação sem debates da Lei USA Patriot em 2001, logo após os ataques aos EUA, que permite ao governo George W. Bush espionar tudo o que os usuários fazem quando estão conectados sem que eles saibam. Quem protestar publicamente por essas ações policiais invasoras pode ser detido.

No Brasil, a situação é diferente. A quebra de sigilo virtual apenas é permitida com ordem judicial. "Caso contrário é considerado prova ilícita por ser uma ação inconstitucional", explica Rony Vaizof, advogado e especialista em Direito Eletrônico e de Informática. No início do ano, a Google foi censurada por bloquear palavras politicamente incorretas em seu sistema de busca na China e a Yahoo! foi acusada de ajudar o governo chinês a prender um criminoso. Mesmo contrariando sua defesa por um livre fluxo de informações, a Google se dispôs a fazer concessões.

O sacrifício se justifica pelo tamanho do mercado chinês, o segundo maior do mundo, com 111 milhões de internautas. Yahoo! e Microsoft também bloquearam acesso a termos como a independência de Taiwan e o movimento espiritual Falun Gong [cujas práticas têm imensa popularidade na China, mas foram proibidas em 1999].

Terra de ninguém - Recentemente, a Google se viu diante de um outro dilema: o orkut, que foi criado há dois anos com a ambição de se tornar a maior rede de relacionamentos do planeta, cresceu rapidamente e se transformou em uma cidade virtual onde mocinhos e bandidos convivem diariamente com menores de idade. Apesar de a empresa aceitar imposições para impedir acesso a palavras politicamente incorretas e ajudar a prender criminosos, no orkut conteúdos que vão de pornografia, apologia a drogas, incitação à violência e ao racismo estão disponíveis a pessoas de todas idades nas páginas que abrigam mais de sete milhões de brasileiros ou 72,3% dos membros da comunidade.

Como sair dessa enrascada? Essa é a pergunta que mais atormenta os criadores do site. A Google pode monitorar tudo o que acontece no orkut? Por conta de denúncias feitas pelo A Tarde On Line, terá de fornecer à Justiça informações de supostos criminosos que usam a rede para praticar pedofilia, xenofobia e racismo. O Ministério Público Federal pediu à Justiça Federal a quebra de sigilos de informática de centenas de usuários brasileiros do serviço de redes sociais orkut.

A empresa chegou a anunciar que iria estudar uma forma de filtrar o conteúdo que circula na rede, mas não foi esclarecido de que forma essas páginas serão monitoradas. Atualmente, o usuário que quiser denunciar irregularidades pode fazê-lo anonimamente por meio de um link na página da própria comunidade chamado "Falso! Denunciar". A ironia é que dentro do próprio orkut existem usuários que, uma vez banidos do sistema, formam comunidades que explicam como driblar as restrições.

Impunidade - Até agora nenhum filtro foi criado, e as páginas consideradas ilegais ou imorais continuam no ar. Pesquisa feita nesta quinta-feira com palavras-chave "sexo salvador" e "lança-perfume" mostra que a impunidade é flagrante na rede. Há 55 comunidades referentes a sexo e 83 relacionadas a drogas.

Especialistas ouvidos pelo A Tarde On Line dizem que a Google monitora esses usuários e poderia expulsá-los do site, mas não o faz por interesses comerciais. "É possível e provavelmente já é feito, afinal é do interesse comercial da empresa criar o padrão de uso dos participantes", explica Ricardo Bittencourt, engenheiro de telecomunições da Politécnica Universidade de São Paulo (USP).

O modelo de negócio da Google é baseado principalmente na análise da seqüência de padrão de cliques para obter a receita milionária da empresa que fechou 2005 com faturamento de US$ 6 bilhões e a colocou entre uma das empresas mais valorizadas, tendo batido a marca dos US$ 100 bilhões na bolsa. A sequência de cliques procura seguir a pista do histórico de navegação do usuário.

A companhia já é maior que a Time Warner, a Coca-Cola e a GM. Noventa e nove porcento da receita da Google provém de um anúncio de 12 palavras, o link patrocinado. Trata-se de um tipo de publicidade associado às pesquisas feitas na internet, se o internauta clicar em um anúncio pago, o anunciante desembolsa pela publicidade. "O Google tem o registro dos vínculos existentes entre os perfis dos usuários, sendo possível mapear as redes criminosas e identificar autores dos crimes", reforça Thiago Tavares de Oliveira, presidente da ONG Safer Net. "É complexo, mas é viável. Não é um processo simples, mas pode ser feito", reforça Richard Assis, coordenador de tecnologia do Comitê para Democratização da Internet (CDI).

Saiba como o Google monitora sites e internautas

A monitoração no Google é feita por um mecanismo chamado data mining. Funciona da seguinte forma: quando a pessoa faz uma pesquisa, automaticamente é associada a um leque de propagandas gerado com base nas palavras-chave digitadas na caixa de busca, e a informação é precisa. Sem chance de falhas.

O sistema faz análise semântica das palavras e do conteúdo das páginas que aparecem como resultado da busca. "Todo sistema de busca explora dados da seqüência de cliques para exibir resultados que procuram atender seu objetivo declarado", explica John Batelle no livro "A Busca", que conta a história da Google.

Assim é construído um perfil único de buscas e é por isso que a empresa tem interesse em coletar todos os dados das buscas feitas pelos internautas. O mesmo mecanismo é utilizado no site da empresa Amazon para sugerir livros e opções de compra aos internautas.
"O Gmail, e-mail da Google, também causou polêmica por conta da tecnologia AdWords, de análise de padrão de cliques, por veicular anúncios ao lado das mensagens de e-mail dos usuários. Em tese, com o endereço de e-mail de uma pessoa, a empresa poderia ligar seu endereço IP à sua identidade. Isso significa que a Google pode rastrear todo a navegação na internet, e não apenas no e-mail", conta John Batelle.

Com o orkut a situação é semelhante. Nos primeiros meses de fundação, o orkut enviava e-mail com nome de pessoas que a Google deduzia ser amigo em comum apesar de o internauta ainda não o ter adicionado em sua lista pessoal. É como se o Google fosse capaz de pescar todos os amigos que estavam espalhados no site, jogando-os numa mesma rede.

Rastros - Foi dessa forma que muitos internautas encontraram amigos que também tinham cadastro no orkut. "Se há dois anos, o data mining já era bom o suficiente para deduzir as pessoas com quem o internauta se relacionava, imagino que o mecanismo tenha melhorado bastante nesse tempo", analisa Ricardo Bittencourt, engenheiro de telecomunicações da Escola Politécnida da Universidade de São Paulo.

Os vínculos de afinidade identificados pelo da data mining envolvem técnicas de cruzamento de dados. Boa parte dos internautas não tem noção, mas ao navegar na rede a pessoa deixa rastro por onde passa. Cada clique fica registrado como pegadas na areia molhada. O fato de achar que está protegido atrás da tela do computador por um pseudônimo ou identidade falsa não passa de uma ilusão.

É possível localizar os internautas no mundo real de várias formas: pelo número IP [espécie de identidade digital que todo computador possui], filtros de seleção, análise de palavras-chave, controle da seqüência de cliques, além da identificação por rede neurais, isto é, tecnologia que procura simular através de hardware os processos de atuação dos neurônios nos cérebros humanos por meio de nós virtuais. "A Google é eminentemente um centro de pesquisa, que sempre utiliza a tecnologia mais recente, aquilo que acabou de sair das universidades", afirma o engenheiro da USP.

Anonimato - Mas nem tudo são flores. O meio digital oferece um amplo leque de opções para criação constante de técnicas e truques que garantem o anonimato de criminosos na rede. "O internauta pode criar rotas que burlam a identidade virtual. Para se esconder, a pessoa copia o IP de uma máquina nos Estados Unidos, outra na Tailândia, na Itália e assim por diante", explica Richard Assis, coordenador de tecnologia do Comitê para Democratização da Internet. Ou seja, é possível criar rotas que confundem os passos dados pelo internauta na rede.

Daí a dificuldade em se desvendar crimes na internet, apesar de não ser impossível. "Pode demorar três dias, três meses ou um ano. Depende das pistas deixadas pelo internauta", explica Pascoal Ditura, delegado do Departamento de Investigação sobre Narcóticos de São Paulo (Denarc).

Recentemente, dois traficantes que vendiam LSD e ecstasy pela internet foram presos na capital paulista. A droga era comercializada pelo messenger e entregue pelo correio escondida em correspondências. "Os traficantes de internet utilizam conta laranja e nomes fictícios. Contamos com ajuda dos grandes provedores e de peritos especialistas na área para desvendar os casos", diz Ditura.

O grupo Anjos do orkut criou uma página na internet para receber denúncias de ilegalidades no site de relacionamentos. Até o fechamento desta matéria, a página havia recebido mais de oito mil denúncias.

Questionado sobre a possibilidade de distinguir o perfil dos usuários que utilizam o orkut para práticas criminosas daqueles que estão cadastrados apenas por entretenimento, Bittencourt foi taxativo: "Se é possível apontar quem opera com finalidades criminosas, então é possível mostrar pessoas de boa fidelidade."

"Um membro informaria ao Google que determinado internauta é suspeito de tráfico. A empresa responderia com a lista dos usuários que se relacionam a esse usuário com boa probabilidade de acerto", diz. O processo é semelhante ao que a Google fazia ao deduzir os amigos em comum no início do orkut (TN).

14 de março de 2006

De repente


Outro dia me sinalizaram que era preciso refletir sobre a morte. "Você devia pensar um pouco mais sobre isso". Duas pessoas distintas, que nem se conhecem e no mesmo dia. Ou melhor, na mesma noite. E em minutos de distância. Ouvi com atenção os dois rapazes. Bastante sensíveis, ambos. O que mesmo queriam me dizer? Quanta sincronia. Partes soltas do diálogo ficaram alguns dias guardados em minha mente. Mas não fui muito adiante. Sabia que era um pedido de reflexão... mas... não tive mobilização. Os dias passaram, as horas voaram. E nesse vai-e-vem as últimas semanas até que foram produtivas. Conheci um pouco mais de mim. E um pouco mais do que pensam de mim. E lá se vão mais dias, mais horas sem fim...

Será?

Daí vem a grande questão. São horas com fim. Sem data marcada, mas com término garantido. E é justamente nisso que tinha dificuldade de prestar atenção até o telefone tocar hoje a tarde na redação. Do outro lado, as palavras mais comoventes, mais sinceras e mais dolorosas dos últimos tempos. A reflexão direta e imediata. Sem chances de desvio, ou de interpretação duvidosa. A morte está mais perto do que se imagina.

De qualquer forma, ainda há muito o que fazer.

Será? rs.

13 de março de 2006

Calmaria


Sem sol, sem onda. Nem vento no ar. No céu, mormaço. Resta apreciar um bom dvd de surf acompanhado de umas brejas na casa do brother!

11 de março de 2006

Simples assim...

So I'm sorry if I ever resisted
I never had a doubt that you ever existed
I only have a problem when people insist on
Taking their hate and placing it on your name

(The Fallen - Franz Ferdinand)

10 de março de 2006

Orkut na mira do MP

Finalmente, uma ação mais enérgica!

A série de matérias produzidas por Luciana Moherdaui e Tássia Novaes, do A Tarde On Line, que denunciaram a venda de drogas por adolescentes da classe média alta de Salvador no orkut e do uso do site de relacionamentos por garotos de programa para driblar intermediários foram anexadas às provas entregues ao Ministério Público Federal de São Paulo contra a prática de crimes na rede mundial de computadores.

A afirmação é de Thiago Nunes de Oliveira, professor de direito e de informática da Universidade Católica de Salvador. Oliveira é presidente da ONG SaferNet Brasil, responsável por encaminhar ao órgão um relatório de 150 páginas com informações sobre crimes praticados na comunidade. Entre eles estão pornografia infantil, ódio racial, venda de drogas e de medicamentos sem receitas.

?As matérias do A Tarde On Line foram muito importantes como fonte de informação para a SaferNet Brasil. Elas foram anexadas ao relatório e entregues aos Procuradores da República que integram o grupo de combate a crimes cibernéticos do Ministério Público Federal de São Paulo?, diz Oliveira.Por conta da denúncia, a Google, empresa que controla orkut, terá de fornecer à Justiça informações de supostos criminosos que usam a rede para praticar pedofilia, xenofobia e racismo. O MP pediu à Justiça Federal a quebra de sigilos de informática de centenas de usuários brasileiros do serviço de redes sociais orkut.

No último sábado, Alexandre Hohagen, diretor do Google no Brasil, foi ao MP de São Paulo prestar esclarecimentos sobre comunidades do site. Hohagen se justificou dizendo que ao assinar termo de compromisso digital o internauta é responsável pelo conteúdo que manipula. Entretanto, não é o que alerta a regra publicada na página do orkut. "O orkut pode remover materiais que considerarmos ilegais, fraudulentos, ameaçadores, difamatórios, obscenos, desagradáveis, ou que infrinjam ou violem qualquer parte de propriedade intelectual ou qualquer direito de propriedade do serviço", diz o aviso.

O usuário que quiser denunciar irregularidades pode fazê-lo anonimamente por meio de um link na página da própria comunidade chamado ?Falso! Denunciar?. A ironia é que dentro do próprio orkut existem usuários que, uma vez banidos do sistema, formam comunidades que explicam como driblar as restrições.

Pornografia - No ranking dos crimes praticados no orkut, lideram as páginas de pornografia infantil e pedofilia, racismo e xenofobia, neonazismo, homofobia, apologia e incitação a crimes contra a vida, intolerância religiosa, venda ilegal de medicamentos e receitas médicas em branco, apologia e incitação a maus tratos contra os animais.

Se os dirigentes do Google não concordarem em colaborar com o combate aos crimes no orkut, será instaurada uma ação penal para responsabilizar criminalmente a direção da empresa no Brasil pelo crime descrito no artigo 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente, que prevê o crime de distribuição de pornografia infantil e estabelece, no parágrafo 1, incisos 1 e 2, a responsabilidade penal do provedor de acesso e conteúdo. Além desta ação penal, o MPF/SP pode mover uma ação civil pública para apurar os danos e prejuízos causados aos mais de 10 milhões de usuários do serviço que se declaram brasileiros.

A legislação brasileira ainda é ineficiente para intensificar o combate à divulgação de conteúdos criminosos na internet. ?É um absurdo que precisa ser urgentemente resolvido pelo Congresso Nacional, que precisa discutir os mais de 50 projetos de lei atualmente em tramitação na Cämara e no Senado e votar e aprovar esta necessária mudança legislativa?, reclama Oliveira.

Segundo o presidente da SafeNet, quando o artigo 241 foi alterado para ampliar o alcance da lei penal e responsabilizar os provedores de acesso e conteúdo, a lei "esqueceu" de criminalizar a posse do material ilegal. ?Em todo o mundo, a posse é criminalizada. Este erro na lei brasileira, que perdura desde 2003, precisa ser resolvido?, acrescenta. Se o Google colaborar, o orkut pode ser utilizado como uma importante ferramenta de investigação para auxiliar o MP e a Polícia Federal na localização de quadrilhas e organizações criminosas. ?O Google tem o registro dos vínculos existentes entre os profiles (quem convidou quem) e com esta informação é possível mapear as redes criminosas e identificar os autores dos crimes, por meio do cadastro e do acesso ao serviço, que registra o número IP, o dia e o horário do acesso, e a identificação da máquina que foi utilizada?, esclarece.

Colaboração - Após solicitação da Procuradoria da República em São Paulo, os provedores de acesso à internet - UOL, iG, Terra, Click 21 e AOL Brasil ? assinaram um Termo de Compromisso de Cooperação Operacional em novembro de 2005 e deverão manter por pelo menos 6 meses provas que identifiquem internautas que cometam crimes de pornografia infantil, racismo e outras formas de discriminação.

O Diretor Geral do Google no Brasil, Alexandre Hohagen, comprometeu-se com o MP a enviar uma cópia do Termo para a sede da empresa nos EUA e responder ao órgão se irá assiná-lo.?Se não colaborar, o Google coloca em sério risco a segurança os milhares de brasileiros que utilizam a internet diariamente, principalmente as crianças e adolescentes. Os crimes começaram a ser noticiados em janeiro e, até agora, eles não tomaram nenhuma providência. Sequer atendem aos apelos da Associação Brasileira dos Provedores e Serviços de Internet?, dispara Oliveira.

No início de fevereiro, a reportagem do A Tarde On Line enviou por e-mail à representação do Google no Brasil imagens de sexo explícito e anúncios de garotos de programa. Embora a prostituição não seja considerada crime no Brasil, as regras do orkut não permitem a utilização da ferramenta para qualquer tipo de transação comercial.

Na ocasião, a empresa afirmou à reportagem que estudaria uma forma de filtrar todo o conteúdo que circula nas comunidades do orkut. Entretanto, uma pesquisa rápida feita neste domingo, 12, nas comunidades do site mostra que o filtro não foi criado. Uma das comunidades citadas na matéria Em Salvador, garotos de programa usam orkut para driblar cafetões, "Sexo na Real Salvador" ainda está disponível ao clique do mouse. Ao utilizar as palavras-chave "Sexo" e "Salvador", surgiram 52 comunidades.

9 de março de 2006

Dia da mulher

Fotos: a lutadora é do GettyImage, a da ir. Inês é de Carol (ops, sorry!) e a srta. Weickert é minha.

Parabéns, Diu!

Diuuuuuuu. É hoje :)
Queria ter te dado um beijo, um abraço apertado.
Não rolou o contato, mas no pensamento predominaram as boas energias! Fui no fundo do baú resgatar uma foto sua, pois não poderia deixar passar em branco o seu dia. De quebra, ainda encontrei tia Simone e tio Juarez... ó vocês aí, rs!! Desejo "mil felicidades e amor no coração, que sua vida seja sempre doce e emoção".
Felicidades mesmo! Ao infinito!!!

Saiu o diploma, ufa!

"Assumo meu compromisso com a busca pela informação e prometo apurar e divulgá-la da forma mais precisa e correta, com base na real ocorrência dos fatos". Depois de jurado, vamos ver no que vai dar, rs! Ai ai...

8 de março de 2006

Puta sim, e daí?

Questionada sobre a inesgotável polêmica de fazer programa por prazer ou por necessidade, a presidente da Associação das Prostitutas da Bahia, Fátima Medeiros, foi taxativa: "Gozar é bom, ganhar dinheiro com isso é melhor ainda. Transar é uma maravilha, tem algo melhor que isso?".

E, atenção coleguinhas! As meninas foram premiadas com concessão de rádio FM. O canal deve entrar no ar em agosto. Segue o aviso: "Entendemos de sexo, agora precisamos de profissionais de comunicação, estamos recebendo currículo dos interessados". [rs!!!]

Leia matéria na íntegra.

7 de março de 2006

Free surf session

Verão 2006
O pico

Going to outside

Yeah! :-)

Personagem I, o artista


... no drop

Outros personagens :: zoada!

... de boa ...

... e as moças!

Até o fim, cadê Fatboy Slim?

Tássia Novaes,
do A Tarde On Line
Fotos: Haroldo Abrantes, Arquivo Pessoal e Fernando Amorim

Apesar de carregar uma bagagem respeitável - duas indicações ao Grammy 2006 de melhor álbum dance com "Pallokaville" e melhor gravação dance com "Wonderful Night", sem falar nas famosas raves que agitam Brighton, litoral no Reino Unido, onde milhares de pessoas se esbaldam ao som das batidas big beach do DJ mais famoso da atualidade, segundo a revista "Times" - Fatboy Slim fez uma passagem meteórica no Carnaval de Salvador no último dia 28. Sem direito a bis no final do desfile, a apresentação curta desagradou fãs mais exaltados, mas não desanimou a galera que curtiu o som eletrônico dentro e fora das cordas. Muita gente seguiu o Fatboy Slim até o fim do circuito.

À frente do Skol D+, Normam Cook [nome de batismo do DJ londrino] tocou durante pouco mais de duas horas em cima do trio elétrico - tempo considerando insuficiente para os foliões acostumados com cinco horas de axé music embalado pelos blocos do circuito Dodô [Barra/Ondina]. "Pensei que Fatboy ia puxar o trio por mais tempo. Não entendi porque tocou tão pouco já que era atração principal", conta Soraia Menezes, 25, estudante de nutrição. O resto do show ficou por conta dos DJs paulistas Marky e Patife, conhecidos na Europa por se apresentarem em bares de Piccadilly Circus, Londres, e Barcelona, na Espanha, onde inovaram com toque brasileiro a batida drum'n'bass.

Nos 4,5 quilômetros de percurso, Fatboy esteve no comando da pick-up em dois momentos: próximo ao Cristo, na Barra, onde os foliões foram saudados com um show pirotécnico, e em frente ao hotel Cesar Towers, em Ondina, reduto dos jovens que freqüentam o beco mais famoso do Carnaval de Salvador. Dentro do bloco, cerca de três mil pessoas foram ao delírio ao som de "Wonderful night", "Right here, right now" e "Rockafella Skank" entre outros hits famosos. E, se no castelo francês - onde o Fatboy botou o som para seletos convidados que compareceram ao casamento de chantilly do ex-casal Ronaldinho e Cicarelli - duas horas de som eletrônico foram suficientes para animar a festa, quem estava em Salvador pediu um pouco mais. "Foi uma honra curtir Fatboy, pena ter terminado tão rápido. Tinha de ter tocado o percurso inteiro, porque é um som inédito na Bahia", reclama a estudante Maria Prates, 18.

Agito - Para quem assistiu à festa de fora do bloco e até então desconhecia o ritmo da balada eletrônica, a repercussão foi positiva. "Fiquei impressionada, todos dançavam ao mesmo tempo sem parar, com muitos pulos. As pessoas acenavam para Fatboy, pareciam que todos estavam doidos", brinca a empresária Eliene Junqueira, 42, referindo-se à dança incessante dos foliões de abadá que permitiram ter corpo e mente tomados pela batida eletrônica. Mas, apesar do frisson, era preciso se esforçar para realmente se sentir numa rave. O excesso de luz e o som baixo resultaram em árdua tarefa para quem está habituado a curtir mais de 12 horas de música eletrônica em ambientes sem holofotes e com som potente, um cenário bem diferente da avenida Oceânica na terça-feira de Carnaval. Do carro de apoio, quase não era possível ouvir o som das pick-ups.

Reclamações à parte, há quem aposte que o Skol D+ com Fatboy Slim foi o desfile mais animado do Carnaval. "Só tinha gente bonita, as pessoas estavam em ecstasy", aprova a foliã Jana Dias, 27, que veio de Aracaju apenas para curtir o som do DJ londrino. A empolgação foi tanta que alguns foliões sem abadá aproveitaram o descuido dos cordeiros e da organização do bloco e brincaram horas a fio dentro da corda como se fossem associados. "Acabei de ser contratato, terminei o defile do Ara Ketu e vim correndo para a concentração, mas ainda falta gente na corda", conta um cordeiro que preferiu não se identificar. Além dos baianos, boa parte do público pagante era formado por turistas paulistas, australianos e argentinos.

Lá do alto, Fatboy parecia estar bastante animado com sua performance no carnaval baiano. Pela primeira vez no comando de um trio elétrico, o DJ londrino fez questão de cumprimentar com buzinas em punho os foliões que acompanharam o bloco. Slim até apostou alguns passos de dança ao ritmo dos colegas Marky e Patife que puxaram o som com direito a uma versão estilizada da canção "Carolina", composição de Seu Jorge.

Antes de vir a capital baiana, Fatboy marcou presença no eixo Sul-Sudeste. Fez shows em Maresias, litoral paulista, Balneário Camboriú, em Santa Catarina, Belo Horizonte e Brasília. No aeroporto internacional de Salvador desembarcou vestido com uma camiseta verde-amarela da seleção brasileira com seu nome estampado nas costas, semelhante a que usou em cima do trio e fez questão de avisar à imprensa presente que não tocaria axé music.

Aos que resistiram a 120 horas de folia durante os cinco dias de Carnaval que antecederam a noite com FatboySlim restou se contentar com uma festa sem direito a bis, apesar dos pedidos calorosos dos fãs, que terminou por volta das 4h30 da madrugada, antes mesmo de os primeiros raios de sol iluminarem a avenida.

3 de março de 2006

Pura nostalgia


Meu Deus! Minutos atrás encontrei essa foto no Orkut de Maria Vitória, minha colega de infância. Tomei um choque. Inevitável não dividir isso com vocês. Essa é a turminha da alfabetização, rs. Lá no Isba, ou melhor, no Isbinha. O nome da pró eu forcei a memória mas não teve jeito, não consigo lembrar. Se os tijolos dessa casinha falassem... hehehe!! Teriam muita história pra contar. No jardim, tinham uns cogumelos. Lembro que um dia um coleguinha comeu. Tadinho, não bateu onda... pegou uma intoxicação braba causada pelo fungo, rs!

Aí vai a lista da turminha: (em cima da esq. pra dir.) Erickson, Clarice Haddad, Liliane, Guilherme, Dudu, Lucas Barreto, Não Lembro o Nome, Camila. (segunda fila, da esq. pra dir.) Diogo, Felipe, Fernando Leite, Sérgio, Lalá, Davi, Lucas Dourado. (terceira e última fila, da esq. pra dir.) Gabriel Gonçalves, Liana, Thaiane, Gabriel, Lenno, Eu - a própria que vos escreve, Michele, Carla Conceição, Vivi (Mª Vitória) e Paloma.

The end

Terminou. Acabou. Finalmente, o Carnaval chegou ao fim. Nos próximos dias, vou postar algumas imagens do que rolou ...

2 de março de 2006

Traquinagem

Menino cola chiclete em pintura valiosa de museu de Detroit
Reuters

A obra da pintora Helen Frankenthaler, "The Bay" (a baía), ficou um pouco mais abstrata, para a tristeza das autoridades de um museu de Detroit. Um menino de 12 anos que visitava o Instituto de Artes de Detroit com um grupo da escola colou seu chiclete sobre a obra, que está avaliada em cerca de 1,5 milhão de dólares.

A goma de mascar deixou uma mancha do tamanho de uma moeda de 25 centavos de dólar no canto inferior esquerdo da pintura, disse o jornal. A pintura de 1963, que permanece em exibição, é considerada uma das mais importantes obras da coleção de arte moderna do museu de Detroit, disse o jornal. O menino foi suspenso da escola.