25 de dezembro de 2006

É Natal!

O Correio da Bahia [pois é, sou assinante] chegou à minha casa pontualmente às 7 horas nesta segundona natalina tão fino quanto uma hóstia. - Cadê o resto do jornal?, perguntei ao motoboy, que seguiu picado sem me responder uma palavra. Não diferente, três horas depois, já na redação do vespertino onde trabalho, encontro estampado na primeira página uma foto de arquivo [7/12/2006] ilustrando uma matéria factual. - Ué, tinha texto mas não tinha imagem? Como assim?. Silêncio mais uma vez. Ninguém responde. Até mesmo porque às 10 da manhã de pé mesmo só a turminha do On Line, que, prontamente, a essa hora já tinha atualizado nove canais de notícia, já tinha manchetado [mais uma vez] o atraso nos aeroportos e dado com destaque a morte de James Brown. Para os leitores soteropolitanos, foto e texto da liberação do viaduto na Tancredo Neves, bem aqui na frente. O resto da redação... às moscas. Nenhum som de teclado, nenhum ruído de comunicação entre editores e repórteres, nenhuma das portas que levam até a direção gemeu. Chiquinho não fez o café. Quem quiser que se contente com um copo d'água. Até a sinfonia dos 500 ramais perdeu o compasso. Agora são 1h22 e a Sibéria é aqui. 21ºC ar condicionado é demais para três corpos em situação estática. Elói acaba de chegar da rua com fotos "de praticamente nada". Digo que hoje nem vou pra rua. Ninguém briga comigo, prossegue o silêncio. Nenhum telefone tocou até o momento. Nem o do Alô Redação. Levanto a cabeça e dou uma olhada na rua: um, dois, três, quatro. Em segundos, passam quatro carros abarrotados de prancha no teto. Bem que na última semana do ano jornal podia sair dia sim dia não. Né não?!

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