21 de fevereiro de 2007

Pra Seu Ari

ABAIXO BORORÓ!

Depois do Babado Novo, é a maior armação carnavalesca de todos os tempos. Fazer o que... quem paga sai na Band. Dou ponto pra Armandinho que puxou o trio com a parentada e o violonista novaiorquino (e multiinstrumentista) Ted Falcon. Um arraso!!! Tá vendo, Seu Ari, sinta vergonha não. Sinta é pena da paulistada que deu as costas e cortou a transmissão enquanto a fobica passava. É que Armandinho não paga pra Cléo Pires e Gianechini erguerem o indicador direito pro alto aos pulinhos. É que Armandinho não fez a mínima questão de cumprimentar a japonesa-loira-bigbrodiana, Sabrina Sato, nem muito menos o agitador de palco Otaviano Costa. Também não deu nem tchun pras 12 câmeras virtuais do Terra. Passou reto, virou a cara e, creio eu, só não deu dedo pq todas as falanges, falanginhas e falangetas estavam devidamente ocupadas nas cordas da guitarra baiana. É que Armandinho antes de qualquer coisa ainda quer fazer carnaval de verdade. Sabe como é, aquele carnaval lá que o senhor já deve ter brincado vestido de mortalha junto com Denis. Aquele carnaval do "verdadeiro enxame, chame chame gente". O carnaval da "mágica boa... meu amor, cadê você? Olê, olê, olá. Ê, você, olê, olá". O carnaval que o Asa não arrêa. O carnaval que eu só conhecia de ouvido, ao som de comentários saudosistas feitos por meus pais, feito por vocês dessa época ai.Mas esse ano, Seu Ari, pela primeira vez, aos 23, vi tudinho. OU melhor, ouvi e dancei. Fechei a pauta mais cedo só pra correr pra Ondina e pegar o trio. Dancei de me acabar. Eu e toda turminha da casa dos 20 que estava em Ondina, incluindo boa parte da reportagem (também da casa dos 20) do Correio da Bahia, da TV Bahia, TVE e do A Tarde. A turminha que se fode de trabalhar sem receber jabá. Que veio da década de 80 mas carrega (não sei pq) uma aura lá da época de vocÊs. Que é jornalista por ofício e não por status. Todo mundo adiantou a pauta pra correr atrás do caminhão. Sem confusão, sem briga, com ânimo e empolgação. E muita cerveja, é claro! Mesmo tendo pauta no dia seguinte. Fomos ao som de Villa-Lobos, bolero de Ravel e tudo de bom composto por Armandinho, Dodô, Osmar, Morais Moreira, Caetano, Gil, Fausto Nilo, Pepeu Gomes e a louca da Baby. Músicas de Brown e Margareth também ganharam versão especial ao som da guitarra baiana. Olha, eu amei. Todos que estavam na rua amaram. Agora já vou poder me incluir na conversa de vocês. E digo mais: paroano, se continuar refém das pautas carnavalescas, vou sair no Cortejo Afro. Eu e a turminha. Todos vestidos a caráter. Uns já sairam de Gandhy esse ano. Bora nessa? Bora Denis, bora Carminha. Até a Pró já tá pensando em colocar no orçamento dela de verão.

Um comentário:

Anônimo disse...

Tassinha você é linda, viu?

Vi seu texto (demais!!!) no gordalouca primeiro e postei lá.

Pois é, menina!... O carnaval baiano é um case perfeito para a teoria da indústria cultural de Adorno (e outros mais): copia e mete, copia e mete, copia e mete, ad infinitum. A mesmice começa a assustar, e isso já é indicativo do fim.Quando se tira de uma expressão cultural, justamente o que lhe é mais essencial que é a espontaneidade, aí é morte certa. Mais cedo ou mais tarde. Vamos aguardar o camarote de Caras no que será o carnaval da Ilha Fiscal (lembra do baile? - the last one) rsss.

Beijo,

Seo Ari