19 de abril de 2006

Deu na Istoé


Vem aí o surfódromodas ondas perfeitas
Praia carioca terá fundo artificial para criar tubos gigantes e melhorar o surfe
Por Aziz Filho

Uma tecnologia gerada nos laboratórios da sisuda Coordenação de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a Coppe, pode incluir o Rio de Janeiro no roteiro dos maiores paraísos mundiais do surfe. A implantação de um surfódromo na praia da Macumba, na zona oeste do Rio, virou sonho de consumo dos que buscam a onda perfeita e gastam suas economias em viagens até o Havaí, a Indonésia ou a Austrália. Tudo começou nas pranchetas da professora de engenharia costeira e oceanografia Enise Valentini, mestre e doutorada em engenharia costeira. Ela estudou os três fundos artificiais construídos no mundo ? dois na Austrália e um nos Estados Unidos ? e garante: com o apoio da prefeitura, o Rio de Janeiro terá o melhor surfódromo do mundo, ainda a tempo de encantar o público dos Jogos Pan-americanos de 2007.

Ao contrário das experiências existentes, todas feitas com sacos de areia, o projeto baseia-se numa estrutura inteiriça de cimento ou de metal que, instalada a cerca de 200 metros da praia, produziria ondas intensas. Com formato triangular, funcionaria como os fundos de corais que fazem a euforia das praias do Havaí: elevaria a altura das ondas em até 80% e produziria duas raias na arrebentação, uma em cada direção. O risco de afastamento de pequenos peixes ou moluscos, que não suportariam o impacto das ondas, segundo a engenheira, é tão insignificante que não deve preocupar os ambientalistas. ?A estrutura ocuparia uns 85 metros quadrados de uma área de cinco milhões?, compara.

Nenhum comentário: