26 de fevereiro de 2006

Aniversariantes da semana

Desculpem-me o atraso. É que semana de carnaval não sobra tempo pra nada... nadinha. Salve, save meus amigos piscianos... Felicidades!

25 - Bernardo Kaufmann, o Bernardinho esse eu não tenho foto; mas vale aquele abraço!
24 - Safira, minha irmã
23 - Thiago Campos, o Nausão
22 - Gusmão, personagem raro



P.s.: Eles já estão crescidinhos!

20 de fevereiro de 2006

É carnaval cidade!

Últimos retoques para a maior festa de rua do planeta. Hoje, na Barra, às 14h.

Ponte Bahia-Holanda

Repórter pergunta a Falcão, vocalista de O Rappa

Por que o carnaval de Salvador e não o do Rio de Janeiro?

Podia ir pro Rio, mas eu quis vir para cá. Fui convidado pra puxar uma escola de samba, e eu tenho a Mangueira de Jamelão no coração, mas eu já tenho uma história com o samba. Eu e minha família. Então vim aqui para somar. E tem lugares que eu me identifico, como Holanda e Noronha, e eu me identifiquei com Salvador. Aqui eu realizei um sonho grandioso.

15 de fevereiro de 2006

É hoje!

Por força do tempo, tive que mudar a idade no perfil ao lado. Hoje celebro com satisfação o meu nascimento. Faz mais de duas décadas que sai da barriga de dona Norma, fruto da união com seu Edmário. Vim ao mundo ainda de olhos fechados e cá estou agora com os zoim arregalados.

Aproveito a ocasião para falar um pouco sobre mim, como alguns já haviam solicitado. Na verdade, vou compartilhar com vocês algumas frases que ouvi nas últimas semanas a meu respeito.

"Não grude, não aperte, não force, não pressione. Ela é do signo de ar, precisa de espaço para respirar". Vovó está certa. Certíssima. Pra que afobação? Nem cole, porque comigo não funciona. "Assuma logo! Você é enrolada...". Ê defeito cruel, juro que me esforço para ao menos amenizar. Mas é difícil, difícil... "Você é louca". Sou? Garanto que há controvérsias. "Vai chegar amanhã no horário? Tem certeza?". Não acho bonito isso não, gente. Mas as horas passam muito depressa. "Você sabe o que quer, tem objetivos". Se soubesse como está custando caro... mui caro, tsc! "Você faz tudo bem feito". Isso aí não levem a sério, comentário de paquera. "You are modest". Ah, qué que tem?! Prefiro assim. "Vou te botar na parede, quero ver você não falar". Isso eu ouvi de duas pessoas totalmente diferentes na mesma semana. Realmente, se o assunto é sentimento, só pego no tranco. "Cê pede com essa cara, não tenho como negar". Caiu no golpe, adoro isso!!! "Acho que você deve mesmo ir ao psicólogo". Conselho de amiga. "Nossa, você emagreceu". Né não, gente. Na balança tá a mesma coisa. "É que te acho gente boa demais". Mas não confunda, não sou otária. "E aí, metida!". Isso nem considerei, acho que era brincadeira. "Sua energia é boa". Oba, bom saber! "Vai ter que deixar de ser mimada". Filhodaputa, não sou mimada, caralho! "Seu comportamento é anormal". Colé, mãe... que exagero. "Já te conheço pela voz". Pois é, não consigo disfarçar a ira.
É isso... um ser em construção, ainda sem acabamento final, aos passos de Fernando Pessoa: Eu não tenho filosofia, tenho sentidos.

Dia do amor

(cores na ilustração de Mariana Massarani, do livro Declaração de Amor - Carlos Drummond de Andrade)

Queria escrever um post maravilhoso sobre o dia de Santo Valentino. Queria deixar aqui um pouco dos sentimentos que estão dentro do meu coração. Queria comover alguém com palavras bonitas. Mas o desgaste e a falta de ânimo depois do dia-nada-amoroso dominaram minha mente nesse instante.

Acho que foi o Valentine's day mais sem amor da minha vida. Apenas vi gritaria, ouvi palavras sem destino e ainda respirei desespero alheio. Nada de corações ou "beijinhos e carinhos sem ter fim". Por pouco não passou em branco. "É hoje, querida. O dia do amor incondicional", lembrou-me Regina.

Recorri a algumas palavras de Drummond para abrandar o dia ["amor é estado de graça"], mas não consegui encaixá-las. Pulei para Madonna ["nothing really matters, love is all we need"]. Terminei sem sucesso mais uma vez. Só me alegrei com a mais sincera expressão do dia: "meus sentidos parecem não ter sentido".

U2 em Salvador!

Foto: Kevin Mazur
Acho que ainda preciso ver pra crer. E ainda corro risco de nem ver de perto... De qualquer forma, hoje o anúncio foi oficial: U2 desembarca em Salvador após show em São Paulo. A informação é da assessoria do ministro Gilberto Gil.
Bono fica hospedado na casa de Gil e Flora no Horto. E, de quebra, faz uma aparição no camarote 2222. Será um pocket show?
Valeu, ministro!!! Só você pra trazer U2 pro carnaval da Bahia.

12 de fevereiro de 2006

Snif, snif...

Domingo de folga não devia ter fim
(cores na ilustração de Mariana Massarani, do livro Declaração de Amor - Carlos Drummond de Andrade)

Que luz é essa?

Não fiz foto nem teria condição de escrever uma critica, um artigo, uma resenha, ou qualquer tipo de texto jornalístico sobre o show de Lampirônicos sábado em Aleluia. Mas também não poderia deixar de registrar aqui o quanto foi bom o som. Os caras estão afinados!

Som bom é aquele que me faz dançar mesmo quando o corpo já não agüenta permanecer em pé. Bom também porque prende minha atenção e me faz lembrar que música boa é uma das formas de expressão mais sincera que o homem pode exercer.

Se a semana foi estupidamente puxada e o cansaso no sabadão é inevitável, nada disso tem importância quando o som que sai do palco é dos melhores. O parâmetro? Não me pergunte... apenas afirmo com base nos meus sentidos. E é fácil de descobrir: música boa é a que faz dançar debaixo do chuveiro.

Talvez o ambiente [areia fresca, ar livre, lua cheia], como disse um amigo, tenha sido o diferencial. Ou, quem sabe, o potencializador do momento. Mas já tinha me agradado antes. Devo isso a Cau Gomez, que me deu o cd. Apreciei as ilustrações, me amarrei nos acordes. Depois, quase um ano depois, veio Mundo Livre e o som no Jardim dos Namorados.

E não é que perto do fim ainda teve Davi Moraes?! Aquele que um dia já achei até meio sem graça. Participação especial. O rapaz mandou bem, muito bem com sua guitarra e sem turbante. Rendeu até bis.

Agora, só pra não deixar passar em branco, senhores organizadores do evento: que luz é essa?! Aquele holofote amarelo é de pirar o juízo dos que andam com a púpila prejudicada.

10 de fevereiro de 2006

Tráfico na rua


Guarda ajuda menino de rua a se drogar em SP

FERNANDO DONASCI repórter-fotográfico
FABIO SCHIVARTCHEda Folha de S.Paulo

Dois meninos de rua, uma garrafa com cola de sapateiro, ou algum tipo de entorpecente semelhante, e um homem da GCM [Guarda Civil Metropolitana]. O que poderia ser uma ação cotidiana de repressão ao consumo de drogas revelou-se uma cena surpreendente na tarde de ontem, no centro de São Paulo, a cidade mais rica do país: um guarda ajudando adolescentes a se drogar no meio da rua.

Eram 12h54 quando a Folha começou a acompanhar o trajeto desses meninos. Eles estavam com outros amigos na ladeira da Memória, a poucos metros do Vale do Anhangabaú, nadando em um lago, junto a um monumento construído no local.

Guardas da GCM que normalmente fazem a segurança da região apareceram e expulsaram os meninos de lá --que correram com medo de serem detidos. Dois garotos do grupo, aparentando ter entre 10 e 14 anos, permaneceram no local. E um deles solicitou ajuda a um dos guardas.

Ele entregou uma garrafa ao GCM que continha uma substância solidificada no fundo. O guarda virou a garrafa de ponta-cabeça e, com um isqueiro aceso, esquentou o fundo --a fim de derreter o produto e facilitar a inalação do vapor, que produz a sensação de alucinação.
A ação durou poucos segundos. Depois, o guarda devolveu a garrafa para o menino e, sem nenhum tipo de aconselhamento ou retenção do produto, os observou descerem a ladeira da Memória.

A Prefeitura de São Paulo, responsável pelo gerenciamento da GCM, diz que vai investigar o caso a partir das fotos feitas pela Folha.

A cidade tem hoje cerca de 6.000 guardas-civis. A principal missão deles é preservar os bens públicos e auxiliar o policiamento junto a escolas municipais.

Tráfico na web

Paulista vendia maconha e LSD pelo Messenger

Globo Online

SÃO PAULO - A polícia de São Paulo prendeu dois homens acusados de vender drogas pela internet usando o MSN Messenger. Pelo menos cem pessoas entravam em contato com o traficante pelo Messenger.

Além dos contatos que ocorriam pelo site de relacionamento Orkut e pelo Skype.Todas essas pessoas serão investigadas.

O auxiliar administrativo Carlos Henrique Leal, 31 anos, o Charles, e o vendedor João Henrique Ramanholi Pires, 28, o Johnny, vendiam LSD em pastilhas de hortelã e maconha hidropônica - variedade que é cultivada apenas em água, sem a necessidade de terra.

"Essa variedade de cultivo potencializa o THC, substância ativa da maconha, tornando-a similar ao LSD", explica o delegado Pascoal Ditura. É bom que os traficantes saibam que nós estamos investigando casos de tráfico de drogas pela internet ".

A maconha era proveniente da América do Norte. A polícia ainda investiga a procedência do LSD.

9 de fevereiro de 2006

Que vaca!

Surfista Grant Baker durante prova do campeonato Mavericks Surf Contest, em Piller Point, na Califórnia.

Um, dois, três


Por Fábio Freire*

A corda! A corda! Corda de caranguejo! Expressão interessante onde determinamos um grupo de indivíduos que possuem o hábito excessivo de socializar entre si. Tenho bons exemplos de cordas de caranguejo, rs! Uma delas é formada por três figuras femininas: uma jornalista, a advogada e, por último, a arquiteta - cada uma com sua respectiva característica singular.

Que trio, não? Pois é, basta andar pela cidade para encontrá-las juntas, "socializando" ao modo delas, rs!

A jornalista é de uma simpatia única. Com a câmera fotográfica sempre a mão, pronta para registrar as mais diversas imagens do nosso cotidiano e para angariar novas amizades. O único problema que ela enfrenta agora é saber se fica do lado das garotas boazinhas ou das garotas más, rs!

A advogada é a peça, a mascote das antigas, sobrinha de umas e outras, rs! Só neste parentesco já tem história!

A arquiteta é uma figura ímpar, nessas andanças andou trilhando os caminhos nebulosos da indiferença, mas foi promovida a garota atitude, patente de grande respeito, rs! Basta agora saber manter!

Então caros leitores, quem não tiver sua corda que corra atrás, rs!

(*) Brotherzão!! Mais conhecido como Fabão. Bom moço, marketeiro. Manda e desmanda nos ensaios de Os Mascarados, rs! Gente boa, de alma amigável. Altamente sociável.

8 de fevereiro de 2006

Ivete Sangalo, a musa de R$ 1 milhão

Tássia Novaes, do A Tarde On Line Fotos: Xando P.

Que Ivete Sangalo é um fenômeno, ninguém duvida. É carismática, bonita, atenciosa com os fãs, tem voz forte e presença de palco que a diferencia dos outros artistas do universo axé music. São mais de seis milhões de cds vendidos em sete anos de carreira solo. Sem contar os álbuns gravados nos tempos da Banda Eva. Mas o sucesso do furacão Ivete não se limita à indústria fonográfica. A cantora, de 34 anos, se tornou uma das artistas brasileiras mais cotadas do meio business. Basta Ivete encarar a versão garota-propaganda que a venda é garantida.

Nos últimos três anos, a baiana emplacou campanhas publicitárias de produtos variados: cerveja, cosmético, sandália de borracha, eletrodomésticos, comidas. Nos bastidores, comentários extra-oficiais dão conta que Ivete não entra em cena por menos de R$ 1 milhão. Cifras à parte, a verdade é que os patrocinadores e empresários vibram.

Certa do sucesso, a Avon [empresa para qual Ivete emprestou o nome em linha de perfume] apostou alto na parceria e comprou 650 mil cópias do lançamento "As super novas". O cd [que mesmo sem turnê nacional, só perde para Roberto Carlos na lista dos dez mais ouvidos em São Paulo] aparece como suvenir ao lado dos cosméticos. A cervejaria também investiu pesado. Burburinhos alfinetam um cachê na casa dos R$ 9 milhões.

"O mundo urge, é dinâmico, ninguém trabalha só. Trato meus patrocinadores com muita atenção, sou profissional. Me proponho a vender e faço direito", disse Ivete durante coletiva nesta terça para contar como enfrentará a maratona do carnaval baiano.

"Corro todo dia, malho pesado que nem atleta. Só assim para agüentar sete dias em cima do trio elétrico". Quanto à alimentação, a cantora-musa disse não ter muitas restrições para manter a boa forma. "Tenho uma nutricionista que me acompanha há anos, mas como de tudo. Feijão, carne, água de coco. Adoro banana com açúcar mascavo". O figurino ainda é incerto, mas garantiu que não será temático. "Esqueçam os temas, virou clichê". Quem assina as roupas carnavalescas é dupla Adriana Barros e Patrícia Zuffa.

A amiga Xuxa Meneghel é participação garantida no bloco Coruja. Outros convidados ainda são incertos. "Só posso garantir que não terá Back Eyed Peas [referindo-se ao grupo americano de hip-hop] como pensei". Sobre o repertório, os fãs podem esperar uma salada de estilos. "Vou cantar de tudo um pouco. Minhas canções, Timbalada, arrocha, funk e até o Txutxucão se a Xuxa topar", garantiu.

Sobre o sucesso dos hits recém-lançados "Abalou" e "A galera", Ivete foi modesta: "Não vou dar palpite sobre a música do carnaval, prefiro que o povo cante."

Dos bares para a Europa - Os méritos são resultado de mais de 10 anos de estrada. Ivete começou ainda menina. Saiu de Juazeiro para Salvador aos 17 anos. De bar em bar e nos intervalos do colégio apostava, ainda tímida, no seu potencial artístico. Foi assim que a noite de Salvador conheceu a voz de Ivete. Caçula de seis irmãos tornou-se estrela à frente da Banda Eva. Gravou seis álbuns, com mais de quatro milhões de cópias vendidas. Em 1999 partiu para carreira solo e até agora soma mais de 6,5 milhões de cds vendidos. "Desde o início quis fazer diferente, propor formas diferentes, que me tornassem especial para o público. Amo o que faço."

Ivete é ainda sinônimo de Bahia. "Sei que as pessoas me associam a essa terra. Fico muito feliz em poder representar meu estado no exterior e no resto do país. Divido essa conquista com meus fãs, são eles que me prestigiam", diz empolgada. A diva baiana já tem show marcado Rock'n Rio Lisboa, em Portugal, dia 26 de maio, véspera do seu aniversário.

Questionada sobre um possível contrato de apresentadora com a rede Globo, Ivete foi precisa: "Faço apenas participações. É inviável ser apresentadora. Priorizo a música, sei que é difícil comandar um programa, desviaria muito minha atenção. Tenho certeza que estou melhor como cantora, só não deixo de estudar propostas interessantes". Em dezembro passado, Ivete levantou a audiência durante quatro domingos com o "Estação Globo". Cada edição do programa atingiu, em média, 11,3 milhões de telespectadores em todo o país. A família Marinho aprovou a performance da cantora baiana. "Depois de exibido, tive um encontro para avaliar o programa, ganhei até uma jóia", conta.

6 de fevereiro de 2006

Azul finito

Sábado
Feliz de nós, quando estamos juntos e nos compreendemos sem ofensas. Mais feliz ainda, quando o céu está azul, a cerveja gelada. A calmaria agrada, sem falar do Capelinha. O banho de mar que cura a ressaca da menina é o mesmo que refresca os ânimos mais exaltados. Sentimentos [muitos!] existem nas histórias de nossas vidas. E quando por algumas horas, a cabeça pára, o coração salta, lembramos: somos amigos!
Valeu, galerinha! A praia foi show...

Uh-tererê!

Fotos: Coperphoto/Divulgação

Aos 58 anos e cheio de disposição, padre Pinto que ainda é artista plástico, bailarino e estilista, distribuiu beijos [até um quase selinho em Caetano], abraçou Brown e muitos outros e não desgrudou do copo de cerveja.

Após o concurso Deusa do Ébano [foi um dos jurados], aceitou o convite do Psirico e fez muita gente parar para rezar em plena arena do Parque de Exposições.
O resto da resenha fica por conta de Kêka e Casinha. Eles viram tu-do!

3 de fevereiro de 2006

Parabéns, Clara!




Aniversário de Clarissa Borges.
Pessoinha adorável, amiga!
Moça do Rio Vermelho, e da alma bonita.
Lá se foram 24 velinhas...
Muita felicidade, menina!!!

2 de fevereiro de 2006

Diretamente de Jequié

por Léo Novaes*

É Hoje!

Dia dois é bom para lembrar da vida, de como é bom fazer valer a pena. É dia dela, da mais bela de todas as rainhas, a deusa do mar, a absoluta Iemanjá. Mãe do elemento água, fundamental para o equilíbrio da Terra, rege o fenômeno de globalização natural mais antigo existente.

Sabe que a água circula por todas as partes do mundo? É como o sangue irrigado pelo nosso corpo, viajando por todos os cantos. Circulando. Alguns podem lembrar do ar que respira. Este é global, mas o fascínio que a água causa vem da sua magnitude, do que é visto e sentido, vem da importância para a vida. Água é preciso. Refresca, acalma, purifica e dá prazer. Precisa experimentar de todas as formas e comprovar.

Neste dia oferto todo respeito à Deusa do Mar. Nunca esqueço. Da água vem o sustento para famílias, é alimentador estratégico da economia e gracioso por suas belezas. É por isso que é em fevereiro, tinha que ser. É pela alegria vinda do povo neste período. Mês do carnaval e do pleno verão. Produto natural da Bahia e do baiano, povo de múltiplas fontes culturais que forma a mais apreciada expressão popular do mundo. Idolatro esse sincretismo.

E mesmo sendo filho de Iansã, sou apaixonado por Dandalunda. Perdoa minha Mãe, aparrei. É hoje, saúdo Iemanjá, ô dô feiaba.

(*) Primo-irmão, amigo. Publicitário. Peça rara, de idéias mirabolantes, e bom de cozinha.

Diretamente do Rio Grande do Sul

por Rosana Zucolo*

Abaianei de vez. Fiquei "retada" hoje ao ler a matéria do jornal A Tarde sobre a festa de Yemanjá. O menino lá até escreve bem, mas reduzir uma festividade de tamanho significado aos problemas que ela pode gerar é forçar demais.

Queixas, reivindicações de moradores e falta de políticas públicas existem sempre e em quaisquer circunstâncias. Por que elas são potencializadas só nas festas? E logo na celebração de Yemanjá? Olha o jornalismo aí se perdendo no eventual.

Mas levando em consideração as queixas, comecei a imaginar Salvador sem suas festas de largo, sem suas lavagens e festividades populares. Doeu, e trouxe à lembrança a sacada genial do pessoal do Fernando Guerreiro no Vixê Maria, Deus e o Diabo na Bahia.

Salvador sem as manifestações populares e religiosas ficaria reduzida a uma cultura patrimonialista de profundidade muuuito duvidosa. Seria como ver o rei desfilando nu e ninguém com coragem para dizer isso.

2 de fevereiro é feriado oficioso aí na Bahia. Feriado destes é raridade no Brasil e o povo pára... mesmo trabalhando. Faz reverência, ainda que aquela originalidade apontada por Verger esteja cada vez mais interiorizada e menos litorânea; é dia de festa na Península de Humaitá perto da igrejinha de Mont Serrat; na Ribeira lá em Plataforma; na Gameleira, na ilha de Itaparica; no Rio Vermelho que se veste de branco e se dobra ao mar e onde todos viramos filhos peixes da deusa-mãe Yéyé omo ejá. E com certeza em muitos outros lugares que eu desconheço.

Ora gente. Paciência aí, moradores. E se fosse como antigamente quando a festa durava 15 dias

Axé aqui do exílio!

(*) Jornalista, carinhosamente chamada de "Prozinha" por mim, Bito e Denis. Tem sangue gaúcho, alma baiana. Ser humano da melhor qualidade. Generosa e muito querida. Morre de saudade da Bahia.

Parabéns, Margot!

Aniversário de Margarida Neide. Loirona, fotógrafa-amiga, a mais potra da redação do jornal A Tarde. É a mulher que pára a Fonte Nova em pleno Ba-Vi. Turbilhão de energia.

Aniversário também de Lucas, o coleguinha! Que teve hoje um dia de cão, mas não deve levar a sério as eventualidades da vida. Parabéns, Lucas!!!

1 de fevereiro de 2006

Capítulo 2

"Quando o mistério é muito impressionante, a gente não ousa desobedecer", Antonine de Saint-Exupèry em O Pequeno Príncipe.