14 de abril de 2009

Ela jurou...

só dá artista na família.

7 de abril de 2009

Cagando sangre - a novela boliviana

Ontem de noite senti falta de compartilhar uma boa gargalhada com meus quatro companheiros de aventura andina - Vitinho, Sangio, Teus e Xícara. Tava assistindo no canal Futura o programa Passagem para... episódio "Bolívia - lá em cima, lá embaixo". Bem boladinho o programa. Mostrou La Paz e Santa Cruz de la Sierra. Não vou fazer agora uma resenha do conteúdo, vai reprisar hoje, às 23h. Vale a pena assistir. Escrevo apenas por conta dos minutos finais. Quando os créditos começam a subir, o apresentador, Luís Naschbin, costuma fazer uns comentários do que rolou nos bastidores da viagem. Ele falou da dificuldade de encarar a altitude quando se chega a La Paz e aos poucos a feição do rapaz foi ficando mais séria, mais triste e, de alguma forma, um pouco hilária. "Tive que ir ao médico. Muita dor de cabeça, dor de barriga. Ele disse que eu estava com salmonela. Em três dias a situação piorou bastante". HeHeeEhEheHe. Não precisa nem dizer os detalhes do que significa 'piorar bastante'. Digamos que , na Bolívia,ter dor de barriga é uma atração turística tão fundamental quanto mascar folha de coca. Passando por lá, você vai ter que provar. Projeto Bolívia que o diga!

Comentário 2

Esse mês vai voar. Preciso de um par de asas.

Comentário

Acabou o verão, é eu sei. Tem que trocar o layout, é eu sei. Tô sem tempo e sem criatividade. É. Tá foda.

1 de abril de 2009

Na piração tudo se dilui pelo prazer*

Aqui há duas semanas dormindo pouco comendo pouco (propositalmente) e cozinhando muito (pros outros!) cansada correndo sem tirar a bunda da cadeira cochilando no volante e a pensar e a escrever pouco embora o prazo estivesse fechando desanimada com o preço da passagem preocupada com a balança prestes a pagar a inscrição do Encuentro (em dólar) e o preço da estadia não faz idéia e ELA manda o texto, como sempre, muito bom com esforço a coisa ganha forma e fica claro, lê, acrescenta umas bobagens, ELA re-edita e formata e envia imediatamente, ficamos contentes porque aceitaram e não apenas aceitaram como pediram mais, agora vamos ter que esticá-lo em uma semana para compor um livro, ai que desespero! no fim do dia, na aula de espanhol vê que a interação com a gramática anda em baixa, tem dificuldade em juntar imperativos com pronomes não sabe conjugar direito os verbos irregulares e lembra da apresentação e pensa que vai ser um fiasco caso não agregue um bom vocabulário até lá e suspira para si mesma convencida que seria melhor se fosse em inglês e quando pensa no cacife se sente como um foca sem mais ter idade para ser mas volta a animar quando pensa na viagem porque a cidade é linda o país é bonito porque tem paixão pela América Latina e porque vai se lambusar de mumu porque com a companhia DELA certamente será maravilhoso ao menos hilário duas pobretonas com nariz aguçado para coisas de bom gosto e conseqüentemente** caras e lembra que quando o assunto é viagem de alguma forma as coisas fluem mesmo sem dinheiro dizem que é destino e é quando recebe o contracheque do mês com o stricto salário e não tem a mínima perspectiva de receber o freela da agência de publicidade e o da banda de reggae e o do jornal A Tarde, lembra que tem que comprar um vestido novo pra formatura da prima o mesmo que será usado dois dias depois nas Bodas na tia avó lembra que ainda não pagou o seguro do carro, a conta do celular não fez as unhas, não declarou o IR, não leu os textos do curso de extensão na pós da Ufba, sente raiva do desconto do inss , do plano de saúde entre outras cositas más e o freela do Ministério que era pra receber no final de janeiro té hoje nada e se dá conta de que perdeu os óculos de sol, tem que estudar pra uma prova megaultrasuper concorrida, e ainda por cima hoje é dia de ir ao shopping sem dinheiro e com a sogra*** o balde é de água congelando sim e sim se convence sim que só resta o prazer do texto, da foto. E do namorado, é claro. PQP! E não é piada de 1º de abril! (merda combina até na rima)

(*) como diria Barthes
(**) sai pra lá Novo Acordo Gramatical. Eu gosto da trema, vou usar e ponto.

(***) pura pressão. Ela é massa! :)

17 de março de 2009

África


Ibeji de Benguela, 2008
Está a venda.
Proibido copiar para outro lugar. Obrigada pela compreensão.

11 de março de 2009

Se malandro soubesse como é bom ser honesto
Seria honesto só por malandragem, caramba
Jorge Ben

9 de março de 2009

Reciclar para viver mais

título: How many trees to make a book? | autor: Steve Adams

Mais do que na hora, assumi o papel reciclado e o combate ao despedício de folhas. Agenda, caderno, papel da impressora, bloquinho de anotações. Só se for reciclado. Pensar duas vezes antes de imprimir e reutilizar o verso quando estiver em branco. Quero continuar lendo debaixo de árvores. Com marido, filhos, netos e bisnetos. É muito prazeroso.

8 de março de 2009

Dia nosso [todo dia]





Que a delicadeza e a beleza reinem
onde estivermos.
E a intuição seja uma aliada
dos nossos corações.

3 de março de 2009

Big Bosta Brasil 9

Na última festa temática (sábado), Francine, sobrevivente do penúltimo paredão, perguntou a um companheiro da casa onde fica Angola. E ainda fez cara de espanto ao responderem que é na África. "Ah!", comentou. Detalhe: na festa, todos os participantes foram vestidos com trajes africanos. Tudo bem que não era a estampa original vendida pelas zungueiras* no centro de Luanda ou lá no mercado São Paulo, feira livre nos arredores da cidade, mas ilustrava bem o continente em questão. Além disso, os brothers receberam visita de dois nativos, uma cantora e um rapaz, o Rico, vencendor do BBB África. Ao conversar com Rico, Bial comentou que a retomada da guerra em 1992, após fracasso das eleições, foi a matéria mais triste que já fez na vida. Imagino que sim. A realidade africana é de cortar o coração. Ainda sim, a mocinha não sabia do que se tratava. Não sei porque ainda me assusto com esse tipo de coisa. Isso é Brasil. Mais de 14 milhões de analfabetos [IBGE], segundo maior índice da América do Sul. Só perde pra Bolívia.

(*) Zungueiras são mulheres comerciantes. Carregam balaios de peixe, verduras, tecidos ou qualquer outro utensílio na cabeça e cantam uma espécie de "ladainha" no dialeto local para atrair os compradores. Junto a mercadoria, trazem os miúdos (filhos) presos às costas. O ato de vender chama-se zungar.

2 de março de 2009

E se Deus é canhoto
e criou com a mão esquerda?
Isso explica, talvez, as coisas deste mundo.
Drummond

26 de fevereiro de 2009

Nota da autora:

Sobre o post abaixo, assisti uma entrevista com Margareth Menezes. Ela disse que a quantidade de gente fantasiada surpreendeu, inclusive, a produção do bloco, que, não imaginava tanta gente nos Mascarados. A corda tinha sido programada praticamente para metades dos foliões presente, motivo pelo qual gerou o desconforto. Foi isso que aconteceu. Fazer o que se Margareth é o bicho?!

25 de fevereiro de 2009

Todo carnaval tem seu fim...

Quinta-feira de carnaval. Primeiro dia de uma maratona que, em Salvador, só termina na Quarta-feira de Cinzas. Teoricamente, um dia tranqüilo de ir à rua, já que muita gente ainda trabalha na sexta-feira. Faz alguns anos que saio nos Mascarados, o bloco de Margareth Menezes. Fundado em 1999, há dois anos é o único com corda e gratuito, basta vestir uma fantasia. E ao contrário do que se pode imaginar, um bloco bastante badalado com direito a participações ilustres como Caetano, Wagner Moura, Beth Goulart, Gianechinni e vários outros. Uma raridade espremida no carnaval da indústria do axé music. Pra desfrutar aquilo que se vê na tv via Band Folia é preciso desenbolsar no mínimo R$ 300 por dia só para garantir o acesso a um camarote ou vestir um abadá de um bloco. A depender da atração, paga-se até R$ 1,500 por dia. É o caso de Ivete, Chiclete e Durval. Padrão amplamente questionável visto que a remuneração média da população economicamente ativa em Salvador e Região Metropolitada é de R$ 935 [IBGE]. A 'capital da alegria' possui uma das mais altas taxas de desemprego do país, 11,9%. Seguida por São Paulo (9,4%), Recife (9,3) Rio de Janeiro (7,1%), Belo Horizonte (6,9%) e Porto Alegre (6,7%). Tem ainda os camarotes exclusivos para convidados - é o caso do Expresso 2222. Nesses, não se vende convite, participar é uma questão de prestígio. Os Mascarados foge a regra. Quer dizer, fugia. Porque até mesmo no princípio, quando era pago, a pulseira de acesso era vendida por um preço acessível - variava de R$ 190 a R$ 250, a depender do dia. Valia pela originalidade, pelo prazer de ir à rua correr atrás do trio elétrico vestido com o que a imaginação pedir, sem precisar desenbolsar cifras de dinheiro. Uma pena constatar que esse ano a coisa desandou. Abandonamos o bloco ainda na Barra por motivo de força maior: execesso de gente por metro quadrado, tumulto, e muita briga do lado de fora da corda. Faltou paz, faltou espaço. Sobrou vontade de ser folião não-pagante. Lá de cima Margareth cantava e pulava. Embaixo quase não dava pra respirar. Espremidos dentro e fora da corda. Com medo da polícia, com medo dos bandidos. Pior do que pipoca, pareciamos o bagaço da cana sendo processada no moinho.Uma garapa. Voltei pra casa com uma sensação de frustação latente. Voltamos. Três baianas, uma mineira-baiana, um espanhol e um gaúcho, os dois únicos estreantes na festa. Saímos de casa animados em estilo Saltimbancos e, na contramão da folia, terminamos compondo o 'bloco dos resistentes fracassados'. Gastamos a última ficha. Depois de muitos anos pulando atrás do trio, hoje me rendo: não dá mais Carnaval da Bahia. Só mesmo pra quem tem [e pode] gastar [muito] dinheiro no quadrado insosso dos blocos de trio. Não vamos muito longe, apartheid gera violência. Meu refúgio é a praia.

Os ricos sempre acham soluções com muita facilidade.
Rosana Z.

17 de fevereiro de 2009

Estilo clichê

Me gusta
Biquine branco de lacinho
Beijo na chuva
Chocolate com morango
Romance em PB
La vie en rose
Jeans Levis
Camiseta branca
Cuba
Charles Chaplin
Pipoca no cinema
Pôr-do-sol a beira mar
Montanhas no inverno
Brad Pitt
Lua cheia
Havaianas
Edredon a dois
Tomate seco com mussarela de búfala
Carnaval a fantasia
Vestido preto
Final feliz!

14 de fevereiro de 2009

Bem-vindos a Era de Aquário

Ao amanhecer do dia 14 de fevereiro de 2009, o dia dedicado a S. Valentine, o santo padroeiro do amor, a Lua em Libra entra na sétima casa, dos relacionamentos. Jupiter e Marte se alinham em Aquario na decima segunda casa da transformação espiritual. O Universo traz este alinhamento perfeito para dar sustentação à uma manifestação coletiva de amor, paz e ao início da Era de Aquario.

13 de fevereiro de 2009

9 de fevereiro de 2009

Rabiscos noturnos


>>clic na imagem para aumentar

um par de ingresso perdido na carteira
atiça os sentidos
sensação boa
me faz lembrar...
aquela canção
aquele beijo
aquele olhar
sua mão na minha cintura
respiração na minha nuca
nosso amor
instante perfeito
selado no peito
agora escorre pelo braço
alcança a mão
e na ponta dos dedos
um pouco de desejo
transborda no mouse
engulo a saliva
criativa
a tela branca
já não é branca
tem forma
cor
e até sinto o sabor
daquele dia: vida!

Para periodistas [em breve]








Red de Popularización de la Ciencia y la Tecnología en América Latina y el Caribe - UNESCO

2 de fevereiro de 2009

Mais vale saber passar silenciosamente
Fernando Pessoa

Chapada Diamantina, BA



Sobre a vida
















A melhor notícia dos últimos tempos

Manu Chao dia 13 na Concha.

29 de janeiro de 2009

A terra gira pra nós dois
Um ano é pouco pra depois
O mundo é largo pra quem fita
Querer é tanto para a vida
Lenine

21 de janeiro de 2009

Replay, hoje!

Yes, we can
Barack Obama

26 de dezembro de 2008

Té pároano, pessoal!

Se paz e equilíbrio pudesse ser comprado na farmácia da esquina, distribuiria em doses homeopáticas a todos que estão ao meu redor. Feliz 2009. Que seja um ano novo em nossas almas! BEIJO ABRAÇO CARINHO AMIZADE HARMONIA PROSPERIDADE HONESTIDADE VERDADE INTEGRIDADE AMOR GENTILEZA FELICIDADE MAIS BEIJO E MAIS ABRAÇO CUMPLICIDADE APOIO SOLIDARIEDADE COMIDA DINHEIRO CASA ESCOLA FÉ RAPADURA TRANQUILIDADE NATUREZA BONDADE CERVEJA SOL PRAIA VERDE AZUL AMARELO E + AMOR!

Salvador, BA [7]

Um bom lugar para tomar café e apreciar a Baía de Todos os Santos.
Santo Antonio Além do Carmo.

25 de dezembro de 2008

23 de dezembro de 2008

Ho, ho, ho... Feliz Natal pessoal!

“E você, meu amigo e minha amiga, não tenha medo de consumir com responsabilidade (...) quando você e sua família compram um bem, não estão só realizando um sonho. Estão também contribuindo para manter a roda da economia girando. E isso é bom para todos", presidente Lula*


O banner estendido na faixada externa do Shopping Barra avisa: aberto até 1h da madrugada, aproveite!

Esse espírito consumidor-desenfreado que nos impulsiona em datas estratégicas sempre que causou certo incômodo. Chega a ser um absurdo não ter o pé da árvore rodeado de presentes no fim do ano. Não que eu seja imune ao prazer de gastar dinheiro com bens não duráveis, não posso dizer isso de forma alguma. De uma forma moderada, também estou inserida no processo. Mas é que essa histeria que empurra 92,99% da população para os centros comerciais especialmente no período natalino é mais do que uma piração.

Em pronunciamento à Nação*, nesta segunda-feira (22), o presidente Lula pediu que o brasileiro compre para a “roda da economia” continuar “girando” diante da instabilidade financeira mundial. "A crise não afeta o Brasil. O país está preparado para as turbulências e vai continuar crescendo próximo ano", garantiu. Confesso, estou intrigada.

Tudo bem que o apelo
emotivo é grande: afinal O Bom Velhinho precisa encher o sacão vermelho de presentes e fazer isso para salvar o Brasil não vai ser visto como um martírio. Pelo contrário. Se é pelo bem na Nação, menos um pecado nesse fim de ano.

Ao consumir, o cidadão garante a produção da indústria, as vendas no comércio e a manutenção de empregos. Segundo Lula, o governo tem feito sua parte para evitar os efeitos da crise e cabe ao brasileiro também ajudar. "Se você está com dívidas, procure antes equilibrar seu orçamento. Mas, se tem um dinheirinho no bolso ou recebeu o décimo terceiro, e está querendo comprar uma geladeira, um fogão ou trocar de carro, não frustre seu sonho, com medo do futuro”, orientou o presidente.

Botando na ponta do lápis, são poucos os que fazem alguma associação de fato ao nascimento do Menino Jesus. Nesse exato momento, por exemplo, muitos que me lêem vão me chamar de piegas caso eu resolva citar uma passagem bíblica. E existem até os que questionam a veracidade da data 25 de dezembro como real dia do nascimento do Salvador. Hum. É de se pensar...

Enfim. O que quero dizer é que acho irônico esse movimento desenfreado rumo às compras partir justamente por parte do governo. Mais uma vez me sinto desamparada, sem a devida proteção do Estado num momento de instabilidade mundial. Cadê o Banco Central? A Casa da Moeda, os investidores internacionais?

Neguinho passa o ano todo reclamando que não tem dinheiro, que tá no vermelho, que não sabe mais o que fazer, a grana tá curta, aperta aqui e acolá, parcela a geladeira em 24 meses no novo programa de economia da Coelba, e, no fim do mês, ainda sim, não sobra nada. Mensalidade atrasada do plano de saúde, matrícula do filho, material escolar. As férias na praia indo pelo ralo, as paredes do apê esquentando. Gastos extra com remédios de última hora. Balé da filha só paroano.

Aí chega o dia de receber o glorioso 13º que, de alguma forma, serve pra nos gratificar - ao menos simbolicamente já que a mais valia aplicada sobre o suor do nosso salário supera o complemento recebido por um ano de serviço prestado.

PIMBA. Em menos de uma semana, todo esforço acumulado nos últimos 12 meses, é entregue rapidamente às caixas registradoras dos shoppings centeres. E agora com uma justificativa-plus: o apelo do presidente.
“Quando você e sua família compram um bem, não estão só realizando um sonho. Estão também contribuindo para manter a roda da economia girando. E isso é bom para todos”, acrescentou. Bom para todos? Vai entender.

O "fenômeno" - assim me atrevo a classificar essa embreaguez coletiva - seria plausível
de clemência não fosse tamanho despaltério sustentando uma manobra econômica. Senhor presidente, gostaria de informá-lo que viver no Brasil é caro. Me desculpe, não posso gastar minhas economias com futilidades muito menos investindo do Estado. Aplicar dinheiro no comércio é um investimento é sem retorno: quem faz doação no fim de ano é o Papai Noel. O brasileiro rala pra garantir o mínimo - um prato de comida ou um punhado de conforto. O dia de amanhã ninguém sabe. É necessário poupar para se salvar.

Entre outras medidas citadas pelo presidente como decisão tomada pelo governo para evitar uma recessão no país, temos o controle da inflação, redução da dívida pública, diversificação dos produtos de exportação e a redução de impostos para estimular o consumo. Além de uma reserva internacional de US$ 201 bilhões, aumento no número de empregos com carteira assinada, redução de impostos para estimular o consumo, reforço no caixa dos bancos estatais e quitação de dívidas com organismos internacionais (FMI). "É o melhor natal desde 2003", finalizou Lula. Sapato nele!

(*) em pronunciamento nesta segunda-feira, dia 22, em cadeia nacional de rádio e televisão.

Salvador, BA [6]

De tudo um pouco. Cacarecos no Santo Antonio Além do Carmo.

20 de dezembro de 2008

A partir de hoje sou uma pessoa largada!

Despertador: o objeto mais detestável que habita o meu quarto. Finalmente foi pára o espaço! Aquele tintilar que me obriga a sair da cama e encarar o mundo em momentos inconvenientes, contrariando a lei de descanso exigida pelo corpo não mais me atormentará nos próximos dias. Segunda-feira é dia de ir à praia. Terça-feira almoço em Praia do Forte. Quarta não me procure. Quinta a noite vai ser boa. Sexta-feira foi feita pra só levantar depois de meio-dia. Sábado, vamos sair? Domingo vou ver o sol nascer. YES. Qualquer pessoa normal precisa de recesso no fim do ano. Fica a dica.

19 de dezembro de 2008

Tanto

Tanta dor, tanto sofrimento.
Tanto desconforto.
Dói em mim, dói em você.
Dói mais em você, eu sei.

Que lógica inexplicável é o amor: transbordo porque você está vazia. A paz que falta em você me sufoca. Não pode ser uma porção exclusivamente minha. Temos que dividir. Metade minha, metade sua. E o espaço que sobrou em branco a gente preenche com mais um tanto. Tranqüilidade, força e harmonia. Detalhes íntimos em sintonia. Se a sua dor pudesse ser toda minha, misteriosamente eu me livraria. Me livraria desse desconforto, desse entristecer, dessa falta de vontade de ser eu e ser mais você. Você plena. Bonita e exuberante. Você em essência, imune a qualquer tormenta.

Tanto amor, tanto desalento.
Tanto desmonoramento.
Passará em mim, quando passar em você.
Que passe logo em você, eu sei.

15 de dezembro de 2008

Salvador, BA [5]

"As cumadi". Santo Antonio Além do Carmo. Ou: "Só se vê na Bahia".

13 de dezembro de 2008

Salvador, BA [4]

Pelourinho. Ou: O Cortiço.

11 de dezembro de 2008

Eu não espero pelo dia em que todos os homens concordem
Apenas sei de diversas harmonias bonitas
Possíveis sem juízo final...
Caetano

Salvador, BA [3]

Ladeira do Carmo. Centro Histórico

8 de dezembro de 2008

Um dia diferente

Chove forte lá fora. Quase não consigo enxergar os prédios altos que limitam o horizonte. Uma camada cinza, suspensa no ar, como se fosse uma cortina, atrapalha a visão. Tem vento, mas não está frio. Alguns pontos da cidade devem estar alagados. Normal. Estou sem sono, mas não tenho pressa em levantar da cama. Passa do meio-dia. Ainda não escovei os dentes, sinto gosto de vida na minha saliva. Não tenho horário, não tenho que ir trabalhar. Inédito.

Poderia ser mais um dia de chuva qualquer: trânsito lento, a barra da minha calça ensopada, meu humor prejudicado, sombrinhas virando ao vento. E se assim fosse, não estaria aqui sentada bocejando essas linhas descompromissadas. Hoje tudo está diferente. Não preciso falar com a atendente da Codesal. Não preciso calçar galochas para sair em busca de desabrigados. Não vou consultar a previsão do tempo nem São Pedro será incomodado. O único compromisso do dia vem de mim para mim mesma. Sinto um conforto inabalável. Posso passar o dia de pijama andando de meia pela casa. E sem culpa: não estou desempregada. É o meu primeiro feriado nos últimos cinco anos. E caiu justo numa segunda-feira, pra prolongar a satisfação. Planejei ir à praia - nadar, ler um livro, me espalhar na areia. Meu programa predileto para um dia de descanso. De repente, abro o olho, o céu desaba em água, mudo os planos, e, ainda sim, há satisfação. O edredon aquece um romance na minha pele. Pra que levantar? Posso me esticar, rolar de uma ponta a outra. O colchão não está frio, sinto uma respiração na minha nuca. Há vida ao meu lado.

Que fique aqui registrado, para jamais ser esquecido. Hoje, 8 de dezembro. Dia de Nossa Senhora da Conceição, padroeira de Salvador e de Santa Maria. Talvez essa sincronia traga um pouco de explicação à minha intensa relação com os que vêm dessa cidade gaúcha. No meu calendário puxei um asterisco. Agora a data pode ser lida como a vez que voltei a gostar dos dias de chuva.

4 de dezembro de 2008

Salvador, BA [2]

para um certo Figueiredo


Centro Histórico, Pelourinho.

1 de dezembro de 2008

Um devaneio qualquer

Os segredos ocultos entre a razão e o espírito podem ser decifrados apenas por quem alcança as estrelas. E essas, por sua vez, só podem ser vistas com perfeição, em sua plenitude, quando há uma profunda escuridão. Pequenos mistérios que vão além, muito além, de uma vida breve.

Salvador, BA

Por volta das 17h30, na última sexta-feira, no Porto da Barra.
Fim do dia, quase sem sol. E o povo nada de arredar o pé da praia.

28 de novembro de 2008

"My little portrait 2"



Sábado x Segunda-feira. Sol x Chuva
Mera questão de estar entediada ou não.

25 de novembro de 2008

Ontem

Um amor assim violento
Quando torna-se mágoa
É o avesso de um sentimento
Oceano sem água
Caetano

Hoje

Dessa coisa que mete medo
Pela sua grandeza
Não sou o único culpado
Disso eu tenho a certeza
Caetano

E sempre

Sete mil vezes eu tornaria a viver assim (...)
Sete mil vidas, sete milhões e ainda um pouco mais
É o que eu desejo (...)
Noite de calma e vento, momento
De preces e de carnavais
Caetano

Tudo em branco: caminho

Uma página em branco me pede um rabisco. Precisa ser ocupada. Pode ser uma palavra, uma linha fina, um traço qualquer. Atiro-os sem compromisso. É um mundo que se abre. Mil e uma opções, possibilidades disponíveis, logo ali à distância da mão. Quando tudo é nada e nada é, por onde começar já que tudo pode ser?

24 de novembro de 2008

Enquanto isso... na sala de justiça...

Por motivos diversos - cuja justificativa vai de uma acentuada preguiça mental por parte da autora com picos crônicos de falta de criatividade atrelado a uma eventual falta de tempo devido a excesso de trabalho, além de horas afinco dedicadas a entretenimento de alta qualidade -, o blog ficou sem atualização nas últimas semanas, com recados ultrapassados no tempo, parecendo um mural de cortiça abandonado num corredor da repartição pública. Aos cinco leitores que nunca me deixam, peço desculpa. Deixo a promessa de que daqui pra frente será diferente.

Antes de enveredar nas últimas novidades, não poderia deixar de postar dois vídeos do CQC veiculados logo após a vitória de Barack Obama. Desconsiderem o delay, o que vale mesmo é o resgistro. Enjoy it.




6 de novembro de 2008

A julgar pelo Brasil, mais precisamente pela Rede Globo,

o mundo inteiro regozija-se pelo fantástico desempenho do Barack.

Não duvido nada que, a qualquer momento,

entre o Galvão Bueno histérico:

"Obaaaaamaaaaaaa... ééééééé do Brasiiilll!!!".

E a Míriam Leitoa, com aquela cara de mal usada:

"Sensível, o mercado apresenta fortes tendências de recuperação em todo o mundo, exceto no Brasil".

Depois de Osama, Obama.

Ari Coelho, em Obama nas alturas

5 de novembro de 2008

Da série "my little portrait"

Debaixo dágua ficaria para sempre ficaria contente
longe de toda gente para sempre no fundo do mar
Mas tinha que respirar
Todo dia... todo dia... todo dia
[Arnaldo Antunes]

Ô bama...

Um dia vou contar aos meus netos que, aos 24 anos de idade, quando meu coração cambaleava no ritmo da crise mundial, um fim de ano onde tudo parecia estar perdido, vi os Estados Unidos elegerem um presidente negro, filho de um queniano. Um presidente improvável até mesmo no nome de batismo: Hussein. Nascido no Hawaii, pegador de jacaré ainda por cima. Um presidente que, pela primeira vez, contou com a simpatia de Fidel. E vou ajeitar os óculos na ponta no nariz pra dizer que foi um grande dia, com muita gente mobilizada, a começar pela mídia que fez o favor de propagar um tsunami de euforia. Pois embora a disputa fosse lá em cima, na América do Norte, onde o Mickey mora, uma potência distante sustentada por nós, subdesenvolvidos, uma aura de comoção e esperança embriagou até o confeiteiro da padaria de Ondina. Grande feito, finalmente uma família negra na White House. Pelo fim da WASP, pelo momento histórico, pelo recorde de eleitores, pela emoção, pela fé que persiste, meu voto é Obama. Agora quero saber se ele vai mandar tirar as tropas do Iraque e se vai ter um pouco mais de amor por nós, latinos. Ô bama... não me leve a mal... mas meu receio é que tudo termine em samba.

4 de novembro de 2008

Deus protege os bêbados e as criancinhas.
Vítor Rocha

3 de novembro de 2008

Felicidadessss, Nana!

Ela faz história!
Hoje senti o sabor de lembranças gostosas vindas de Santa Maria. Meus sentidos captaram algo além do aroma do queijo fresco, da carne assada no capricho, do xis extra grande, do mate quente e do vinho pisado no quintal. O apego a lugares distantes, por onde tenho passado nos últimos anos, vem daquele sorriso gravado na memória, dos queridos que deixo pra trás a cada despedida. Aí um dia assim de repente, do nada e reluzente, dá vontade danada de reencontrar essa gente. Abraçar, conversar, apertar e beijar. Tagarelar, esparramar. Se estivesse por lá, hoje teria saído para comemorar o aniversário dela em companhia de um punhado de queridos. Eles me pediriam um acarajé - que em hipótese alguma eu poderia fazer, hehehe - e eu continuaria a tecer mil e uma perguntas sobre nossas pequenas grandes diferenças culturais. Eles iam dar risada do meu sotaque e eu ia insistir que o gaúcho [no geral] é um povo meio frio. Ou melhor, travado. Peculiaridades a parte, "o mundo é um moinho"*. Não demora mais na frente a gente se encontra de novo, em um novo lugar, com muita novidade para contar. Intercâmbio de verdade é quando compartilhamos a vontade de estar junto novamente. Aquilo que chamamos saudade. E não apenas idéias. Tá ligado? Quem vier de lá, traga-me uma Polar!


(*) Salve o grande mestre Cartola

2 de novembro de 2008

Vagabundeio só por esta vida
Nessa avenida você não está
Eu não sou nada se falta você
vou para o Ilê Aiyê te procurar
Miltão

31 de outubro de 2008

Velha Bahia

Santo Antônio Além do Carmo. Salvador, BA

29 de outubro de 2008

Quando me pergunto se você existe mesmo, amor
entro logo em órbita no espaço de mim mesmo, amor
Vinicius

25 de outubro de 2008

21 de outubro de 2008

É pedir muito?


Santorini, Grécia. É dela.

Não sei se é natural do ser humano dificultar as coisas. Ou se a parte boa da vida é por natureza difícil. Só sei que tem umas coisas que não dá pra deixar de querer. É que nem beijo na boca ao amanhecer.

16 de outubro de 2008

Deixa ver, com meus olhos de amante saudoso
A Bahia do meu coração
Deixa ver, baixa do Sapateiro Charriou, Barroquinha,Calçada, Tabuão
Sou um amigo que volta feliz pra teus braços abertos, Bahia
Sou poeta e não quero ficar assim longe da tua magia
Deixa ver, teus sobrados, igrejas
Teus santos, ladeiras e montes tal qual um postal
Dá licença de rezar pro Senhor do Bonfim
Salve a Santa Bahia imortal
Bahia dos sonhos mil
Eu fico contente da vida em saber que Bahia é Brasil

11 de outubro de 2008

O mundo me fascina

No reflexo, uma baiana e uma gringa: Nana, gaúcha de sangue italiano da Quarta Colônia.

Pequena grande confissão sobre Angola

Faz meses que cheguei da África, nem na Bahia estou, e ainda sim muita gente me pergunta como são as coisas por lá. A curiosidade é grande, balança mais que atração de circo. Todo mundo quer saber como é, como foi, como será. Todo mundo quer ir, faz como? Fala com quem? É difícil, será que dá? São algumas das perguntas que chegam a mim com freqüência. Considerando que a curiosidade alheia é sempre a mesma, tenho cogitado a possibilidade de gravar uma série de FAQ sobre o dia-a-dia em Luanda. Ao ser lançada a próxima pergunta, bastaria apertar play. Simples assim. Pouparia minha beleza, meus ânimos, meus nervos.

É tão chato falar sobre Angola. Tão tão tão... tão. Das poucas vezes que tentei explicar, vi nos olhos diante de mim sinais nítidos de que não fui compreendida. Alguns me rotularam de fraca por ter ficado menos que o previsto. Outros, de fresca, antipática. Salve umas conversas que tive com pessoas especialmente queridas, universo restrito, possível de contar a quantidade de seres incluídos com auxílio dos dedos de uma única mão.

Em resumo, pra quem quer saber, a rotina é absurdamente difícil. A cada 12h você se depara com um absurdo. Ou seja, são, pelo menos, dois absurdos por dia... no mínimo. Mas dentro daquele contexto, não é nada demais, nada anormal. Afinal não ter água em casa, ficar horas e horas preso no engarrafamento ao lado de pessoas armadas, famintas e/ou amputadas, com motoristas dirigindo loucamente, sendo você especialmente conduzido por uma criatura que não entende de direção defensiva, sequer sabe o que fazer ao engatar a ré, e, ainda assim, ele é o seu motorista a te transportar em um veículo nitidamente avariado. Não ter luz ou pegar malária... ahhhh que frescura, que bobagem. Tão trivial, tão comum. Você recebe em dólar, é pago pra isso. Evite o desgaste, pra que questionar? Só há duas saídas: engula o espanto ou depressa pule fora. Porque inevitávelmente, todo mundo vive esse ritmo - pobre ou rico, nativo ou forasteiro. Em pouco tempo fica fácil mapear a escala dos mais atingidos. Veja bem, não há o grupo dos não-atingidos. A diferença é que uns são mais outros são menos.

E ainda tem a tal da ética profissional. Bastidores sejam preservados. Sobre governo, prática bélica, instabilidade geo-política, chefe de estado - resumo de uma história atual, nua, crua e viva -nem tudo pode ser dito. E tem a bagagem subjetiva, aquele punhado de impressões, sensações, surtos e delírios que, raramente, você consegue compartilhar na íntegra com alguém além do seu eu-íntimo. Aí sim o bicho pega. Não raro, é grande a minha aflição. Chamo pelo Cosmos, por Deus, Buda, Dalai Lama. Oxalá e a minha Baía de Todos os Santos. Quero colo, painho, mãinha, minha cama, suplico mais do que criança em noite de sonho ruim. Clamo pela força que vem das montanhas, o verde me purifica, alivia. E só descanso no azul. Tenho paz, quando me encontro na beira do mar.

Támeentendendo? Angola é aquele tipo de lugar que é preciso estar para compreender. Não é uma questão de assimilar, pesquisar, se informar. Esqueça os livros, os relatórios da ONU e demais agências internacionais. Não passam de dados, números, cifras. Mera estatística sem alcance sobre a realidade dos seres envolvidos. Até o Oráculo terá pouco a ensinar.




























"A descrição da vida não vale a sensação da vida"
Machado de Assis


Para entender Luanda, o esforço é outro. Diria até que passa por um processo muito mais simples, porém complexo: tem que viver pra sentir.

Reli o parágrafo a cima pra encerrar o post e veja só, perto do fim, me peguei no ato falho das idéias. Simples não combina com complexo. A condição "simples", automáticamente, elimina, descarta, qualquer tipo de emaranhado, dificuldade. Logo, o que é simples não pode ser complexo. Né não? Não. Não é não.

Eis o paradoxo da vida, quando deparamos com uma nova rima. Referênciais desconstruídos. De repente, dois mais dois dá cinco. Pequenos grandes detalhes, só a vida ensina. Por isso digo que pra entender África é preciso estar em África. Vivenciar, como se fosse um estado de espírito.

Vá lá e volte pra me contar. Quem sabe a gente não chega em algum lugar.

10 de outubro de 2008

Ironia não faz boa cama com a saudade.
O que é a saudade senão uma ironia do tempo e da fortuna?
Machado de Assis

8 de outubro de 2008

Sobre encontros, idas & vindas

Itaara. Balneário Pinhal, RS



Sobre esquinas, sentimentos & lugares






















Itaara. Balneário Pinhal, RS

7 de outubro de 2008

A notícia como ela é

ou seria (?) A vida como ela é

Cada 3 segundos muere un niño menor de 5 años por causas que podrían evitarse [+]

Cada tres segundos muere un niño en el mundo antes de cumplir los cinco años -10 millones cada año- y la mayoría de las veces por causas que podrían prevenirse, aunque el 99% de estos menores viven en países en desarrollo, según recuerda el último estudio de Save the Children.

Enfermedades como la malaria, el sarampión, el sida, la diarrea y la neumonía son las cinco causas fundamentales del 90% de las muertes de estos niños, la mitad de ellas se producen en seis países (India, Nigeria, República Democrática de Congo, Etiopía, Pakistán y China).

Muchas de estas enfermedades son evitables con vacunas o material sanitario de bajo coste, según ha explicado en la presentación del informe María Jesús Mohedano, de Save the Children, aunque ha lamentado que se mire con "resignación" la muerte cada año de estos 10 millones de niños.

----> Traduzindo a nota acima: a cada palavra que digito neste post morre uma criança vítima de doenças facilmente evitáveis. Aos minimamente sensíveis, é de partir o coração, né não? Não. Não é não. A gente acha que se comove com esse tipo de notícia, porque fomos 'politicamente bem educados' pra se importar com a miséria alheia ao invés de fechar os olhos como 'os burgueses malditos'. Alguns assim foram, pelo menos. Aí, vez ou outra, numa mesa de bar, rodeado de amigos, a gente passa horas e horas falando sobre dados, casos e estatísticas, índices elevados de miséria [guerra, fome, injustiças e doenças] no mundo. Assim como "Os sonhadores", de Bertolucci, somos rebeldes e bem informados. Pronto, é para os 'politicamente bem informados' que esse tipo de notícia é publicada. Agora eu pergunto: e daí? Em poucos minutos eu e você vamos desligar o computador. Antes de dormir vamos reclamar da vida. Veja bem, vamos reclamar da nossa vida. É típico do ser humano dar pouca importância ao universo ao redor. Salve algumas excessões como Madre Teresa, Gandhi, Sérgio Vieira de Melo e o Dalai Lama [esqueci de alguém?]. No geral, o que conta mesmo, o que angustia e nos faz perder o sono é, essencialmente, o nosso infinito particular. É o relacionamento em crise. É o filho que dá trabalho. É o pai, a mãe, a tia, o vizinho que não param de encher o saco. É a casa dos sonhos, a viagem dos sonhos, cada vez mais difícil de alcançar. O prazo na faculdade prestes a expirar, trabalhos pra entregar. É o chefe chato, no emprego chato, que insiste naquele papo chato e nem fala em aumento de salário. As contas pra pagar. O trânsito infernal, o candidato que não foi eleito, o político bandido que não foi preso. O príncipe que não chega. Etc etc etc, meu Deus! Como a vida é injusta... comigo. Depois do almoço e do jantar, vamos continuar jogando excesso de comida no lixo e quando o G8 for discutir o biodiesel, a gente vai ter medo de produzir combustível de plantinhas como soja ou dendê "porque pode faltar comida nos países subdesenvolvidos" [fale sério! ainda tem gente que cai nisso]. Depois de 'mais um dia de cão' [afinal nada dá certo... comigo], vamos continuar tomando 15 minutos de banho quente pra relaxar, sem se importar com um possível déficit de água no planeta. Afinal, a Europa e o Iraque que se cuidem! No Brasil não vai faltar água [será?]. Vamos continuar consumindo varias deliciosas guloseimas artificialmente aromatizadas, várias latinhas e trequinhos que nos saltam os olhos nas prateleiras, especialmente produzidos pela irrestível indústria dos bens de consumo não duráveis, mesmo sem saber o que fazer no final com as embalagens. Ah, é descartável. Joga no lixo! Alguém vem recolher mais tarde. E quando o pivete maltrapilho se aproximar na esquina, vamos acelerar o passo ou fechar a janela do carro, afinal, ele - pobre, desamparado e faminto - é uma ameaça. Afinal, ele fuma crack. Eu e você [bem nutridos] fumamos um baseado e nos banhamos de cerveja, diga-se de passagem. Né não? Tô mentindo? Agora me diga: pra que esse tipo de notícia 'mera estatística' é publicada? Volte pro início do post e conte quantas crianças acabaram de morrer. E me diga: por acaso mudou a sua vida? Fiz você perder o sono essa noite? Ou você, apenas, ganhou mais pontos no clube dos leitores bem informados sobre a realidade... alheia?













Contou?
Ok, agora desligue o computador e vá ler um livro - como de costume - pra continuar bem informado.

Politik kills Politik needs votes Politik needs your mind Politik needs human beings Politik need lies That's why my friend it's an evidence: politik is violence [Manu Chao]

6 de outubro de 2008

O que você sabe sobre o seu candidato?

Quem, de fato, ele é? Ou o que a campanha pintou para te mostrar?
É esse tipo de detalhe que a gente deve prestar atenção antes de votar.
2º turno em Salvador: João não!

5 de outubro de 2008

Nem tudo o que rima combina
Quer ver?...
Pão com limão
combina não.
Ari Coelho

3 de outubro de 2008

Felicidades, Betaaaaa!!!


Hoje vai ter uma fessstaaaa!!!
Cachaça com guaraná!!! Muitos doces pra vocêÊêÊê
É o seu aniversárioooo
Vamos festejar e os amigos recebeeeerrr
MIL felicidades e amor no coração!
Que sua vida seja sempre doce e emoção!!!

snif, snif... fiz o convite e num vou :(

2 de outubro de 2008

Só pode ser miragem...

a quantidade de homem bonito que tem nessa cidade.

1 de outubro de 2008

Saudade

há menos p e i x i n h o s a nadar no mar...

Para arejar a alma

















Um punhado de verde. Céu intenso, sol morno, vento fresco. Sabores românticos. E uma estrada.
É o que me basta.


Me gusta la Polar

Bahia com Santa Maria, atiradas num balcão, riscadas numa noite arriscada

Tá vendo esse rótulo largado em cima do balcão? Pura enganação. Esqueça a Ambev e similares. Cerveja de gaúcho é Polar. Olha aqui:

Otro lado en la calle

A Favorita

Lara devia matar Flora no final. Happy end. Fica a dica.