Pegada violenta - PARTE X
Terça-feira de tarde. Adiantei o serviço pro passeio ser vespertino. Passei o dia mirabolando planos para conter o instinto mordedor de Bóris. É fato que ele precisa me obedecer. A tática: espadinha de jornal no fucinho. Peguei a coleira e fui ao encontro com a espada debaixo do braço. Abri o portão e, para minha surpresa, encontrei um lord. Só cheirou sem pulos de estripulia. Em menos de um minuto já estava com a coleira no pescoço. Feito inédito em tempo record. Nem precisou da espadinha. Bom menino, fomos passear. Tirando a parte dolorida, a convivência com Bóris até que é divertida. É engraçado acompanhar o tino do animal, as reações, os olhares, às vezes se expressa feito gente. E às vezes também me faz passar por ridícula. No passeio estreito, em sentido oposto vinha uma senhora. Pela cara, vi que estava em pânico por causa do porte do cachorro. "Não se preocupe, pode passar, ele não morde, tá seguro". - E o que é isso no seu braço? "Ah, isso aqui? Foi o meu marido, ele é tarado".
4 comentários:
Ah tá! Agora quer livrar a cara do Bóris, é? Pois sim...
ô, pela cara da mulher parecia até que era um pitbull, hehehehe
Sei não ... sei não ... tô achando que ela tá se fazendo de morto prá vc não detonar ele pro teu pai! Tá te seduzindo pra você aprender que tem que fazer como ele quer, quando ele quer, e o que ele quer.
E respeitando todos esses momentos dele, ele, gentilmente, te faz companhia...
Na verdade ele só está com pena de ti...
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
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