14 de maio de 2009

Da série "Foi o cão quem inventou"

Categoria: deliciosas porcarias industrializadas de baixo valor nutritivo e altíssimo potencial calório difíceis - pra não dizer impossíveis - de serem recusadas.



Na bisnaga, a síntese do crime sem esforço.
Quando é na lata, a pessoa, pelo menos, tem um pouquinho de trabalho pra abrir.







Acalma qualquer frustação.
Em Angola, [eu, Hilcélia e Dandara] pagávamos US$ 17
pelo copão de 500ml. Aproximadamente R$ 35 pelo "batido de ovomaltine".
Imediatamente nos sentíamos mais felizes.








Você nunca aplicou R$ 20 em míseros 473ml de sorvete
com tanto gosto. Você se arrepende das calorias, não do investimento.
O de chocolate belga é imbatível. Tem gosto de romance.






A prova de que você não tem controle sobre seus atos.
Esse é clássico, não tenho nem o que comentar.
O concorrente simplesmente colocou o nome "Sem parar".










Vai com tudo.
Serve até se você passar no braço.

12 de maio de 2009

Idéia nova, novas cores

"É preciso que a gente se conforme
em arrancar regularmente os baobás
logo que se distingam das roseiras,
com as quais muito se parecem quando pequenos"
O Pequeno Príncipe


Caros leitores,
Passado o verão, e juntamente com ele as cores quentes e vibrantes, o novo template deste blog traz como tema o imbondeiro. Nativa de Madagascar, essa árvore encontra-se espalhada por toda Angola. Foi lá que a conheci (foto). Difícil não percebê-la imponente na paisagem. Enquanto tudo ao redor parece seco, sem vida, no interior do tronco, o armazenamento de água, que pode chegar a mais de 100 mil litros, o mantém forte e robusto. Árvore centenária, de folhas caducas e repercussão mítica, também é chamada de baobá - aquela que inspira a a canção Kaô, composição de Gilberto Gil e Rodolfo Stroeter, do cd O Sol de Oslo, de Gil (Pau Brasil, 1998) e também aquela que dá origem "as sementes terríveis" capaz de ameaçar o asteróide de O Pequeno Príncipe, de Saint-Exupéry (EUA, 1943). No Brasil, tem o plantio associado ao candomblé. Para a religião de matriz africana, é árvore sagrada. Não deve ser podada ou arrancada. Alguns pés também foram plantados, no século XVII, na praça da República, em Recife (PE), e por lá permanecem tombadas pelo estado.

"Se um morto for sepultado
dentro de um baobá,
sua alma irá viver enquanto a planta existir"
Crença africana


É difícil calcular a idade de um imbondeiro.baobá: o caule não forma aqueles anéis internos que os biólogos costumam utilizar como referência para medir a longevidade das árvores. Porém, sabe-se que pode viver por seis mil anos, sendo, então, mais resistente que a seqüoia, aquela conífera gigante, originária da Califórnia que costuma ter, em média, quatro mil anos de vida.

A resistencia à ação do tempo é sintetizada em beleza uma vez por ano, quando brotam as flores. O imbondeiro.baobá floresce durante uma única noite, geralmente no período de maio a agosto. E tudo que é extraído dela pode ser utilizado para fins medicinais - as folhas secas ao serem trituradas formam um pó que pode ser usado no combate a anemia, raquitismo, diarréia, reumatismo e asma. As sementes - têm o nome de múcua - são repletas de óleo vegetal e costumam ser consumidas assadas pelos africanos. Dizem também que as raízes das mudas, quando asssadas, têm sabor similar ao aspargo - ainda não provei.

Agora plantado neste blog, o imbudeiro.baobá há de guardar todas as palavras, idéias soltas, devaneios e principalmente os sentimentos que circulam por aqui para que seja duradoura a intenção de quem escreve e também de quem comenta.