17 de março de 2007

Amplo

Pela legalização da maconha, sim - embora declare não ser usuário da planta. Sobre outras drogas, diz ter escapado da heroína. "Nunca me piquei". Foi "só" no básico: fumou, cheirou, tomou ácido. Mas largou tudo isso "faz tempo". Não que Chico tenha virado um monge tibetano alheio aos vícios mundanos. Parece que esse lance de ficar de cara não é com ele. Confessa que eventualmente pode até fumar um aqui e ali. Uso ocasional, nada que o torne um legítimo maconheiro. "Não sou adepto". Por sofrer de insôcia, já foi recomendado uso regular da cannabis para dormir. "Mas não dá certo", afirma. Os efeitos psicoativos do THC não batem no artista. "Não me dá leseira, nem larica. Me deixa excitado. Aí eu preferi a cocaína, mas parei também", garante. Quanto a legalização da maconha, Chico é fiel seguidor da corrente que vê a ilegalidade como fator de promoção da violência devido ao narcotráfico. Ele explica: "No Brasil, nos países pobres, principalmente, a quantidade de vítimas que o tráfico de drogas faz é muito maior que a de vítimas das próprias drogas. No Rio, moleques de nove, dez anos já estão cheirando cocaína, porque manejam, vendem cocaína. Envolve às vezes uma quantidade muito grande de crianças, adolescentes, acaba com a vida dessa gente, morre gente pra burro. Fora a violência toda que o próprio tráfico vai desencadeando". É claro que você não pode pensar em liberar abertamente o consumo de drogas se não tiver um interesse internacional. Senão, cria-se um problema. Você pode ir a Amsterdã e fumar sua bagana e tal, mas não pode sair de lá com o negócio. Se produzissem legalmente cigarros de maconha, se fossem vendidos nas tabacarias, no Brasil, como aliás digo numa música, não vejo que o dano... quer dizer, haveria, claro, um problema de saúde pública, como com o cigarro, como com as drogas farmacêuticas, o consumo de álcool".
Em tempo: a musica é "Outros Sonhos"

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