Fussbal, Männer und bier
Em português: futebol, homem e cerveja. Combinação relativamente agradável.
Considero futebol um jogo democrático. Vale pelada, baba na praia, no campo de barro, na quadra do prédio do amigo, golzinho, campeonato universitário, divisão de base, campeonato brasileiro, 3ª divisão, Libertadores... o cobiçado futebol europeu. Quem não tem habilidade com os pés pode ir de mão com o totó, futebol de botão ou playstation com o joguinho Winning Eleven. Se a pessoa não consegue interagir mesmo diante dessas alternativas, pode simplesmente apreciar.
Quando penso em futebol reparo quase que obrigatoriamente alguns detalhes peculiares do ser masculino. Na partida de futebol é preciso correr feito homem, gritar feito homem, chutar pro alto feito homem, matar no peito feito homem, agüentar dor feito homem, marcar em cima feito homem, driblar a marcação feito homem e, é claro, a melhor parte: furar a defesa e finalizar feito homem. Gol! Aliás, quando penso beeeeem em futebol uma conclusão é inevitável: talvez mais nada no mundo consiga reunir 11 homens tão distintos em torno de um objeto de desejo. Diria até que é um caso único. Nada mais, ninguém mais, nem nenhuma bunda conseguiria colocar 11 marmanjos contra outros 11 marmanjos durante tanto tempo. Poderia até funcionar uma vez, duas, três. Mas dificilmente esse ato seria repetido por tantas décadas com tanto entusiasmo como ocorre no futebol. E pensar que o estímulo é um troço pequeno e bem redondinho. Os homens se juntam porque são apaixonados por ela: a bola. Sorte da Carminha!
Quando assisto futebol peço cerveja. Não sei se é culpa da mídia, mas sem cerveja é difícil engolir. Digo isso porque futebol visto como coisa séria não tem graça. Assuntos sérios causam desgaste e a graça do futebol é justamente passar o tempo sem desgaste. Sem cerveja lembro que a máfia do apito alterou o placar. Sem cerveja lembro que um único jogador possui vários zeros no lado esquedo da conta. Sem cerveja lembro que o Vitória é uma merda. Lembro também que Raudinei fez aquele maldito gol. Sem cerveja tenho vontade de matar argentinos e decaptar corinthianos. Sem cerveja considero o Ronaldo um idiota e o Brasil uma república de bananas. Ainda corro risco de voltar estressada para casa caso a porra do time perca. Não, de bico seco não dá. Me recuso. Adoro futebol e assumo minha paixão pelos homens mesmo quando sou seduzida por jogos fracos. Só não dispenso uma cerveja gelada pra refrescar os ânimos em noites de zero a zero.
Tássia, na zaga, querendo ser artilheira.
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