29 de maio de 2008
28 de maio de 2008
Retardatários da indústria cultural
Sempre ouço nas rádios locais quando sintonizo a caminho do trabalho: Humbop, dos Hansons e Holiday, de Madonna.
Delay na bilheteria
Passei na porta do cinema novamente. Juno entrou em cartaz. Persépolis vem em breve. Assisti Haverá Sangue. Expressamente: não recomendo.
Alguém me acode, faz favor
Domingo passado teve show de Maurício Matar. Nesse agora, vai ter Ivetão. Dois bons motivos pra não gastar dinheiro e ligar o iPod.
Meu Channel nº5
OFF em creme proteção reforçada para crianças e Altan em spray. São as minhas fragâncias em Luanda.
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tássia
às
7:05 PM
1 Dê a idéia aí!
26 de maio de 2008
22 de maio de 2008
21 de maio de 2008
Kit básico de viagem
por
tássia
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11:04 AM
2
Dê a idéia aí!
20 de maio de 2008
Adeus, Jeffrey's bay
Intocado desde a adolescência no meu imaginário, o primeiro destino seria a África do Sul. Mais especificamente Jeffrey’s bay, a praia das ondas dos sonhos. Foram muitos os vídeos de surfe que assisti anos atrás, em sessões de relax com os amigos, uma época remota, na qual sequer imaginava um dia morar na África.
Aquele mar verde cor de oliva nunca saiu da minha cabeça. Ondas perfeitas, tubos de mais de um minuto quebrando sincronicamente pela direita. Surfistas do mundo todo. EUA, Brasil, Austrália, Europa. Amadores e profissionais, além de viajantes quaisquer, transformando o lugar em uma capital do surfe. Bares e restaurantes tematizados. Festas, gatinhos. Uhhlala, lá vou eu... como não?! Passagens de avião ida e volta, de Luanda para Johannesburgo, por menos de 500 dólares, conferi antes de aqui chegar. Nada mal, eu vou, pensava, embora o fato de conhecer o reduto loiro da África nunca tenha soado confortável para meu cariz moreno, devido aos ecos deixados pelo Apartheid, sem falar no elevado índice de violência urbana.
Outro dia, de passagem pela capital sul-africana, o jornalista Fábio Zanini, da Folha, que tá cruzando o continente de ponta a ponta, disse se sentir mais seguro em São Paulo. O rapaz ficou hospedado num condomínio no centro da cidade e para chegar até a porta de casa era preciso atravessar três barreiras de grades e cercas elétricas. “Como se um Tiranossauro Rex a qualquer momento pudesse invadir o local. Quem acha que São Paulo é violenta deveria dar uma voltinha em Johannesburgo. De preferência, dentro de um carro blindado”, sugeriu.
Ok, violência urbana não combina com turismo. Mas nada mal apenas desembarcar rapidinho em Johannesburgo e pegar um ônibus direto para Cape Town, a Cidade do Cabo, outro destino fincado no meu imaginário por uma professora de geografia na 5ª série. Lá vou, pensava, para o cabo da Boa Esperança. Aquele acidente geográfico que um dia foi chamado de cabo das Tormentas pelo marinheiro português Bartolomeu Dias, primeiro navegante europeu a circundar a ponta da África em meados do século XV. O caminho para as Índias, lembram? Moradia do temível Gigante Adamastor, de Camões. Essa eu devo à professora de Literatura da 8ª série, que, cuidadosamente, destrinchou as mais de 20 estrofes do canto 5º de Os Lusíadas. Épico!
Pois bem. O sonho colegial esbarrou nos jardins da razão hoje de manhã assim que li o noticiário local e europeu. Fotinha espanta-turista estampada na primeira página do jornal português Público. Manchete-alerta sem rodeios, sugerindo ao leitor que a África do Sul se transformou na sucursal do inferno. A matéria tá lá, na cabeça da página da editoria Mundo. Abre aspas. Casas incendiadas, pessoas mortas à pancada, uma pelo menos queimada viva; multidões em fúria, de pedras e paus na mão; mulheres, homens e crianças a procurar refúgio em centros sociais, esquadras da polícia e igrejas; milhares de estrangeiros a fugir dentro da África do Sul depois de aqui terem procurado refúgio, fugidos do Zimbabwe. Fecha aspas. Texto de Ana dias Cordeiro. Definitivamente, não é um bom momento pra fazer turismo, reflito.
De acordo com o Diário de Notícias, considerada a capital financeira da África, Johannesburgo não pára de atrair imigrantes de todo o continente desde a corrida ao ouro, no século XIX. São mais de três milhões de imigrantes zimbabweanos na África do Sul, informou o Público. Por terem uma formação educacional melhor, segundo o Público, passaram a ser vistos como uma "ameaça", uma vez que ocupam muitos postos de trabalho. Os moçambicanos, por sua vez, não são mão-de-obra qualificada, porém abundante e barata. Ou seja, "incomodam" também. E o que era pra ser tratado diplomaticamente por meio de uma política de reserva de mercado está sendo "resolvido" a ferro e fogo no molde intolerante, violento e desastroso da xenofobia.
Só pra vocês terem uma idéia o quanto a moeda é desvalorizada, vou colocar aqui uns números do publicados no Pé na África. Em março deste ano, em Harare, capital do país, US$ 1 comprava 24 milhões de dólares do Zimbabwe. Em menos de 20 dias, subiu para 40 milhões. E agora em pleno impasse eleitoral US$ 1 pode ser trocado por 250 milhões.
Zimbabwe é a antiga Rodésia, mais um terreno de conflitos históricos entre brancos colonizadores e negros nativos. Em 1979, o Reino Unido chegou a assumir o controle temporariamente, mas o território virou estado independente em 1980, após uma longa guerra civil envolvendo duas facções locais. Robert Mugabe, líder nacionalista negro, foi eleito, instaurando no país um regime socialista. Em 1987, é estabelecido regime presidencial. Mugabe é eleito chefe de Estado, cargo posto a prova agora com uma nova eleição presidencial.
A imprensa internacional o acusa de, recentemente, ter comprado um navio chinês carregado armas e munição. A contagem dos votos atrasou mais que o previsto. Segue o impasse. O tal navio teria aportado em Angola, já que o Zimbabwe fica no interior do continente. Antes disso, o descarregamento foi negado pelo governo de Moçambique e da África do Sul. Nenhum dos dois quiseram emprestar a costa para a passagem das armas de Mugabe. Ninguém sabe ao certo o que aconteceu. Onde foi parar o navio, as armas. Bush mandou uma secretária especializada em assuntos africanos visitar Angola com uma carta de miss Rice em mãos. Logo depois, a Reuters Africa noticiou que no porto de Luanda apenas foi descarregado cimento. Era isso que havia no navio, disseram as autoridades locais.
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tássia
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6:52 AM
2
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17 de maio de 2008
13 de maio de 2008
Melhor do que a criatura,
fez o criador a criação.
A criatura é limitada.
O tempo, o espaço,
normas e costumes.
Erros e acertos.
A criação é ilimitada.
Excede o tempo e o meio.
Projeta-se no Cosmos
Cora Coralina
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tássia
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1:11 PM
0
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12 de maio de 2008
8 de maio de 2008
Noite e dia
Já vi uma circunferência gigantesca abraçar a lua. Vi também transbordar em noite de máxima cheia, como também, outro dia, vi se pôr minguante feito bola de fogo. Já o sol vi derreter cor de lava bem distante, solitário, entre os navios no horizonte. Espetáculo impagável da natureza cujos bilhetes de acesso estão disponíveis apenas para os que captam as mensagens através dos sentidos. Maravilhada sigo. Só uma coisa me intriga: nunca vi uma única estrela no céu. Não sei se se escondem atrás das nuvens. Ou teriam despencado do céu? Resta-me a dúvida. Deliro. Talvez nem mesmo existam.
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tássia
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8:20 PM
3
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Parodiando aquela canção
Dia sim, dia não / nada passa batido / tudo remonta ancestralidade / impossível sobreviver sem um arranhão
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tássia
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7:41 PM
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7 de maio de 2008
6 de maio de 2008
Os sete sapatos sujos
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tássia
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10:03 AM
0
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5 de maio de 2008
TEM, MAS NÃO HÁ - uma questão de referencial
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tássia
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10:17 AM
6
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3 de maio de 2008
Outra rotina
É um alívio indescritível não trabalhar sábado nem domingo.
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tássia
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11:40 AM
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2 de maio de 2008
Vertigem e o mistério do planeta
O barato de Luanda é perder a sobriedade tomando xícaras coloridas de chá de boldo.
por
tássia
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8:04 AM
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30 de abril de 2008
Feito moldura no vidro

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tássia
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7:11 AM
3
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tássia
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6:47 AM
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27 de abril de 2008
Praaaaaaia!!!
BubbleShare: Share photos - Play some Online Games.
Por ser domingo, o dia que mais gosto da semana, dou início a série de fotos de Luanda com uma breve homenagem ao meu habitat predileto: praia. As fotos foram tiradas ontem, na ilha do Cabo, um lugar estranhamente bonito. O banho de mar aguçou os sentidos. Após duas semanas em solo africano, começo agora a penetrar nessa cidade fora do comum, de funcionamento insalubre. Um Estado completamente ressaqueado por mais de cinco séculos de colonização portuguesa seguido de três décadas de guerra sendo agora o sexto ano de paz. Assusta. E não apenas isso. O caos incomoda. Invade, prende, angustia. Por outro lado, esse vaivém descontínuo elimina da rotina qualquer chance de mesmice. Mas vale seguir atento. Um vacilo pode ser trágico nesse território minado. Muito cuidado ao pisar em Luanda. Há sempre uma surpresa na próxima esquina. Por hoje fico por aqui. Uma prainha pra começar a semana bem. Cena rara. O foco aqui nem sempre é assim.
por
tássia
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7:49 PM
5
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25 de abril de 2008
Chegue aí!
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tássia
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10:52 AM
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25 de dezembro de 2007
Eu vou ficar quietinho...
eu vou ficar no meu canto.
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tássia
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1:11 PM
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2008!
Eu vou buscar alguma coisa pra gente tomar
Alguma coisa que nos deixe diferentes
Eu vou atrás de alguma coisa que devagarinho
Desfaça todos pensamentos que vivem na sua mente
Eu vou atrás de alguma coisa que nos deixe estranhos e contentes
E que nos faça chorar de rir de uma forma inocente
Alguma coisa que nos deixe falando, sorrindo e rangendo os dentes
Alguma coisa para relaxar, pra que a cabeça não esquente
Alguma coisa um pouco mais pra frente
Músicas de Wado e Realismo Fantástico
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tássia
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1:04 AM
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19 de dezembro de 2007
Baseado em fatos reais
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tássia
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8:23 PM
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18 de dezembro de 2007
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tássia
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2:57 PM
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16 de dezembro de 2007
Festival 5 minutos - OS PRÊMIADOS
1º Carro de Boi [Nicolas Hallet Ba]
2º L.E.R. [João Angelini DF]
3º Pega, mata e come [Carlos Pronzato Ba]
Júri Popular: Meninos [Ernesto Molineiro Ba]
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tássia
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3:10 PM
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15 de dezembro de 2007
Festival 5 minutos - 4ª noite
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tássia
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12:05 PM
0
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tássia
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11:55 AM
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13 de dezembro de 2007
Festival 5 minutos - 3ª noite
O BARATO DO VOVÔ
Felipe Antoniolli 1:30 2007 Canoas-RS
Esse foi um dos vídeos da 3ª noite do Festival Nacional Imagem em 5 Minutos. Gostei do curta gaúcho. Talvez mais pelo tema [maconha], nem tanto pelo argumento. O entretenimento da noite. Arrancou risada generalizada da platéia presente na sala Walter. Mas bom mesmo foi Meninos, de Ernesto Molinero. Ficção sobre a jornada de um garoto não-popular no colégio. História criativa, bem bolada, focada no drama do personagem. Os atores surpreendem. Direção de fotografia aponta para ângulos interessantes, principalmente nos planos de passagem. Bem montado. Dos exibidos até agora, elejo Meninos para o páreo da premiação.
Outras quatro animações foram apresentadas: Mapinguari, o protetor da floresta (BA), Mercúrio (MG), No museu (RJ) e Os três porquinhos (RJ). O primeiro e o último me interessaram, o do meio não entendi e o terceiro achei de mau gosto. Não me sinto habilitada a falar tecnicamente de animações, portanto me limito ao achismo das minhas preferências subjetivas. No Mapinguari gosto da história em si. O homem voraz predador versus o protetor da floresta. Situação nada extraordinária, porém bem contada. Os três porquinhos é uma adaptação da história infantil à realidade brasileira. Na metáfora, o lobo mau é a justiça e os porquinhos, elementos podres da sociedade. Mercúrio realmente não entendi. Sei que é o drama de um homem na fronteira entre o sonho e a realidade, e...? Acho que pára por aí. Já No Museu, na minha singela opnião, não deveria ter sido feito. Acho deselegante propostas artítsticas que reforçam o estigma do "jeitinho brasileiro"... "farra"... "samba"... "e zombaria".
Maison Guilda (BA) é um videoclip com a música Salão de Beleza, de Zeca Baleiro. Maria das Cabras (BA) é vivo. Um funcionário da Conder chega para desapropriar a residência de Maria, uma área de invasão em Pituaçu, e é recebido a facão. No fim somos todos caixas (BA) é tímido. Nossa Paixão (SP) e Notícias para uma moça lá do norte (BA) têm coisas em comum: embora bem produzido e bem montado, não seduz, beira o clichê.
por
tássia
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10:54 PM
0
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12 de dezembro de 2007
Festival 5 minutos - 2ª noite
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tássia
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11:49 PM
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11 de dezembro de 2007
Festival 5 minutos - 1ª noite
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tássia
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1:48 PM
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10 de dezembro de 2007
Festival 5 minutos - estréia
por
tássia
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11:58 PM
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9 de dezembro de 2007
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tássia
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9:32 PM
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Mero desejo
Às vezes, gostaria de ter o poder mágico de segurar as palavras com as mãos, amassá-las e, depois, jogá-las em cima da mesa.
por
tássia
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9:29 PM
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5 de dezembro de 2007
Divinas & Cruéis
Nove divinas brasileiras quase todas jornalistas
Nove brasileiras jornalistas quase todas divinas
Nove divinas mulheres do Nordeste, Sudeste e Sul do Brasil estão escrevendo aqui
Sim, quando querem são cruéis
por
tássia
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9:38 AM
3
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3 de dezembro de 2007
Ai se sêsse 2
Não há serotonina que ajuste o descompasso de uma criatura apaixonada. Ser humano devia nascer com um botão, ao invés de coração.
por
tássia
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12:35 PM
4
Dê a idéia aí!
A passos lentos
por
tássia
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10:22 AM
3
Dê a idéia aí!
Ai se sêsse
por
tássia
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10:10 AM
0
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2 de dezembro de 2007
A data
Nasce o dia do samba (1963), Seo Ari (1951) e a tv digital do Brasil (2007)
por
tássia
às
9:14 AM
2
Dê a idéia aí!
1 de dezembro de 2007
26 de novembro de 2007
Pro coração bater
Dá-lhe viver!
Dá-lhe viver!
por
tássia
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10:36 PM
2
Dê a idéia aí!
25 de novembro de 2007
Domingo 3
por
tássia
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2:24 PM
3
Dê a idéia aí!
24 de novembro de 2007
Sábado
por
tássia
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1:34 PM
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21 de novembro de 2007
Miércoles
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo
Drummond
por
tássia
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8:57 PM
2
Dê a idéia aí!
Faz o favor!
por
tássia
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8:49 PM
2
Dê a idéia aí!
20 de novembro de 2007
Martes
e minha procura
ficará sendo
por
tássia
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7:21 PM
0
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19 de novembro de 2007
11 de novembro de 2007
Ele, o gatão
por
tássia
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9:57 PM
2
Dê a idéia aí!
9 de novembro de 2007
Luto
Final dos anos 80, muitas foram as vezes em que nos divertimos noite a dentro, lá em casa, junto com a turminha da extinta Revisão. No repertório, músicas, histórias sem ter fim e muita comida gostosa.
Eu, criança, achava o máximo todas aquelas histórias de jornalistas. [Reflito: acho que foi aí que cometi o crime]. Gerson, sempre hilário, às vezes saia da condição de repórter para atuar como protagonista dos casos mais inusitados. Como no dia em que Nice acordou de madrugada, assustada, crente que se tratava de suicídio, ao ver o marido com parte do corpo para fora da janela do apartamento onde moravam na Bonocô.
"Meu amor, não vá assim. Não se jogue, por favor. Temos dois filhos pra criar", clamou apavorada. "Tá doida, mulher? Trata de me ajudar, a janela está despencando, tá pesado demais, não vou agüentar". Resolvido o problema, veja só que justificativa.
Insone , Gerson tinha levantado da cama para respirar um pouco. Ver o céu, as estrelas. Espairar na janela. Só não contava ser traído pela estrutura de alumínio que a aquela altura precisava mesmo ser trocada. Coisas de Gerson. Não sendo trágico, a gente ria um bocado.
O bonde da revisão também era integrado por Rita Conrado, Josélia Ribeiro, Rê de Sá, as Fátimas, Cristiane, Marilena Neco, Laura Angelim, Cora, Raimundo Alves, Neusinha, João Saldanha, Egídio, Arlete, Francina, Sara Barnuevo, Márcia Gomes e Marlene Lopes. Lembro também de Iloma, que ficava na fotomontagem, digitalizando as laudas, uma salinha ao lado da revisão, mais ou menos onde fica o Transporte e o DP hoje em dia. De Pérola e Calixto junto às barulhentas máquinas de escrever da Redação. E de Nelido, o chefe, com régua, lápis e cola montando páginas na revisão. [Se nesse momento esqueço de alguém, por favor, me perdoem a memória rarefeita.]
O piso da redação era coberto por carpete marrom e eu gostava de catar os alfinetes que ficavam perdidos debaixo das mesas dos repórteres. Ajudava a passar o tempo nos dias em que minha mãe passava do horário e eu ali chegava, ansiosa, para levá-la para casa. Na condição de filha única [minha irmã Safira ainda não tinha nascido], sempre reclamava porque ela, a minha mãe, nunca saia no horário certa. Hoje peço desculpas e compreendo.
Anos passaram, virei "gente" e "fiquei me achando", como costuma dizer Marlen em alto e bom tom todo dia na redação. Em janeiro de 2004, ainda na faculdade, vim parar na redação de A Tarde, mais especificamente para um estágio, no turno noturno, no A Tarde On Line. Horário comum ao de Gerson, que junto com Pérola e Luis fechavam Polícia. Confesso que fui amplamente paparicada por esse trio. Um carinho herdado, devo reconhecer, mas que me fez gostar ainda mais da profissão.
Pois bem. Não foi para chegar a essa conclusão banal que me estendi até aqui. É que nunca vou esquecer da satisfação de Gerson no dia em que pela primeira e última vez assinamos uma matéria juntos.
Um factual rasinho, digno de quem está há dois meses na redação, sobre os pedestres que tinham dificuldade de atravessar na rua Marcos Freire por falta de sinaleira. Não foi manchete tampouco concorreu ao Prêmio Esso. Apenas o suficiente para, no dia seguinte, Gerson aparecer com a página em punho acompanhado de largo sorriso no rosto. "Veja como é a vida, carreguei essa menina no colo", disse, todo prosa, a todos que estavam na redação. Não satisfeito, recortou a matéria e guardou na agenda.
Depois de algum tempo, os problemas de saúde o afastaram da redação. Mesmo longe, vez ou outra, ligava para mim para "dizer que estava olho na minha produção" e assim riamos um bocado.
Hoje minha casa está em silêncio. Estamos todos em oração. Diante da dor, resta-nos o conforto de que nosso amigo Gerson foi morar num lugar melhor.
por
tássia
às
11:35 PM
0
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4 de novembro de 2007
29 de outubro de 2007
28 de outubro de 2007
Life level's
por
tássia
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1:17 PM
3
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24 de outubro de 2007
23 de outubro de 2007
Rock'n roll

por
tássia
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11:00 AM
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22 de outubro de 2007
19 de outubro de 2007
18 de outubro de 2007
17 de outubro de 2007
Mundos opostos
As mulheres são de Vênus, os homens de Marte.
por
tássia
às
12:25 PM
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por
tássia
às
12:40 AM
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15 de outubro de 2007
7 de outubro de 2007
Para Seo Ari
"Só uma grande intuição pode ser bússola nos descampados da alma", Fernando Pessoa.
por
tássia
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2:12 PM
3
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Juli escreveu pra mim:
por
tássia
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1:38 PM
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5 de outubro de 2007
Quando a Coelba bater na sua porta, cuidado!
Ô SUA PUTA. NÃO OUVIU O QUE FALEI NÃO? EU QUERO FALAR COM O SEU CHEFE. Senhora, para seu conhecimento, esta ligação está sendo gravada. ÓTIMO, GRAVE! GRAVE MESMO. GRAVE CADA PALAVRA DO QUE ESTOU DIZENDO: A LUZ DA MINHA CASA FOI CORTADA COM A CONTA PAGA. Vai chamar seu chefe ou vou ter que procurar o Procon? Um momento, senhora...
por
tássia
às
6:54 PM
6
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1 de outubro de 2007
28 de setembro de 2007
Os três pensamentos do dia
por
tássia
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2:26 PM
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27 de setembro de 2007
25 de setembro de 2007
Bóris, el terrible
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tássia
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10:54 PM
1 Dê a idéia aí!
24 de setembro de 2007
Ponto fraco
Se quer cortar relações comigo, aposte na pirraça.
por
tássia
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11:05 PM
2
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23 de setembro de 2007
Carlos Saura
"Hubo un momento en que tuve que decidir entra la fotografia y el cine, pero nunca abandoné de todo la fotografia"
por
tássia
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11:41 AM
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21 de setembro de 2007
Literatura íntima
por
tássia
às
11:12 AM
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17 de setembro de 2007
Dona Canô chamô...

Ontem, em Santo Amaro da Purificação no centenário da mãe de Caetano e Bethânia
por
tássia
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9:38 PM
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16 de setembro de 2007
Nesses últimos 13 dias de volta para casa...
por
tássia
às
2:14 PM
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