E de repente...
tive uma paixão súbita por São Paulo.
Registro aqui uma confissão.
São muitas idas e vindas, nos últimos anos, a essa cidade perdida. Talvez seja isso. Mas não vou forçar uma explicação. Dessa vez, simplesmente me tocou o coração. Acho que foi aquele vento gélido segunda à noite penetrando na minha nuca sem respeitar o cachecol. Ou então a menina de elegância discreta, de bicicleta numa rua de pedrinhas, esquina com a Mourato Coelho, fazendo pose debaixo de um ipê lilás florido. Lilás com cinza e pedrinhas: uma bela composição. Ou o som das rodas do skate cortando o asfalto sem freio. Nessa cidade, inesperadamente sempre se aproxima um rapaz de skate. E teve o casal deslizando de patins domingo a tarde na Paulista. Se bem que me chamou mais atenção o rapaz bonito, mochila nas costas, patins no pé, sacola de compras equilibrada na mão esquerda ao lado daquele monte de carros na Augusta. E o foggy-poluído falso simulacro londrino que não me deixou ver as montanhas lá no fundo. E o pedaço de pizza banhada por uma Original, de sobremesa um punhado de amigos. Risoto de pera com gorgonzola no bistrô... hummmm, inesquecível. Linha de Passe, Lemon Tree. Água com gás é no cine Reserva. Coisinhas eletrônicas baratinhas na Santa Efigênia. Material de fotógrafo gente grande bem carinho na 7 de abril. Paixãozinha boba, que nem as de menina: acaba logo na esquina. Eu sigo.
2 comentários:
Esta cidade tem mesmo dessas coisas, a Av. Paulista e região, cenário perfeito, comidas inusitadas, pessoas mais inusitadas ainda.
E cinema do bom :)
melhor parte!
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