31 de janeiro de 2006

Reciprocidade

Thiago Campos*

Por vezes gostamos das pessoas e pensamos que aquilo vai durar independente de recebermos algo em troca. Não que acredite que precisamos receber algo em troca para gostarmos de algém... Não, não. Não precisamos disso.

Mas será que sentimentos duram sem reciprocidade? Quem nunca se sentiu apaixonado e nunca foi correspondido, quem nunca pensou que dava mais do que o outro numa determinada relação? Quem?

Na vida passamos por situações semelhantes e chegamos a conclusão de que não há sentimento no mundo que sobreviva sem ser regado, sem um feedback maneiro, sem um telefonema.

Por mais profundo que seja, por mais intenso, mais forte que seja o sentimento ele sempre morre sem o devido cuidado. Acreditar no contrário é se iludir, é querer acreditar em algo que sabemos no fundo que não irá nos fazer bem.

Talvez tudo isso não faça sentido algum... até porque, nós, seres humanos, supostamente racionais, precisamos nutrir sentimentos, sejam qual for, pelas pessoas que nos rodeiam. Talvez o bom da vida seja sentir isso... nos decepcionar, sentir dor, não ser correspondido. Mas isso não parece lógico.

Por que sofrer? Não seria melhor nos afastar das pessoas que não nos correspondem, daquelas que não querem a nossa companhia, ou das que não parecem se importar muito se estamos juntos ou não. Quanto custa um telefonema? Uma mensagem, um carinho, um segundo de atenção...

É... Se não há RECIPROCIDADE numa relação o melhor é mandar para o quinto dos infernos e dizer bem alto: QUE SE FODA! Seria muito bom se conseguíssemos agir assim. Não corresponde, então nos afastamos. Pena que não somos tão racionais assim. Ainda corremos atrás das pessoas mesmo quando sabemos que elas não sentem o que sentimos por ela. Difícil, não?

Se fosse fácil não teria a menor graça...

(*) Amigo, meu consultor exclusivo para assuntos jurídicos. Na turminha, é mais conhecido como Nausão. Figura singular, sensível. De segunda a sexta, gosta de se fantasiar com terno e gravata. Mas não abre mão das havaianas e bermudão no domingo!

Um comentário:

tássia disse...

Tô ligada que todo mundo leu essa porra [exceto srta. Kauf, desprovida de computador já faz algum tempo, e o outro integrante da quadrilha, que, no momento, encontra-se exilado em Zion]. rs!!

Como ninguém se pronunciou, digo o seguinte:

- As pessoas grandes adoram os números. Quando a gente lhes fala de um novo amigo, elas jamais se informam do essencial. Não perguntam nunca: "Qual é o som da sua voz? Quais brinquedos prefere? Será que coleciona borboletas?". Se tento descrevê-lo aqui, é, justamente, porque não o quero esquecer. É triste esquecer um amigo. Nem todo mundo tem amigo. E eu corro riscode ficar como as pessoas grandes, que só se interessam por números. Foi por causa disso que comprei uma caixa de tintas e alguns lápis também...

[Pequeno Príncipe, novamente]

Falou people! Viva a reciprocidade, rs!!! [a espontânea e sem forçaão, é clato]