Batida violenta - PARTE I
Quinta-feira de manhã. Feriado junino, todos viajaram. A família fez as malas e botou o pé na estrada sem previsão de retorno. A mim, prisioneira de um patrão, além de ir trabalhar no vespertino digital, me coube a tarefa de cuidar de Bóris, o cão da casa. Detalhe: anunciaram a odisséia de supetão, na véspera da viagem. "Não esqueça de colocar a comida três vezes ao dia. Tem que trocar a água também, mas dê um intervalo entre a água e a ração, porque ele come muito rápido e pode ter uma contratura estomacal", orientou papai. Credo, pensei comigo. Tudo bem, não se preocupe não vou matar o cachorro. "Ah, tem que dar o cálcio todo dia de noite, vê se não esquece". Certo, acrescentei à lista de tarefas caninas. "E tem que passear com ele todos os dias". Tá bom, disse. Minha irmã - a dona do cachorro em parceria com meu pai - na hora de partir fez lamento com cara de choro: "Ô, Tássia. Cuide dele, não esqueça não". Tá bom, garota. Tá achando que sou irresponsável, que saco, é só um cachorro, retruquei. "Bom São João, filha. Fique com Deus", despediu-se mamãe. Recomendações delegadas, beijos e abraços devidamente propagados na despedida, segui para o trabalho sem nem imaginar o tormento que me aguardava.
2 comentários:
KD A PARTE II?????????????
BEIJO AMARELA!
vc tá bem? seus pais estão bem?
saudade!
Tão sim, Bitinho. Ambos tão bem. Mamãe tá mandando um beijo, disse que outro dia riu sozinha lembrando de suas piadas no metrô, hehehehe. Beijos =)
Postar um comentário