17 de junho de 2006

Comunicado:

esses dias estou baianando.

Fussbal, Männer und bier

Em português: futebol, homem e cerveja. Combinação relativamente agradável.

Considero futebol um jogo democrático. Vale pelada, baba na praia, no campo de barro, na quadra do prédio do amigo, golzinho, campeonato universitário, divisão de base, campeonato brasileiro, 3ª divisão, Libertadores... o cobiçado futebol europeu. Quem não tem habilidade com os pés pode ir de mão com o totó, futebol de botão ou playstation com o joguinho Winning Eleven. Se a pessoa não consegue interagir mesmo diante dessas alternativas, pode simplesmente apreciar.

Quando penso em futebol reparo quase que obrigatoriamente alguns detalhes peculiares do ser masculino. Na partida de futebol é preciso correr feito homem, gritar feito homem, chutar pro alto feito homem, matar no peito feito homem, agüentar dor feito homem, marcar em cima feito homem, driblar a marcação feito homem e, é claro, a melhor parte: furar a defesa e finalizar feito homem. Gol! Aliás, quando penso beeeeem em futebol uma conclusão é inevitável: talvez mais nada no mundo consiga reunir 11 homens tão distintos em torno de um objeto de desejo. Diria até que é um caso único. Nada mais, ninguém mais, nem nenhuma bunda conseguiria colocar 11 marmanjos contra outros 11 marmanjos durante tanto tempo. Poderia até funcionar uma vez, duas, três. Mas dificilmente esse ato seria repetido por tantas décadas com tanto entusiasmo como ocorre no futebol. E pensar que o estímulo é um troço pequeno e bem redondinho. Os homens se juntam porque são apaixonados por ela: a bola. Sorte da Carminha!

Quando assisto futebol peço cerveja. Não sei se é culpa da mídia, mas sem cerveja é difícil engolir. Digo isso porque futebol visto como coisa séria não tem graça. Assuntos sérios causam desgaste e a graça do futebol é justamente passar o tempo sem desgaste. Sem cerveja lembro que a máfia do apito alterou o placar. Sem cerveja lembro que um único jogador possui vários zeros no lado esquedo da conta. Sem cerveja lembro que o Vitória é uma merda. Lembro também que Raudinei fez aquele maldito gol. Sem cerveja tenho vontade de matar argentinos e decaptar corinthianos. Sem cerveja considero o Ronaldo um idiota e o Brasil uma república de bananas. Ainda corro risco de voltar estressada para casa caso a porra do time perca. Não, de bico seco não dá. Me recuso. Adoro futebol e assumo minha paixão pelos homens mesmo quando sou seduzida por jogos fracos. Só não dispenso uma cerveja gelada pra refrescar os ânimos em noites de zero a zero.

Tássia, na zaga, querendo ser artilheira.

15 de junho de 2006

Post nº 4

Série: "Dá licença, vou viver melhor"

Retranca: Inércia, uma maldita mania de viver no outono
(Obs.: Faltaram-me palavras para cobrir o assunto. Ou melhor, sobraram palavras desencontradas. Até que acenderam a luz: texto de Luis Fernando Veríssimo, indicado por Kleyzer Seixas, a Kêka)

Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono. Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance, para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém,preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

14 de junho de 2006

Brasil 1 x 0 Croácia

2º tempo na redação. Mais no Baianando na Copa.

12 de junho de 2006

9 de junho de 2006

Playstation é o caralho, porra!!!!!!

Título e foto: Pedro Campos
Dá licença, Peu! Robei de seu blog. Difudê :)

3 de junho de 2006

Post nº 3

Série "Dá licença, vou viver melhor"
(Obs1: É a mesma de antes. Um pequeno ajuste no uso das palavras deixou a expressão mais adequada. Valeu, Denis. Os colchetes peguei mania com Luciana, gente digital, código binário... MTV)


Retranca 3: Referênciais, uma questão de bom senso

Apartamento 301, edifício Tânia. É onde moro. Avenida Tancredo Neves, sem número. É quase um pelourinho. Pico do surf, refúgio mantido só entre os amigos. É onde desopilo. Cidade de Jequié, a 364 quilômetros de Salvador. É onde o vento não faz a curva. Ciberespaço, qualquer destino. É onde gosto de navegar. Praça São Pedro, Vaticano. É o palanque de julgamento dos ocidentais. Ladeira da Montanha, dispensa ponto de referência. É onde não se deve passar tarde da noite. Pentágono, na beira do rio Pontomac. É um escritório especialista em fazer guerra. Zion, uns 550 quilômetros distante da paranóia. É um achado que quero voltar. Vila de Jenipapo, a 31' da linha do equador. É onde os remédios nunca chegam. Auschwitz, Polônia. Era a fábrica de sabonetes de um monstro bigodudo. Oitavo andar, Pituba. É onde gosto de pousar. Endereços fáceis de descobrir. Mesmo sem mapa, basta perguntar. Mas onde os sentimentos residem [pra não dizer hibernam] é preciso silenciar para então encontrar.

Obs2: Deu pau no html. Sabe como é, não tenho muita prática com a coisa. Aí desajustou a cor do título e o índice dos comentários. Bito e Raposo tão tentando consertar.