27 de março de 2006

Rio: tráfico adota vale-droga

ANDRÉ CARAMANTE
Enviado especial da Folha de S.Paulo ao Rio

Com a concorrência cada vez mais acirrada, traficantes do Rio de Janeiro passaram a adotar, nos últimos meses, um esquema de venda de drogas com promoções semelhantes às de pizzarias: a cada dez papelotes de cocaína ou cigarros de maconha comprados diretamente na boca-de-fumo, ganha-se o 11º.

Essa espécie de brinde em troca da fidelidade do cliente foi implantada pela facção criminosa Comando Vermelho, o CV. Na hora da compra, o usuário recebe cupons --papéis carimbados que geralmente trazem a inscrição "CV", o nome do lugar onde a droga foi comprada, o tipo e o valor pago por ela. A promoção do vale-droga é, por enquanto, restrita às pessoas que são conhecidas dos traficantes.

A "promoção" não tem data para ocorrer --depende da disponibilidade das drogas nas bocas-de-fumo e do prazo dado pelos fornecedores para a sua quitação. E o esquema cresceu justamente no período em que o Exército ocupou as favelas após o roubo de 11 armas de um quartel. O armamento só foi devolvido após um acordo dos militares com criminosos líderes do CV.

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