18 de junho de 2008

E o Oscar vai para...

André Vieira, com a reportagem Nova Angola.

Só quem sabe o que é Luanda saberá lhe dar valor
Gil

11 de junho de 2008

Aloha'n Africa

especialmente postado para o meu doidOO predileto




Outro dia, em Cabo Ledo

Reflexão do dia

Luanda é uma história de gibi.

Nenhum pensamento de infância,
nem saudade nem vão propósito.
Somente a contemplação de um mundo enorme e parado
Drummond

10 de junho de 2008

I know
Jah never let us down
Bob

9 de junho de 2008

Parece publicidade, mas é fotojornalismo

Novos formatos. Adeus aos bonecos. Páginas 2 e 3, da edição desta segunda-feira do Público.

Troca-troca no exílio

Peguei o iPod de João emprestado pra copiar Los Sebosos Postizos. -Faz tanto tempo que queria ter as faixas do show "Uma noite do Ben" comigo. Tinha ouvido uma vez, bem antes de vim pra cá, na casa de um amigo. Coisa mais gostosa Du Peixe cantando Jorge Ben anos 60 e 70. Ele, Lucio Maia e Pupillo, da Nação Zumbi ,com Bactéria, do Mundo Livre S/A. Bom... muito bom.- Acabei descobrindo Mayra Andrade. A voz, a melodia, o violão, as poucas palavras que compreendi faixa pós faixa, tudo isso agradou os meus sentidos. Fui no Oráculo desvendar a origem dessa voz. Nasceu em Cuba, cresceu em Angola e no Senegal, passou pela Alemanha, mora em Paris. Pra completar, tem cara de brasileira. Eu hein, mistura doida, boa. Não conhecia.

Sobre delíros que pairam e ficam

Minha saudade tem nome: pé de abacate.
Tem sabor: Calrsberg gelada.
Tem destino: mar da Bahia.
É sem pressa e não demora.
(me) Enrola.

Sobre mundos e armários

Parte da angústia do ser humano é não saber lidar com o inexorável. Sei que a minha é, ao menos, em parte por isso. Tampouco sabemos quantas coisas temos e de quantas precisamos até termos que nos mudar. Tenho até saudades das coisas que ficaram, porque escolher o que trazer primeiro é tão complicado. E nem caberia tudo nesse quartinho que, à primeira vista não tem nada. É que ele tem um armário enorme embutido na parede, onde está todo o meu mundo. Voltei a ter o meu mundo em um armário, como tinha quando era pequena. [perfeitamente definido por Camilla. Ela e eu ]

Quero tomar chá de jasmim
Com você de novo
Embaixo daquela árvore florida
Naquela xícara misteriosa
Que a vovó ganhou da baronesa
Aquela xícara miraculosa
De porcelana de sachê
Jorge Ben
pra ouvir na versão Los Sebosos Postizos

7 de junho de 2008

Fim de semana



Lembram do kit básico de viagem? Encaramos 700 km, antes de o sol raiar, até o Lobito.


O caminho


Cochilei uns quilômetros até despertar confusa com o solavanco do carro. Achei que tava no sertão da Bahia.

Segui em silêncio. A paisagem foi ficando diferente. Depois da curva, entendi o caminho.



Primeira parada: Porto Amboim



Dizem que antes da guerra não era assim

Avistei rapidamente uma opção de hospedagem

Mais da metade do caminho

Sumbe, distrido do Kwanza Sul. Nesse tipo de comunidade, o soba comanda o pedaço. É bom procurá-lo, ao invés de chegar sem aviso.

Linha de chegada

Lobito, enfim

A arte do equilíbrio

Lauro de Freitas-Portão? Nãnão. Talatona-Benfica. Essa van azul se chama
Kandonga. O piloto, kandogueiro. É o meio de transporte disponível para situações quando
só a canela não basta. Não tem ônibus nem táxi em Luanda. Quando chegar no
aeroporto, peça pra alguém ir te buscar. Fica a dica.


É tanta gente indo e vindo nessa cidade. Gente daqui, gente de lá. Gente das Europa. Gente da China. Até o povo de Alah. Unidos para reconstruir Angola. Boa parte dos rostos que vejo na rua, fico sem saber se é da Bahia ou de Angola. Tudo muito parecido. A pele, o nariz, a forma de andar, o cabelo trançado, o sorriso largo. Queria saber carregar as coisas na cabeça. Algo mais além de idéias. Não entendo como uma mulher consegue equilibrar uma dúzia de ovos na cabeça. Se eu tiver que andar cem metros com o mesmo pacote nas mãos, é grande o risco de tudo se espatifar no chão. Com elas não. Sobe, desce calçada. Vira pro lado pra ver se vem carro na hora de atravessar a rua. Pára na pista, conversa com a amiga. Traz o miúdo amarrado na cintura. Passo apressado pra chegar rápido em casa. É tão fácil, tão natural, tão desinibido no cenário sofrido. Devo ser mesmo uma pessoa sem prumo na vida.

6 de junho de 2008

Venho até remoçando
Me pego cantando,
sem mais nem por quê
Tantas águas rolaram
Chico

3 de junho de 2008

Efeito cacimbo

Tem dias que fico assim
Assim como?
Sei lá, meio assim

Meio assim como?
Assim... meio sei lá

Tá bom.
Pois é...
Mas como é esse meio assim?
Como se fosse um inteiro assim.

Sei. Inteiro, né?
Quase.
Quase ou inteiro?
Meio a meio...
Meio quase e meio inteiro.

Adaptado de Definido sem pontuar.