31 de outubro de 2008

Velha Bahia

Santo Antônio Além do Carmo. Salvador, BA

29 de outubro de 2008

Quando me pergunto se você existe mesmo, amor
entro logo em órbita no espaço de mim mesmo, amor
Vinicius

25 de outubro de 2008

21 de outubro de 2008

É pedir muito?


Santorini, Grécia. É dela.

Não sei se é natural do ser humano dificultar as coisas. Ou se a parte boa da vida é por natureza difícil. Só sei que tem umas coisas que não dá pra deixar de querer. É que nem beijo na boca ao amanhecer.

16 de outubro de 2008

Deixa ver, com meus olhos de amante saudoso
A Bahia do meu coração
Deixa ver, baixa do Sapateiro Charriou, Barroquinha,Calçada, Tabuão
Sou um amigo que volta feliz pra teus braços abertos, Bahia
Sou poeta e não quero ficar assim longe da tua magia
Deixa ver, teus sobrados, igrejas
Teus santos, ladeiras e montes tal qual um postal
Dá licença de rezar pro Senhor do Bonfim
Salve a Santa Bahia imortal
Bahia dos sonhos mil
Eu fico contente da vida em saber que Bahia é Brasil

11 de outubro de 2008

O mundo me fascina

No reflexo, uma baiana e uma gringa: Nana, gaúcha de sangue italiano da Quarta Colônia.

Pequena grande confissão sobre Angola

Faz meses que cheguei da África, nem na Bahia estou, e ainda sim muita gente me pergunta como são as coisas por lá. A curiosidade é grande, balança mais que atração de circo. Todo mundo quer saber como é, como foi, como será. Todo mundo quer ir, faz como? Fala com quem? É difícil, será que dá? São algumas das perguntas que chegam a mim com freqüência. Considerando que a curiosidade alheia é sempre a mesma, tenho cogitado a possibilidade de gravar uma série de FAQ sobre o dia-a-dia em Luanda. Ao ser lançada a próxima pergunta, bastaria apertar play. Simples assim. Pouparia minha beleza, meus ânimos, meus nervos.

É tão chato falar sobre Angola. Tão tão tão... tão. Das poucas vezes que tentei explicar, vi nos olhos diante de mim sinais nítidos de que não fui compreendida. Alguns me rotularam de fraca por ter ficado menos que o previsto. Outros, de fresca, antipática. Salve umas conversas que tive com pessoas especialmente queridas, universo restrito, possível de contar a quantidade de seres incluídos com auxílio dos dedos de uma única mão.

Em resumo, pra quem quer saber, a rotina é absurdamente difícil. A cada 12h você se depara com um absurdo. Ou seja, são, pelo menos, dois absurdos por dia... no mínimo. Mas dentro daquele contexto, não é nada demais, nada anormal. Afinal não ter água em casa, ficar horas e horas preso no engarrafamento ao lado de pessoas armadas, famintas e/ou amputadas, com motoristas dirigindo loucamente, sendo você especialmente conduzido por uma criatura que não entende de direção defensiva, sequer sabe o que fazer ao engatar a ré, e, ainda assim, ele é o seu motorista a te transportar em um veículo nitidamente avariado. Não ter luz ou pegar malária... ahhhh que frescura, que bobagem. Tão trivial, tão comum. Você recebe em dólar, é pago pra isso. Evite o desgaste, pra que questionar? Só há duas saídas: engula o espanto ou depressa pule fora. Porque inevitávelmente, todo mundo vive esse ritmo - pobre ou rico, nativo ou forasteiro. Em pouco tempo fica fácil mapear a escala dos mais atingidos. Veja bem, não há o grupo dos não-atingidos. A diferença é que uns são mais outros são menos.

E ainda tem a tal da ética profissional. Bastidores sejam preservados. Sobre governo, prática bélica, instabilidade geo-política, chefe de estado - resumo de uma história atual, nua, crua e viva -nem tudo pode ser dito. E tem a bagagem subjetiva, aquele punhado de impressões, sensações, surtos e delírios que, raramente, você consegue compartilhar na íntegra com alguém além do seu eu-íntimo. Aí sim o bicho pega. Não raro, é grande a minha aflição. Chamo pelo Cosmos, por Deus, Buda, Dalai Lama. Oxalá e a minha Baía de Todos os Santos. Quero colo, painho, mãinha, minha cama, suplico mais do que criança em noite de sonho ruim. Clamo pela força que vem das montanhas, o verde me purifica, alivia. E só descanso no azul. Tenho paz, quando me encontro na beira do mar.

Támeentendendo? Angola é aquele tipo de lugar que é preciso estar para compreender. Não é uma questão de assimilar, pesquisar, se informar. Esqueça os livros, os relatórios da ONU e demais agências internacionais. Não passam de dados, números, cifras. Mera estatística sem alcance sobre a realidade dos seres envolvidos. Até o Oráculo terá pouco a ensinar.




























"A descrição da vida não vale a sensação da vida"
Machado de Assis


Para entender Luanda, o esforço é outro. Diria até que passa por um processo muito mais simples, porém complexo: tem que viver pra sentir.

Reli o parágrafo a cima pra encerrar o post e veja só, perto do fim, me peguei no ato falho das idéias. Simples não combina com complexo. A condição "simples", automáticamente, elimina, descarta, qualquer tipo de emaranhado, dificuldade. Logo, o que é simples não pode ser complexo. Né não? Não. Não é não.

Eis o paradoxo da vida, quando deparamos com uma nova rima. Referênciais desconstruídos. De repente, dois mais dois dá cinco. Pequenos grandes detalhes, só a vida ensina. Por isso digo que pra entender África é preciso estar em África. Vivenciar, como se fosse um estado de espírito.

Vá lá e volte pra me contar. Quem sabe a gente não chega em algum lugar.

10 de outubro de 2008

Ironia não faz boa cama com a saudade.
O que é a saudade senão uma ironia do tempo e da fortuna?
Machado de Assis

8 de outubro de 2008

Sobre encontros, idas & vindas

Itaara. Balneário Pinhal, RS



Sobre esquinas, sentimentos & lugares






















Itaara. Balneário Pinhal, RS

7 de outubro de 2008

A notícia como ela é

ou seria (?) A vida como ela é

Cada 3 segundos muere un niño menor de 5 años por causas que podrían evitarse [+]

Cada tres segundos muere un niño en el mundo antes de cumplir los cinco años -10 millones cada año- y la mayoría de las veces por causas que podrían prevenirse, aunque el 99% de estos menores viven en países en desarrollo, según recuerda el último estudio de Save the Children.

Enfermedades como la malaria, el sarampión, el sida, la diarrea y la neumonía son las cinco causas fundamentales del 90% de las muertes de estos niños, la mitad de ellas se producen en seis países (India, Nigeria, República Democrática de Congo, Etiopía, Pakistán y China).

Muchas de estas enfermedades son evitables con vacunas o material sanitario de bajo coste, según ha explicado en la presentación del informe María Jesús Mohedano, de Save the Children, aunque ha lamentado que se mire con "resignación" la muerte cada año de estos 10 millones de niños.

----> Traduzindo a nota acima: a cada palavra que digito neste post morre uma criança vítima de doenças facilmente evitáveis. Aos minimamente sensíveis, é de partir o coração, né não? Não. Não é não. A gente acha que se comove com esse tipo de notícia, porque fomos 'politicamente bem educados' pra se importar com a miséria alheia ao invés de fechar os olhos como 'os burgueses malditos'. Alguns assim foram, pelo menos. Aí, vez ou outra, numa mesa de bar, rodeado de amigos, a gente passa horas e horas falando sobre dados, casos e estatísticas, índices elevados de miséria [guerra, fome, injustiças e doenças] no mundo. Assim como "Os sonhadores", de Bertolucci, somos rebeldes e bem informados. Pronto, é para os 'politicamente bem informados' que esse tipo de notícia é publicada. Agora eu pergunto: e daí? Em poucos minutos eu e você vamos desligar o computador. Antes de dormir vamos reclamar da vida. Veja bem, vamos reclamar da nossa vida. É típico do ser humano dar pouca importância ao universo ao redor. Salve algumas excessões como Madre Teresa, Gandhi, Sérgio Vieira de Melo e o Dalai Lama [esqueci de alguém?]. No geral, o que conta mesmo, o que angustia e nos faz perder o sono é, essencialmente, o nosso infinito particular. É o relacionamento em crise. É o filho que dá trabalho. É o pai, a mãe, a tia, o vizinho que não param de encher o saco. É a casa dos sonhos, a viagem dos sonhos, cada vez mais difícil de alcançar. O prazo na faculdade prestes a expirar, trabalhos pra entregar. É o chefe chato, no emprego chato, que insiste naquele papo chato e nem fala em aumento de salário. As contas pra pagar. O trânsito infernal, o candidato que não foi eleito, o político bandido que não foi preso. O príncipe que não chega. Etc etc etc, meu Deus! Como a vida é injusta... comigo. Depois do almoço e do jantar, vamos continuar jogando excesso de comida no lixo e quando o G8 for discutir o biodiesel, a gente vai ter medo de produzir combustível de plantinhas como soja ou dendê "porque pode faltar comida nos países subdesenvolvidos" [fale sério! ainda tem gente que cai nisso]. Depois de 'mais um dia de cão' [afinal nada dá certo... comigo], vamos continuar tomando 15 minutos de banho quente pra relaxar, sem se importar com um possível déficit de água no planeta. Afinal, a Europa e o Iraque que se cuidem! No Brasil não vai faltar água [será?]. Vamos continuar consumindo varias deliciosas guloseimas artificialmente aromatizadas, várias latinhas e trequinhos que nos saltam os olhos nas prateleiras, especialmente produzidos pela irrestível indústria dos bens de consumo não duráveis, mesmo sem saber o que fazer no final com as embalagens. Ah, é descartável. Joga no lixo! Alguém vem recolher mais tarde. E quando o pivete maltrapilho se aproximar na esquina, vamos acelerar o passo ou fechar a janela do carro, afinal, ele - pobre, desamparado e faminto - é uma ameaça. Afinal, ele fuma crack. Eu e você [bem nutridos] fumamos um baseado e nos banhamos de cerveja, diga-se de passagem. Né não? Tô mentindo? Agora me diga: pra que esse tipo de notícia 'mera estatística' é publicada? Volte pro início do post e conte quantas crianças acabaram de morrer. E me diga: por acaso mudou a sua vida? Fiz você perder o sono essa noite? Ou você, apenas, ganhou mais pontos no clube dos leitores bem informados sobre a realidade... alheia?













Contou?
Ok, agora desligue o computador e vá ler um livro - como de costume - pra continuar bem informado.

Politik kills Politik needs votes Politik needs your mind Politik needs human beings Politik need lies That's why my friend it's an evidence: politik is violence [Manu Chao]

6 de outubro de 2008

O que você sabe sobre o seu candidato?

Quem, de fato, ele é? Ou o que a campanha pintou para te mostrar?
É esse tipo de detalhe que a gente deve prestar atenção antes de votar.
2º turno em Salvador: João não!

5 de outubro de 2008

Nem tudo o que rima combina
Quer ver?...
Pão com limão
combina não.
Ari Coelho

3 de outubro de 2008

Felicidades, Betaaaaa!!!


Hoje vai ter uma fessstaaaa!!!
Cachaça com guaraná!!! Muitos doces pra vocêÊêÊê
É o seu aniversárioooo
Vamos festejar e os amigos recebeeeerrr
MIL felicidades e amor no coração!
Que sua vida seja sempre doce e emoção!!!

snif, snif... fiz o convite e num vou :(

2 de outubro de 2008

Só pode ser miragem...

a quantidade de homem bonito que tem nessa cidade.

1 de outubro de 2008

Saudade

há menos p e i x i n h o s a nadar no mar...

Para arejar a alma

















Um punhado de verde. Céu intenso, sol morno, vento fresco. Sabores românticos. E uma estrada.
É o que me basta.


Me gusta la Polar

Bahia com Santa Maria, atiradas num balcão, riscadas numa noite arriscada

Tá vendo esse rótulo largado em cima do balcão? Pura enganação. Esqueça a Ambev e similares. Cerveja de gaúcho é Polar. Olha aqui:

Otro lado en la calle

A Favorita

Lara devia matar Flora no final. Happy end. Fica a dica.