Leitura de hoje
"Mucho de la vida no puede ser explicado sino sólo presenciado"
"Mucho de la vida no puede ser explicado sino sólo presenciado"
por tássia às 10:55 AM 2 Dê a idéia aí!
Nascidos em bordéis (Born Into Brothels), simplesmente imperdível. Documentário filmado na periferia de Calcutá, Índia, com crianças filhas de prostitutas. Vencedor do Oscar 2005.
Que a vida de uma criança nascida do ventre de uma prostituta é coisa dura já é de se imaginar. Sobretudo as que habitam a Luz Vermelha, em Calcutá. Terceiro mundo, mais do que subdesenvolvido: desumano. E se o objetivo é fazer um recorte dessa realidade nada melhor do que passar a câmera para os personagens da história - os próprios rebentos. Foi o que fez a fotógrafa Zana Briski, autora do documentário. Essa é a grande sacada. Descentralizar o olhar, tirar o poder de registro da mão do diretor e deixar que a história seja contada por quem dá origem ao enredo.
Quem curte fotografia fica logo abobalhado. É fascinante ver um monte de guri com máquinas em punho. Briski forneceu o equipamento - máquinas analógicas e filmes coloridos - e pacientemente ensinou noções básicas de fotografia. Básicas mesmo. Nada de obturador, diafragma, campo de profundidade, regra dos terços, contra-luz, dupla exposição etc. Nada disso.
Os garotos aprenderam que fotografia é a arte de colocar o mundo dentro de uma moldura. Que para o filme queimar basta abrir a máquina no momento errado. E que à noite seria necessário usar o flash. Pronto. Foi o suficiente para render imagens geniais. Arrisco até em dizer que as fotos são perfeitas. São imagens que unem fotodocumentarismo e arte em alta dosagem - ou seja, aquela fórmula perfeita traçada por Bresson e Capa e que muitos fotojornalistas se esforçam para seguir a risca.
Pra completar, os garotos também foram incluídos no processo de edição. Creio que seja inédito - ao menos raro - um fotógrafo de formação profissional incentivar o diálogo nesse momento. Porque edição trata de uma decisão crucial, na qual se determina o certo e o errado, o melhor e o pior, o que entra e o que sai. Esse tipo de julgamento só o melhor da equipe costuma fazer. Apenas o mais experiente é considerado hábil para editar. Uma espécie de hierarquia profissional.
E não é que o processo foi invertido? As melhores imagens foram eleitas justamente pelos que tinham menos bagagem. Profissional, quero dizer. As próprias crianças opinaram, defenderam seus gostos, determinaram o que era ruim e o que era bom. O resultado? Aprovado por completo por seletos críticos de arte em Nova Iorque, onde as imagens foram postas em exposição.
As fotos foram vendidas, o dinheiro arrecadado foi revertido em um projeto chamado "Kids with cameras". As crianças passaram a estudar contrariando o fluxo que, mais cedo ou mais tarde, as levaria a ocupar o posto da mãe como ocorre na Índia a cada troca de geração. Melhor impossível.
Só pra florear um pouco mais, Nascidos em bordéis bateu o sucesso de bilheteria de Super Size Me, que ataca as cadeias de fast-food nos Estados Unidos, e Tupac: Resurrection, sobre o assassinato do rapper Tupac Shakur. Também foi bem recebido pelos festivais, incluindo o de Sundance, onde ganhou o troféu do público e foi indicado para o Grande Prêmio do Júri.
por tássia às 10:41 AM 0 Dê a idéia aí!
O Correio da Bahia [pois é, sou assinante] chegou à minha casa pontualmente às 7 horas nesta segundona natalina tão fino quanto uma hóstia. - Cadê o resto do jornal?, perguntei ao motoboy, que seguiu picado sem me responder uma palavra. Não diferente, três horas depois, já na redação do vespertino onde trabalho, encontro estampado na primeira página uma foto de arquivo [7/12/2006] ilustrando uma matéria factual. - Ué, tinha texto mas não tinha imagem? Como assim?. Silêncio mais uma vez. Ninguém responde. Até mesmo porque às 10 da manhã de pé mesmo só a turminha do On Line, que, prontamente, a essa hora já tinha atualizado nove canais de notícia, já tinha manchetado [mais uma vez] o atraso nos aeroportos e dado com destaque a morte de James Brown. Para os leitores soteropolitanos, foto e texto da liberação do viaduto na Tancredo Neves, bem aqui na frente. O resto da redação... às moscas. Nenhum som de teclado, nenhum ruído de comunicação entre editores e repórteres, nenhuma das portas que levam até a direção gemeu. Chiquinho não fez o café. Quem quiser que se contente com um copo d'água. Até a sinfonia dos 500 ramais perdeu o compasso. Agora são 1h22 e a Sibéria é aqui. 21ºC ar condicionado é demais para três corpos em situação estática. Elói acaba de chegar da rua com fotos "de praticamente nada". Digo que hoje nem vou pra rua. Ninguém briga comigo, prossegue o silêncio. Nenhum telefone tocou até o momento. Nem o do Alô Redação. Levanto a cabeça e dou uma olhada na rua: um, dois, três, quatro. Em segundos, passam quatro carros abarrotados de prancha no teto. Bem que na última semana do ano jornal podia sair dia sim dia não. Né não?!
por tássia às 8:25 PM 0 Dê a idéia aí!
"Bumerangue é o efeito
O que for daquela forma, retorna com a mesma intensidade, de modo perfeito
Daquele mesmo jeito
Ação e reação
Tipo João bobo, tipo saco de boxe
O famoso e laureado V. V. (vai e volta)
(...) Negatividade, positividade: o seletor é você (tudo é vai e volta)"
B. Negão
por tássia às 1:36 PM 1 Dê a idéia aí!
Parte I
Cá estou uma hora dessas da noite a revirar gavetas. É Natal, a árvore está montada e o queijo de cuia devidamente aberto. O presépio não fica mais na estante, perto dos livros. Esse ano foi parar na prateleira de vidro do banheiro. As imagens são de sabão. Enquanto Papai Noel não despenca chaminé abaixo, fico aqui a revirar gavetas. Nem sei dizer o que estou procurando. Não há motivo específico, apenas uma vontade repentina de encontrar alguma coisa inusitada. E como bem diz o ditado: quem procura acha.
:: como minha letra mudou!:: :: nunca mais pratiquei. pura falta de tempo ::
:: passa-tempo em caixinha de chiclete :::: pescado gratuitamente em alguma porta de banheiro de algum bar ::
por tássia às 8:56 AM 0 Dê a idéia aí!
por tássia às 8:02 AM 3 Dê a idéia aí!
Tem manicure que errou de profissão: devia tá no açougue.
por tássia às 1:29 AM 0 Dê a idéia aí!
Virtual Rock Is Real Hit for MTV
By BILL CARTER
Published: December 19, 2006
For MTV, a new association with a video game called Guitar Hero is opening a path back to that network's roots in music. But it doesn't mean there won't soon be some kind of reality television version of the hugely popular game.
The second edition of Guitar Hero is one of the hottest-selling games this gift-giving season, with stores finding it hard to keep it in stock. Reviews have been largely ecstatic, and encomiums have been pouring in from real-life rock stars, including Trent Reznor of Nine Inch Nails to Jack Black of Tenacious D.
Ed Robertson, the guitarist for Barenaked Ladies, said he was "totally addicted to the game on our last tour." He played constantly, he said, by himself and in contests against crew members.
It got so bad, Mr. Robertson said, that at one concert, "I was just finishing up the expert level on a song when the band wrangler came in and said I had to go on stage right at that moment. I said, 'Wait man, I'm in the last solo of "Free Bird." ' I went right from Guitar Hero to running up on stage to perform for real."
Mr. Robertson said that the game is now all but standard equipment on the tour buses of many rock bands. And Guitar Hero even played a role in this year's baseball playoffs.
por tássia às 4:40 AM 0 Dê a idéia aí!
Um brinde* para comemorar com satisfação o primeiro aniversário deste blog - nada mais nada menos que o espelho da minha rotina. Novidades estão por vir, só não sei precisar datas de lançamento, até mesmo porque, os posts aqui saem a base do improviso [ora, esse nome não é a toa!]. E trabalho caxias com deadlines sufocantes já me basta o emprego insano de repórter fotográfica de vocês sabem onde. Isso aqui é distração com esmero e afinco sem cartão de ponto [o que não diminue meu compromisso com você, caro leitor]. Não poderia deixar de agradecer [com sinceridade] aos mais assíduos: Bito, Rosana, Peu, Juli, Seu Ari, Gusma, Clarissinha, Denis, Carminha e Melina. Vocês são geniais! Agradeço também ao recente Diego e alguns que andam bem sumidos ou apareceram apenas umas duas ou três vezes como Giácomo, Guilhermina de La Plata, Júnior, Anônimo, Nausão, Fabão, Martinha, Kêka, Casinha, Léo, Moniquinha, Di, Thai, Lenno, Lia, Cristiano, Kau. Voltem, porra!Se também é leitor mas não foi citado aqui, sinto muito, não sou adivinha, certamente você nunca se manifestou e se prefere ficar aí na surdina, não tenho como especificar a sua atenção destinada em algum momento nos últimos 12 meses. Não controlo IPs. De qualquer forma, seja bem-vindo também. Utilizo esse espaço para soltar idéias e preciso de diálogo, por isso sempre conto com o feedback de vocês. Vamos interagir! Deixe sua contribuição...
Mais uma vez, valeu! Faço por mim pra vocês.
A Autora.
(*) Brinde com quatro dias de atraso. A data de fundação é 8/12/2006.
por tássia às 10:40 PM 10 Dê a idéia aí!
"Por medo de golpe de Estado, Diabo reluta em conceder asilo político a Pinochet", Humberto Capellari, leitor do Blog do Mino.
por tássia às 12:25 AM 0 Dê a idéia aí!
por tássia às 3:49 PM 0 Dê a idéia aí!
Amigos, colegas de trabalho e demais conhecidos que têm costume de pegar emprestado [ou levar de presente] meus livros e revistas certamente estão acostumados a encontrar rabiscos entre as páginas. São setinhas, fios traçados, balõezinhos, colchetes... enfim... desde o ginásio tenho mania de sublinhar palavras, frases, parágrafos ou trechos de textos. Nem página de jornal escapa! É como se fosse um recurso automático: começo a ler e imediatamente me agarro a uma caneta. Quer dizer, de preferência a um lápis, porque daí é mais fácil apagar caso seja necessário. Mas é justamente pra marcar, destacar, registrar que aposto nos rabiscos. Aquelas palavras encaixaram com tanta precisão, com tanta sincronia, fazem tanto sentido, dizem tanto sobre aquilo que eu tanto queria saber, que cerca-las com rabiscos é apenas uma tentativa de prendê-las em formato original na minha mente. Porque uma coisa é falar sobre o assunto, outra coisa é falar daquela forma [genial] sobre o assunto. Acho que é uma mania que tomou conta de mim, inclusive. Parece que a idéia só fixa, só gruda na mente, quando passo a ponta do lápis debaixo das letras. Uns dizem que é mau hábito, mas esse papo de livro ser objeto intocável não me convence. Alego que faz parte da minha eterna vontade de compartilhar idéias - a qualquer hora posso abrir o livro e encontrar com facilidade aquele trecho fascinante. Mas, na verdade, é mais do que isso. E não é que agorinha mesmo, navegando na internet, encontrei o Alex Castro dialogando justamente sobre isso. "O processo de leitura é sempre recíproco: um livro que não foi marcado é um livro que não marcou seu leitor". Concordo plenamente.
por tássia às 8:16 PM 0 Dê a idéia aí!
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