28 de julho de 2007

Palavra de honra

"Pedra, paralelepípedo e preconceito
eu passo por cima"
[Carlinhos Brown]

De novo...


Oxi, voltou debaixo de chuva. Agora de noite.

Mensageiro


Na minha janela, assim que acordei. Ficou horas paradinha exatamente nesse lugar. Custou a voar. Pensei até que trazia uma mensagem amarrada nos pés.

Bolívia

"A un pueblo que marcha hacia su liberación con dignidad y soberania nada puede deternelo. Igualdad para todos los bolivianos. Eso es o que buscamos", Evo Morales.

"As mulheres são feiticeiras"
[Cau Gomez]

27 de julho de 2007

Tititi

Caetano Veloso estava a dançar ontem à noite no Baile Esquema Novo. De jaqueta jeans, é claro.

Sexta-feira



26 de julho de 2007

FESTA!








Nas pick-ups
As anfitriãs do baile DJ Schneider - em despedida rumo à Bélgica
DJ Novelli - estreando
Mais:
ElCabong, DJ residente da festa Nave
Marcelo Callado - baterista de Caetano na turnê Cê
Ricardo Dias Gomes - baixista e tecladista de Caetano na turnê Cê
Djgo - diretamente do Canadá com seu set nervoso
Saiba mais aqui

23 de julho de 2007

Portifólio

Edição de domingo do jornal O Globo

Favela de faz de contas

Deu no Blue Bus (e na Folha):
Globo vai construir uma favela de 3 milhões para proxima novela das 8

A construção de uma favela cenográfica no Projac vai consumir R$ 3 milhões, diz nota do Daniel Castro hoje na Folha. Será o cenário mais caro de 'Duas Caras', próxima novela das 8 da Globo, que estreia em outubro. O custo é alto, diz a nota, não apenas por conta do tamanho e da importância da favela na trama, "mas também porque será a primeira novela em alta definição (HDTV), o que exige acabamento primoroso e amplitude horizontal dos cenários e locações".
Digo eu:
Existem mais de 16 mil favelas no Brasil [IBGE]. Só pode ser brincadeira uma coisa dessas.

22 de julho de 2007

Domingo

"Faço promessas malucas
tão curtas quanto um sonho bom"
[Cazuza]

A pérola da TV Bahia

Pegando uma ponga no comentário feito por Seo Ari nestante aqui no blog, se depender da cobertura da Rede Bahia [tv, impresso e rádio] ACM desbanca fácil irmã Dulce no posto de Anjo Bom da Bahia. Parcialidade mais que esperada, não é mesmo? Mas de tudo o que eu vi na tv, na internet e nos jornais impressos senti falta de duas coisas: A imagem e O texto. É, porque foram muitas imagens, transmissão ao vivo do sepultamento, muitos offs, várias galerias de foto na internet, várias e várias páginas de jornal e... ... ... nada excepcional, nada comovente, nada digno de Prêmio Esso. Faltou Pedro Bial e Luciano Andrade no time de cobertura, talvez tenha sido isso.

E aquele VT que foi ao ar no Bahia Meio Dia assim que foi feito o anúncio da morte? Aquele que faz a trajetória de vida do senador desde o dia em que veio ao mundo na rua da Independência em Nazaré. O Off que fala sobre a fase acadêmica da Faculdade de Medicina é digno de destaque:

"Tirou notas razoáveis em outras disciplinas, mas sempre dez em política (!)"
Genial, não é mesmo?

A notícia como veio

Quando a morte do senador Antonio Carlos Magalhães foi anunciada às 11h40 da manhã do dia 20 de julho, é certo que todos os jornalistas estavam há dias com o texto pronto no gatilho aguardando apenas a constatação oficial para disparar a manchete mais aguardada dos últimos tempos. O "Globo On Line" foi o primeiro a dar a morte do senador. Às 2 da madrugada desse dia, uma matéria foi publicada, mas como a assessoria parlamentar em Brasília e a família não se pronunciaram sobre o episódio, a matéria acabou saindo do ar logo no início da manhã. No lugar, apareceu uma errata que dizia: Estado de saúde do senador ACM é crítico. Mentira, já estava morto, mas quem garantia? Ou melhor, quem bancaria? Na condição de jornalista, não dá pra sustentar uma informação desse tipo sem o suporte de uma fonte confiável. Mesmo que a revelação seja em off é preciso ter garantia. O "Portal Terra" e o "JB On Line" também anunciaram a morte de ACM ainda de madrugada logo depois de "O Globo On Line" e, por efeito dominó, tiraram a página do ar. Jornalismo on line é assim: um dá, todos dão. Um tira, todos tiram e assim segue até que alguém confirme. Durante todo tempo em que ACM esteve internado no Incor em São Paulo não houve sossego na redação onde trabalho e, devido a relevância do assunto, tenho certeza que ocorreu o mesmo em todas as redações do país. Todos de prontidão. Do blogueiro por hobby ao fechador da primeira página da Folha de S. Paulo, ninguém deixaria escapar tal notícia. Foram 37 dias de apreensão. Nesse tempo ACM morreu e ressuscitou diversas vezes nas mãos dos jornalistas. A cada suspeita de morte, só quem se pronunciava era Neto. Era ele quem atendia o celular a qualquer hora do dia para falar com os repórteres sobre o estado de saúde do avô. A pedido do enfermo, não saia nada da assessoria do Incor. A orientação foi seguida à risca, ninguém ousou contrariar o senador. Nenhum médico, enfermeira, porteiro, um primo distante, nem mesmo a faxineira da UTI. Nenhuma palavra, só Neto falava. Na manhã do dia 20, o celular do deputado pela primeira vez foi desligado. Meses atrás, ele havia dito que não seria o porta-voz da morte do avô. O silêncio de ACM Neto era o indício mais convincente de que tinha chegado o dia. Por volta das 10 da manhã, Noblat se cobriu com a imprecisão do jornalismo on line: Aparelhos mantém ACM vivo. É provável que a morte seja anunciada em instantes. Passa meia hora, uma hora e nada. A reportagem do Correio da Bahia é convocada em peso a comparecer na redação. Nem quem estava de férias escapou. De fato, era o dia. Estariam esperando dar 12h para casar com a abertura do Bahia Meio Dia, cogitou-se. A prioridade era a TV Bahia, imaginava-se. E foi quase isso. Todos de olho na tv, aguardando a vinheta do plantão da Globo, aquela que faz o coração de qualquer telespectador disparar. Mas nada de vinheta, o anúncio oficial foi feito 20 minutos antes de Casemiro entrar no ar.

O dia seguinte

A pessoa vai dormir dez pras seis da manhã cheia de álcool etílico transbordando nas veias. O estado não é over, mas bem que é dose. Joga o vestido em qualquer lugar do quarto, as sadálias ficaram pra trás na sala mesmo. Passa pela frente do espelho e na imagem refletida está escrito: a noite foi divertida. Amanhã, ou melhor, ainda hoje cato tudo, promete a si mesma na tentativa de contrariar a preguiça. A cama de tão desejada parece uma miragem. Basta um passo para alcançar os lençóis limpinhos. Melhor correr, antes que tudo se desfaça. Travesseiro de Marcela para acalmar os sentidos. Cortina fechada, ambiente fresquinho sem ajuda do ar condicionado muito menos ventilador. Mensageiro do vento discreto na janela, ninho perfeito de meter inveja em qualquer passarinho. Sono dos justos. Quer dizer, não é pra tanto. É só um cochilo porque às 10 é hora de ir trabalhar. É domingo, sim, sabemos. Mas tem gente que trabalha domingo. Médico, cozinheiro de restaurante, garçom, agente da SET, guichê de cinema, mocinho que aluga filmes, juiz de futebol, bombeiro, polícia, salva-vidas, carinha do posto de gasolina, caixa de supermercado, motorista de ônibus, taxista, coveiro, piloto de avião, moleque de sinaleira, Faustão... viu aí, não é tão solitário ser jornalista. Pois bem, as horas são contadas e o sono, pelo tamanho da cachaça, promete... promete ser um inferno. Antes mesmo de bater a ressaca, o imprevisível: um martelo desgovernado. Exatamente às 7h30 da manhã de domingo. A pessoa registra, não acredita, põe o travesseiro no ouvido e finge que não é com ela. Deve ser uma parte turbulenta do sonho, despista. Passam três segundos, a realidade volta a tona com uma nova informação: são dois martelos. Um faz toc, o outro faz tac-tac. Juntos eles fazem toc, tac-tac! toc, tac-tac! toc, tac-tac! toc, tac-tac! toc, tac-tac! toc, tac-tac! toc, tac-tac! toc, tac-tac! toc, tac-tac! Assim mesmo sem parar, um eco ininterrupto no juizo. A pessoa levanta no mais perfeito estilo Taz Mania. Rodopia em fúria pela casa em busca de silêncio, cogita até se trancar no banheiro, mas está tudo impregnado. A essa altura sono e nervos já foram para o espaço. Raciocínio ativado, chegou o vizinho novo para ocupar o apartamente debaixo que estava fechado.

21 de julho de 2007

O velório






Hoje no Palácio da Aclamação



A charge

Publicada na edição deste sábado do jornal A TARDE

20 de julho de 2007

Nota da autora:

Gostaria de esclarecer que o laço de fita preto ao lado foi colocado em luto às vítimas do airbus A320 da TAM. Ao contrário do que alguns imaginaram, nada tem a ver com a morte do senador Antonio Carlos Magalhães e antes que alguém se antecipe mais uma vez, sobre esse episódio, faço minhas as palavras de Ari Coelho: "Meus princípios humanitários impedem que eu me regozije pela morte de quem quer que seja".

Imperdível!!!

Charge de Cau Gomez na edição de sábado do jornal A Tarde. Não deixem de conferir.

Comoção carlista


Por volta das 17h, na porta do Palácio da Aclamação, onde será realizado o velório do do senador Antonio Carlos Magalhães, antes mesmo de o corpo sair de São Paulo a caminho de Salvador.

Pra todo mundo ver

Equipe da Rede Bahia, meio-dia no Campo Santo, produzindo a cobertura do enterro com direito a imagens aéreas capturadas por uma grua. Digno de cinema, é mole?