31 de maio de 2007
Lua azul, nesta quinta-feira, precisamente às 22h04. Conectem-se!
Chama-se Lua Azul a segunda lua cheia num mesmo mês do calendário gregoriano. Ao contrário do que o nome sugere, a Lua Azul é associada a perigos e desvario, a desafios emocionais difíceis de viver que requerem humildade e despojamento a troca de sofrimentos dilacerantes. É considerada um acontecimento de muita força magnética e poder espiritual, onde acontecem profundas purificações emocionais
Puro vício
No artigo “Droga pesada”, o doutor Drauzio Varella, um ex-fumante, narra humilhantes demonstrações do domínio da nicotina sobre o usuário. “O doente tem um infarto do miocárdio, passa três dias na UTI entre a vida e a morte e não pára de fumar, mesmo que as pessoas mais queridas implorem. Sofre um derrame cerebral, sai pela rua de bengala arrastando a perna paralisada, mas não tira o cigarro na boca”. Durante 30 anos de profissão, em especial o tempo em que esteve no Hospital do Câncer, em São Paulo, doutor Drauzio chegou a presenciar várias vezes “doentes que perderam a laringe por câncer levantarem a toalhinha que cobre o orifício respiratório aberto no pescoço, aspirarem e soltarem a fumaça por ali.”
por tássia às 3:11 PM 0 Dê a idéia aí!
Você sabia?
Estrela do clássico Casablanca, Humphrey Bogart, morreu de câncer no esôfago aos 57 anos. Considerado um dos astros mais queridos de Hollywood, Bogart aparecia fumando em praticamente todas as cenas de seus filmes, envolto em uma cortina de fumaça, que reforçava o glamour da época. Até os anos 60, era chique fumar. Questão de charme. Quem não fumava, estava por fora. O cinema e a tv reforçavam essa idéia para felicidade da indústria do tabaco. Apenas na década de 70, a literatura científica tornou clara a relação entre o fumo e diversos tipos de câncer, como o de pulmão, esôfago, estômago, rim, bexiga, além de os tumores de cabeça e pescoço. Reconheceu-se que a cada três casos de câncer, pelo menos um era provocado pelo cigarro.
por tássia às 3:02 PM 3 Dê a idéia aí!
Dia Mundia Sem Tabaco
QUINTA-FEIRA, 31 DE MAIO. Iniciativa da Organização Mundial de Saúde em parceria com o Governo Federal com o intuito de sensibilizar o maior número possível de pessoas sobre os males causados pelo consumo do tabaco e seus derivados.
EXISTE 1,3 BILHÕES DE FUMANTES NO MUNDO. Desses, 88% desejam parar, mas apenas 3% conseguem se livrar da nicotina por conta própria, sem recorrer à ajuda médica ou terapêutica.
EXISTE 1,3 BILHÕES DE FUMANTES NO MUNDO. Desses, 88% desejam parar, mas apenas 3% conseguem se livrar da nicotina por conta própria, sem recorrer à ajuda médica ou terapêutica.
por tássia às 2:50 PM 0 Dê a idéia aí!
29 de maio de 2007
28 de maio de 2007
27 de maio de 2007
26 de maio de 2007
Refém da chuva
Lá fora chove. Muito. As ruas devem estar alagadas e a essa hora a Codesal já deve ter recebido umas 500 ligações de desabrigados direto das encostas que desabaram. Ontem de noite cheguei em casa encharcada. Dormi com o barulho da chuva, estava tão cansada. Soube que na Chapada essa madrugada deu 13ºC. Ui, o frio da Chapada é de doer o osso. Tenho uma teoria [furada, eu sei] que onde tem pedra e rocha, o frio é mais frio. Junta o frio do tempo com o frio que sai da pedra, fica frio-frio, entende? Não sei se o frio se propraga nos elementos da natureza e nos objetos que nem o calor, mas tenho impressão que a rocha é condutor de frio, assim como é de calor. Tenho que perguntar a meu pai, o físico. Acho que tá nevando na terra da Pró, lá em Santa Maria, no Sul. Mas ela disse que ontem fez sol, nada de chuva, embora muito frio. Jequié esfriou também... uns 20ºC. Imagina, um refresco na terra do sol. E eu aqui, de folga, entediada. Não gosto de chuva. Queria ir pra rua, passear. Alguns vão dizer: - ué, o qué qui tem? Você é de açúcar? Não vai pra rua só porque tá chovendo? É, querido. Só por isso. Não sou de açúcar, mas o trânsito deve tá uma merda, não tem nada pra mim lá fora. - Então vai ler um livro, toma um cafezinho quente pra animar. Eu não gosto de café e livro eu leio toda hora, em qualquer lugar, não preciso de chuva pra me concentrar. [Mania chata de relacionar livro com chuva. Livro é sem hora, chuva é tédio]. Hoje é minha folga, dia de desopilar, ir pra rua, passear. - Ah, então tá reclamando porque não tem um namorado pra curtir a chuva debaixo do edredon vendo filminho e comendo pipoca bem juntinho. Porra, que saco! Não é isso não, querido. Tô reclamando porque queria ir pra rua, ver a cor do dia sem me molhar, ver gente, passear com o cachorro, andar de patins, tomar um banho de mar. E com essa chuva, fora de casa, só resta shopping center. [Eca, não vou nem comentar!] Esse negócio de passar o dia, dentro de quatro paredes, a dois, é chuva, embora cama não seja tédio. Perdoe-me, meu affair querido, não é nada contra você, aliás, sou 100% você, mas eu queria ir lá fora, assim, com você. Eu, você e o mundo, mundo mundo vasto mundo. Você que não se chama Raimundo sabe bem o que digo. E tem mais: olha, namorado é um termo muito antiquado. As relações mudaram, o referencial é a globalização. Namorado é Guerra Fria, o muro caiu faz tempo... Melhor abrir a mente, não apenas pra não sofrer, como receita Gusma, mas sobretudo para viver. Atualize-se, vá ler Bauman em o Amor Líquido. Mulheres são Bonecas Russas. Pelo menos eu sou. E gosto muito de ser.
por tássia às 2:12 AM 6 Dê a idéia aí!
23 de maio de 2007
22 de maio de 2007
Go shopping, ô no!
Pronto, as portas do trambolho finalmente foram abertas. Agora não tem mais jeito. Está consolidado, ou melhor, inaugurado. Vou ter que engolir o shops novo mesmo a contra gosto. É, queridos, engolir. Não me vem outra palavra nesse momento. É engolir mesmo, enfiar goela abaixo com um suspiro só, que nem remédio amargo pra vê se desce rápido.
Porque aquilo ali não é uma construçãozinha qualquer, um brinquedinho estilo lego, desmontável. É grande feito a porra, sólido, imponente. Vai de uma ponta a outra, vejo de camarote da janela da redação e desde o dia que o primeiro tijolo foi colocado me incomoda muito aquele mega estabelecimento comercial.
Abriram pistas, viaduto foi erguido, mudaram rotas. Juraram melhorias. E o mais impressionante: o trânsito na avenida Tancredo Neves continua fatídico. Por tabela, a ACM, a Marcos Freire, a entrada do Stiep, a Magalhães Neto e as alamedas do Caminho das Árvores, aquelas que têm nomes de árvores. Uma merda, angustiante, irritante, sufocante. Engarrafa a qualquer hora, tanto faz ser 10 da noite ou até mesmo num belo dia de domingo. Trava tudo, é um saco, congestionamento no mais perfeito sentido da palavra. Não passa nada... Quer dizer, eu passo, todo dia pra ir e vir do trabalho. Meus nervos agradecem.
Ainda tem umas duas faculdades ali perto, um monte de prédio empresarial, mais umas duas ou três lojas de decoração, uma casa do comércio, uns três bancos, dois hospitais, dois restaurantes chiques, um jornal, e mais o que? Um shoppingzão, o Iguatemi. O primeiro de todos. Ah, tem também o Sumaré. Menor porte, tudo bem, mas não deixa de ser shopping. Pergunto: não tinha outro lugar pra construir essa merda não? Tinha que ser ali, logo ali, onde as coisas já não fluiam muito bem? Não podia ser lá pras bandas da Paralela não? "Não, não pode. Lá já vai ter outro", pelo menos foi o que me disseram.
Haja lamento dentro dos carros - motoristas descobriram uma forma rápida de fazer úlcera, enquanto os pedestres dentro dos ônibus seguem não menos irritados. Por falar nisso, outro dia, do alto do busú, em pleno trancamento, distraída na janela com ar de fim de expediente, vi um carinha apertando um baseado num corsa prata. Assim, de paletó e gravata, palm top largado no banco solitário do carona. Nada mais que uma válvula de escape, um passatempo em meio ao caos viário. Invejei a condição privilegiada daquele sujeito, não vou mentir. A mim me restou aumentar o volume do iPod. Não bate onda, mas funciona que é uma beleza, it makes you fly away.
Dizem que é lindo, super chique. Da porta dá pra perceber. Eu ainda não fui, não tive coragem. Vou acabar indo, eu sei. Mas agora, logo assim de cara, não. Não quero deixar meu dinheiro ali, sim, porque shopping nada mais é que um lugar feito especialemente pra se apropriar do dinheiro dos outros, fazer o cara gastar, consumir. Você entra, dá duas voltinhas, e se não for esperto, quando cair na real, já se foi uma quantidade considerável de dinheiro direto pro bolso do lojista. É promoção, liqüidação: enganação - salvo as situações cujos gastos correspondem a necessidades reais. Fora isso, é sedução.
Cá com meus botões, matuto mais uma vez: Salvador, capital do desemprego, segundo o IBGE, apenas 10% da população tem renda mensal fixa acima de R$ 1,6 mil e o povo todo assim... delirando com o shopping novo, ávidos para gastar o que nem têm, consumir, babar, pré-datar na mais nova maravilha da cidade. Credo, que deslumbramento idiota! Quando passei na porta, na volta para casa, e vi aquele mundaréu de gente e carro seguindo feito comboio de peregrinos em dia de romaria, tive vontade de abrir o vidro do carro e soltar um berro: Vai, gente! Vai pra casa, pensar na vida! - Ok, ok, ok. Calma, não fiz isso não, já passou o surto nervoso e vou até assumir baixinho: sou uma ranzinza.
Na academia, o assunto do dia era o tal. A recepcionista se perdeu no engarrafamento. A aula de power jump ficou vazia - o professor disse que o povo tava lá, no shopping. Duas mocinhas chegaram decepcionadas na aula de step: não conseguiram passar o cartão em nenhuma loja, sistema fora do ar logo no primeiro dia, ó que pena!
Soube que Saramandaia desceu em peso. Isso eu não vi, apenas ouvi falar, por sinal, achei ótimo. Saramandaia go shopping. O pessoal da redação se diz contente. "É que agora tem mais uma opção de almoço". Talvez seja melhor comer papel [como sugeriu Seo Ari outro dia].
Porque aquilo ali não é uma construçãozinha qualquer, um brinquedinho estilo lego, desmontável. É grande feito a porra, sólido, imponente. Vai de uma ponta a outra, vejo de camarote da janela da redação e desde o dia que o primeiro tijolo foi colocado me incomoda muito aquele mega estabelecimento comercial.
Abriram pistas, viaduto foi erguido, mudaram rotas. Juraram melhorias. E o mais impressionante: o trânsito na avenida Tancredo Neves continua fatídico. Por tabela, a ACM, a Marcos Freire, a entrada do Stiep, a Magalhães Neto e as alamedas do Caminho das Árvores, aquelas que têm nomes de árvores. Uma merda, angustiante, irritante, sufocante. Engarrafa a qualquer hora, tanto faz ser 10 da noite ou até mesmo num belo dia de domingo. Trava tudo, é um saco, congestionamento no mais perfeito sentido da palavra. Não passa nada... Quer dizer, eu passo, todo dia pra ir e vir do trabalho. Meus nervos agradecem.
Ainda tem umas duas faculdades ali perto, um monte de prédio empresarial, mais umas duas ou três lojas de decoração, uma casa do comércio, uns três bancos, dois hospitais, dois restaurantes chiques, um jornal, e mais o que? Um shoppingzão, o Iguatemi. O primeiro de todos. Ah, tem também o Sumaré. Menor porte, tudo bem, mas não deixa de ser shopping. Pergunto: não tinha outro lugar pra construir essa merda não? Tinha que ser ali, logo ali, onde as coisas já não fluiam muito bem? Não podia ser lá pras bandas da Paralela não? "Não, não pode. Lá já vai ter outro", pelo menos foi o que me disseram.
Haja lamento dentro dos carros - motoristas descobriram uma forma rápida de fazer úlcera, enquanto os pedestres dentro dos ônibus seguem não menos irritados. Por falar nisso, outro dia, do alto do busú, em pleno trancamento, distraída na janela com ar de fim de expediente, vi um carinha apertando um baseado num corsa prata. Assim, de paletó e gravata, palm top largado no banco solitário do carona. Nada mais que uma válvula de escape, um passatempo em meio ao caos viário. Invejei a condição privilegiada daquele sujeito, não vou mentir. A mim me restou aumentar o volume do iPod. Não bate onda, mas funciona que é uma beleza, it makes you fly away.
Dizem que é lindo, super chique. Da porta dá pra perceber. Eu ainda não fui, não tive coragem. Vou acabar indo, eu sei. Mas agora, logo assim de cara, não. Não quero deixar meu dinheiro ali, sim, porque shopping nada mais é que um lugar feito especialemente pra se apropriar do dinheiro dos outros, fazer o cara gastar, consumir. Você entra, dá duas voltinhas, e se não for esperto, quando cair na real, já se foi uma quantidade considerável de dinheiro direto pro bolso do lojista. É promoção, liqüidação: enganação - salvo as situações cujos gastos correspondem a necessidades reais. Fora isso, é sedução.
Cá com meus botões, matuto mais uma vez: Salvador, capital do desemprego, segundo o IBGE, apenas 10% da população tem renda mensal fixa acima de R$ 1,6 mil e o povo todo assim... delirando com o shopping novo, ávidos para gastar o que nem têm, consumir, babar, pré-datar na mais nova maravilha da cidade. Credo, que deslumbramento idiota! Quando passei na porta, na volta para casa, e vi aquele mundaréu de gente e carro seguindo feito comboio de peregrinos em dia de romaria, tive vontade de abrir o vidro do carro e soltar um berro: Vai, gente! Vai pra casa, pensar na vida! - Ok, ok, ok. Calma, não fiz isso não, já passou o surto nervoso e vou até assumir baixinho: sou uma ranzinza.
Na academia, o assunto do dia era o tal. A recepcionista se perdeu no engarrafamento. A aula de power jump ficou vazia - o professor disse que o povo tava lá, no shopping. Duas mocinhas chegaram decepcionadas na aula de step: não conseguiram passar o cartão em nenhuma loja, sistema fora do ar logo no primeiro dia, ó que pena!
Soube que Saramandaia desceu em peso. Isso eu não vi, apenas ouvi falar, por sinal, achei ótimo. Saramandaia go shopping. O pessoal da redação se diz contente. "É que agora tem mais uma opção de almoço". Talvez seja melhor comer papel [como sugeriu Seo Ari outro dia].
por tássia às 11:41 PM 3 Dê a idéia aí!
A bruxa*
Carlos Drummond de Andrade
Nesta cidade do Rio,
de dois milhões de habitantes,
estou sozinho no quarto,
estou sozinho na América.
Estarei mesmo sozinho?
Ainda há pouco um ruído anunciou vida ao meu lado.
Certo não é vida humana, mas é vida.
E sinto a bruxa presa na zona de luz.
De dois milhões de habitantes!
E nem precisava tanto...
Precisava de um amigo, desses calados, distantes,
que lêem verso de Horácio
mas secretamente influem
na vida, no amor, na carne.
Estou só, não tenho amigo,
e a essa hora tardia
como procurar amigo?
E nem precisava tanto.
Precisava de mulher
que entrasse neste minuto,
recebesse este carinho,
salvasse do aniquilamento
um minuto e um carinho loucos
que tenho para oferecer.
Em dois milhões de habitantes,
quantas mulheres prováveis
interrogam-se no espelho
medindo o tempo perdido
até que venha a manhã
trazer leite, jornal e clama.
Porém, a essa hora vazia
como descobrir mulher?
Esta cidade do Rio!
Tenho tanta palavra meiga,
conheço vozes de bichos,
sei os beijos mais violentos,
viajei, briguei, aprendi.
Estou cercado de olhos,
de mãos, afetos, procuras.
Mas se tento comunicar-me
o que há é apenas a noite
e uma espantosa solidão.
Companheiros, escutai-me!
Essa presença agitada
querendo romper a noite
não é simplesmente a bruxa.
É antes a confidênciaexalando-se de um homem.
de dois milhões de habitantes,
estou sozinho no quarto,
estou sozinho na América.
Estarei mesmo sozinho?
Ainda há pouco um ruído anunciou vida ao meu lado.
Certo não é vida humana, mas é vida.
E sinto a bruxa presa na zona de luz.
De dois milhões de habitantes!
E nem precisava tanto...
Precisava de um amigo, desses calados, distantes,
que lêem verso de Horácio
mas secretamente influem
na vida, no amor, na carne.
Estou só, não tenho amigo,
e a essa hora tardia
como procurar amigo?
E nem precisava tanto.
Precisava de mulher
que entrasse neste minuto,
recebesse este carinho,
salvasse do aniquilamento
um minuto e um carinho loucos
que tenho para oferecer.
Em dois milhões de habitantes,
quantas mulheres prováveis
interrogam-se no espelho
medindo o tempo perdido
até que venha a manhã
trazer leite, jornal e clama.
Porém, a essa hora vazia
como descobrir mulher?
Esta cidade do Rio!
Tenho tanta palavra meiga,
conheço vozes de bichos,
sei os beijos mais violentos,
viajei, briguei, aprendi.
Estou cercado de olhos,
de mãos, afetos, procuras.
Mas se tento comunicar-me
o que há é apenas a noite
e uma espantosa solidão.
Companheiros, escutai-me!
Essa presença agitada
querendo romper a noite
não é simplesmente a bruxa.
É antes a confidênciaexalando-se de um homem.
(*) Bom de ouvir feito confissão de quem quebra o silêncio da madrugada com sussurros
por tássia às 3:01 PM 0 Dê a idéia aí!
18 de maio de 2007
13 de maio de 2007
Vício
Tem gente que tem a alma pequena. Vive presa a atitudes inferiores como mentira e falta de caráter. Tem gente que não sabe amar nem nunca terá o prazer de ser amado - melhor se conformar logo com as migalhas largadas naquela esquina. E isso não é agouro. A vida é assim: tudo é vai e volta. Ação e reação na mesma intensidade de modo perfeito. Quem cultiva a discórdia semeia tempestade, não é de hoje. Quem carrega amor no coração vive em paz sem preocupação, tão bão! Felizes os que acordam dispostos a viver sem precisar atravancar o caminho de ninguém. Inferiores os que nem dormem ou então consomem boa parte do tempo arquitetando artimanhas mirabolantes baseadas em pensamentos oxidantes, chega a ser apavorante. Cúmplices os que passam a mão na cabeça e fingem não enxergar a carga negativa impregnada na essência alheia - cuidado pra não ser o próximo petisco. Estúpida perda de tempo! Desgaste inútil, consumação repugnante, atraso de vida, compra de karma. Estou certa de que não existe nada mais digno nessa vida do que ter a alma limpa. Sejamos passarinhos, amém!
por tássia às 11:45 AM 2 Dê a idéia aí!
12 de maio de 2007
A gente nunca sabe
o pedaço da vela que ainda resta acesa
[Tia Dora, sobre a brevidade da vida]
por tássia às 1:29 AM 0 Dê a idéia aí!
8 de maio de 2007
Myself por Freud
*Para os que não compreendem a forma como os meus amores são eleitos e também para os que, devido a atitudes aparentemente incoerentes, questionam a intensidade dos meus valores. Não se engane, é tudo muito mais sério, mais elevado, que aparência displicente*
Meu amor, para mim, é algo de valioso, que eu não devo jogar sem reflexão. A máxima me impõe deveres cujo cumprimento devo estar preparado e disposto a efetuar sacrifícios. Se amo uma pessoa, ela tem de merecer meu amor de alguma maneira. Mas, se essa pessoa for um estranho para mim e não conseguir atrair-me por um de seus próprios valores, ou por qualquer significação que já possa ter adquirido para a minha vida emocional, me será muito difícil amá-la.
Na verdade, eu estaria errado agindo assim, pois meu amor é valorizado por todos os meus
como um sinal de minha preferência por eles, e seria injusto para com eles, colocar um estranho no mesmo plano em que eles estão. Se, no entanto, devo amá-lo (com um amor universal) meramente porque ele também é um habitante da terra, assim como o são um inseto, uma minhoca ou uma serpente, receio então que só uma quantidade de meu amor caberá à sua parte – e não, em hipótese alguma, tanto quanto, pelo julgamento de minha razão, tenho o direito de reter para mim.
O mal estar da civilização
por tássia às 4:43 PM 1 Dê a idéia aí!
6 de maio de 2007
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